segunda-feira, 19 de março de 2012


O primeiro Bàbàláwo da historia no Sul do Brasil





Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Durante essa  semana em uma conversa  com um jornalista bastante conhecido, na cidade de Porto Alegre, fui surpreendido quando ele me perguntou: 

Como o senhor se sente,  sendo o primeiro Bàbàláwo da historia no sul do Brasil?

A pergunta foi um motivo para  escrever esse texto, sabemos, que durante a historia existiram inúmeros Babalorisas e Iyalorisas  africanos ,que foram trazidos como escravos para o Rio Grande do Sul.
                                                                                                                                A não venda de Bàbàláwos como escravos, se justificava,  os mercadores que trouxeram os cativos  para o Brasil, em grande maioria, temiam a presença de um líder, entre o grupo  a ser transportados.
  
É verdade também,  que o conhecimento dos Bàbàláwo impunha medo aos traficantes da época. Um Bàbàláwo  poderia criar sérios problemas se fosse cativo, para o seu proprietário.

Não existe nenhum documento que prove a presença de um Bàbàláwo entre os escravos trazidos para o Sul, em toda a  historia.

Ao publicar esse texto, minha intenção, não é buscar a luz da fama e sim  esclarecer e contribuir com a historia do culto aos Orisas no Rio Grande do Sul.

Ser o primeiro,  Bàbàláwo, o primeiro Ojé  e o primeiro Ogboni, consagrado em terras Yorubas ,tendo sido iniciado no culto aos Orisas, conhecido como  Batuque, me torna uma pessoa em destaque.

O fato de ser aceito, em vários seguimentos religiosos  distintos em território Yoruba, me envaidece, mas aumenta muito a minha responsabilidade.

Quando estive em Osogbo, diante de Osun, vivi a maior emoção da minha vida.
Para mim que fui criado, no batuque, e após a  morte do meu Babalorisa, (Romario de Osalá), tomei obrigações na nação de ketu.
                                                                                                                                 Jamais imaginei,  estar em terras africanas, diante de minha família, como um Bàbàláwo, foi uma grande honra.
                                                                                                                          Ser o primeiro sacerdote no Rio Grande do Sul, consultando Ifá com Opele, me exigiu anos de estudos e dedicação.

 Fui iniciado em  Ifá,  há quase vinte anos, levado por minha mãe Edelzuita de Osalá (Asé Gantois), na casa do falecido Bàbàláwo Rafael Zamoura, e lá foi  constada a necessidade da minha iniciação em Ifá. 
                                                                                                                                  Posteriormente passei a fazer parte da família Agboolà, da cidade de Lagos, Nigéria.

Consagrado como Bàbàláwo, pelo Oluwo Oyeniyi  Agboolà, fazer parte  dessa família, é uma grande honra, maior ainda é a responsabilidade, que exige um comportamento exemplar, um sacerdote de Ifá, deve manter uma postura digna do seu cargo.



O primeiro Bàbàláwo da historia no Sul do Brasil


O primeiro Bàbàláwo da historia no Sul do Brasil
Texto: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Durante essa  semana em uma conversa  com um jornalista bastante conhecido, na cidade de Porto Alegre, fui surpreendido quando ele me perguntou: 

Como o senhor se sente,  sendo o primeiro Bàbàláwo da historia no sul do Brasil?

A pergunta foi um motivo para  escrever esse texto, sabemos, que durante a historia existiram inúmeros Babalorisas e Iyalorisas  africanos ,que foram trazidos como escravos para o Rio Grande do Sul.
                                                                                                                                A não venda de Bàbàláwos como escravos, se justificava,  os mercadores que trouxeram os cativos  para o Brasil, em grande maioria, temiam a presença de um líder, entre o grupo  a ser transportados.
  
É verdade também,  que o conhecimento dos Bàbàláwo impunha medo aos traficantes da época. Um Bàbàláwo  poderia criar sérios problemas se fosse cativo, para o seu proprietário.

Não existe nenhum documento que prove a presença de um Bàbàláwo entre os escravos trazidos para o Sul, em toda a  historia.

Ao publicar esse texto, minha intenção, não é buscar a luz da fama e sim  esclarecer e contribuir com a historia do culto aos Orisas no Rio Grande do Sul.

Ser o primeiro,  Bàbàláwo, o primeiro Ojé  e o primeiro Ogboni, consagrado em terras Yorubas ,tendo sido iniciado no culto aos Orisas, conhecido como  Batuque, me torna uma pessoa em destaque.

O fato de ser aceito, em vários seguimentos religiosos  distintos em território Yoruba, me envaidece, mas aumenta muito a minha responsabilidade.

Quando estive em Osogbo, diante de Osun, vivi a maior emoção da minha vida.
Para mim que fui criado, no batuque, e após a  morte do meu Babalorisa, (Romario de Osalá), tomei obrigações na nação de ketu.
                                                                                                                                 Jamais imaginei,  estar em terras africanas, diante de minha família, como um Bàbàláwo, foi uma grande honra.
                                                                                                                          Ser o primeiro sacerdote no Rio Grande do Sul, consultando Ifá com Opele, me exigiu anos de estudos e dedicação.

 Fui iniciado em  Ifá,  há quase vinte anos, levado por minha mãe Edelzuita de Osalá (Asé Gantois), na casa do falecido Bàbàláwo Rafael Zamoura, e lá foi  constada a necessidade da minha iniciação em Ifá. 
                                                                                                                                  Posteriormente passei a fazer parte da família Agboolà, da cidade de Lagos, Nigéria.

Consagrado como Bàbàláwo, pelo Oluwo Oyeniyi  Agboolà, fazer parte  dessa família, é uma grande honra, maior ainda é a responsabilidade, que exige um comportamento exemplar, um sacerdote de Ifá, deve manter uma postura digna do seu cargo.



O primeiro Bàbàláwo da historia no Sul do Brasil


O primeiro Bàbàláwo da historia no Sul do Brasil

Durante essa  semana em uma conversa  com um jornalista bastante conhecido, na cidade de Porto Alegre, fui surpreendido quando ele me perguntou: 

Como o senhor se sente,  sendo o primeiro Bàbàláwo da historia no sul do Brasil?

A pergunta foi um motivo para  escrever esse texto, sabemos, que durante a historia existiram inúmeros Babalorisas e Iyalorisas  africanos ,que foram trazidos como escravos para o Rio Grande do Sul.
                                                                                                                                A não venda de Bàbàláwos como escravos, se justificava,  os mercadores que trouxeram os cativos  para o Brasil, em grande maioria, temiam a presença de um líder, entre o grupo  a ser transportados.
  
É verdade também,  que o conhecimento dos Bàbàláwo impunha medo aos traficantes da época. Um Bàbàláwo  poderia criar sérios problemas se fosse cativo, para o seu proprietário.

Não existe nenhum documento que prove a presença de um Bàbàláwo entre os escravos trazidos para o Sul, em toda a  historia.

Ao publicar esse texto, minha intenção, não é buscar a luz da fama e sim  esclarecer e contribuir com a historia do culto aos Orisas no Rio Grande do Sul.

Ser o primeiro,  Bàbàláwo, o primeiro Ojé  e o primeiro Ogboni, consagrado em terras Yorubas ,tendo sido iniciado no culto aos Orisas, conhecido como  Batuque, me torna uma pessoa em destaque.

O fato de ser aceito, em vários seguimentos religiosos  distintos em território Yoruba, me envaidece, mas aumenta muito a minha responsabilidade.

Quando estive em Osogbo, diante de Osun, vivi a maior emoção da minha vida.
Para mim que fui criado, no batuque, e após a  morte do meu Babalorisa, (Romario de Osalá), tomei obrigações na nação de ketu.
                                                                                                                                 Jamais imaginei,  estar em terras africanas, diante de minha família, como um Bàbàláwo, foi uma grande honra.
                                                                                                                          Ser o primeiro sacerdote no Rio Grande do Sul, consultando Ifá com Opele, me exigiu anos de estudos e dedicação.

 Fui iniciado em  Ifá,  há quase vinte anos, levado por minha mãe Edelzuita de Osalá (Asé Gantois), na casa do falecido Bàbàláwo Rafael Zamoura, e lá foi  constada a necessidade da minha iniciação em Ifá. 
                                                                                                                                  Posteriormente passei a fazer parte da família Agboolà, da cidade de Lagos, Nigéria.

Consagrado como Bàbàláwo, pelo Oluwo Oyeniyi  Agboolà, fazer parte  dessa família, é uma grande honra, maior ainda é a responsabilidade, que exige um comportamento exemplar, um sacerdote de Ifá, deve manter uma postura digna do seu cargo.



terça-feira, 13 de março de 2012

Ifá e o homem, o sacerdote e o Deus.


Ifá e o homem, o sacerdote e o Deus.



Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Quando uma pessoa procura um sacerdote, muitas vezes espera encontrar um Deus, e muito raramente aceita que ele seja um homem, ela procura milagres,e o mais fácil, o óbvio, parece uma tolice e não uma solução.

Confundir o sacerdote com um Deus é comum, mas a não aceitação do sacerdote como homem, isso sim me causa estranheza.

Para um grande número de pessoas é difícil separar, o sacerdote, do homem e entender que ele tem a sua vida particular.

A  curiosidade e muitas e a maldade, contribuem para uma enorme confusão, algumas pessoas não conseguem entender que o sacerdote, também adoece, ama, e tem problemas como todo ser humano.

È comum ouvir a frase absurda “se ele não tem nem para ele, como é que ele vai me ajudar a adquirir alguma coisa.” A incapacidade ou a ignorância, não permite que as pessoas compreendam que cada ser humano tem um Odu, e um destino, e que isso não implica diretamente na capacidade ou no discernimento do sacerdote  na hora de analisar o problema do consulente.

Vamos analisar a seguinte hipótese: Um Babalorisa com um baixo poder aquisitivo, pode dar um bori em uma pessoa com muito dinheiro?

Bem algumas cabeças, não pensantes, acreditam que se isso acontecer a pessoa que tem muito dinheiro pode ter prejuízos, na verdade, a falta de conhecimento provoca tais equívocos.

Cada pessoa tem seu próprio Odu,e seu destino, se uma pessoa que tem muito dinheiro, tomar um bori,com um milionário ou com alguém sem dinheiro, não há diferença,no aspecto financeiro.

Tudo que existe na terra nasce de um Odu, alguns Odus beneficiam mais a situação financeira, como o caso do Odu Ogbe Meji, que é o Odu mais rico que existe. 

Mas em contrapartida,um sacerdote nascido  em outro Odu como um caminho de Oturupon, a capacidade de cura é maior; então é bem possível que essa pessoa regida pelo Odu Ogbe Meji, com muita sorte, em um determinado momento de sua vida vai precisar muito da pessoa regida por Otutupon, para lhe fazer um ebó para combater uma enfermidade.

Se não existir a pessoa com o poder de cura, com o asé , para afastar a doença, o bem nascido, regido por um belo Odu, pode perder a sua vida e deixar de encontrar a cura para o seu problema.

 E como dizem os antigos, “o caixão não tem gavetas" e todo o seu dinheiro não vai resolver o seu problema da saúde.

Na cultura Yoruba somente Osetura tem o privilégio de chegar aos pés de Olodumare, carregando as nossas súplicas; na religião tradicional não se invoca Deus a todo momento, é diferente das outras religiões, para isso temos os Odus e Orisas.

E os sacerdotes são homens escolhidos pelos Orisas para estabelecer essa ligação, entre o divino e o profano.


Em nosso país um Babalawo, ou um Babalorisa em razão do sincretismo religioso Yoruba cristão, enfrenta um grande número de proibições que em território Yoruba seriam motivo de riso.

Então o tal preceito parece até coisa de maluco, imagine que existe casas que não permite que uma mulher mantenha relações sexuais com seu marido noventa dias depois e ser iniciada para seu Orisa.

As pessoas que inventaram tais regras, eu não sei nem como descreve-las, na verdade eu sei, mas por respeito ao leitor não o farei nesse espaço.

Em fim poderia ficar aqui escrevendo uma semana ou mais sobre tais questões, fruto da maldade, ou da falta de conhecimento, mas prefiro definir isso como parte de um elo perdido, que hoje graças a Olodumare pode ser reconstituído.

Ifá é aquele que tudo vê e que tudo sabe, vamos deixar nas mãos dele o esclarecimento dos menos favorecidos.

Confundir um  sacerdote com um Deus, é esperar dele milagres, um homem não faz milagres, nem realiza graças, isso é tarefa das divindades. Conforme o merecimento de cada um,as coisas podem ou não acontecer, acreditar no contrario,é o mesmo que acreditar que nossa senhora é Osun.

Eu não sei quem é mais errado, o que promete, ou o que acredita em milagres.O homem e o sacerdote nunca podem ser confundidos com Deus.

O homem, o sacerdote e o Deus.


O homem, o sacerdote e o Deus.
Texto: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Quando uma pessoa procura um sacerdote, muitas vezes espera encontrar um Deus, e muito raramente aceita que ele seja um homem, ela procura milagres,e o mais fácil, o óbvio, parece uma tolice e não uma solução.

Confundir o sacerdote com um Deus é comum, mas a não aceitação do sacerdote como homem, isso sim me causa estranheza.

Para um grande número de pessoas é difícil separar, o sacerdote, do homem e entender que ele tem a sua vida particular.

A  curiosidade e muitas e a maldade, contribuem para uma enorme confusão, algumas pessoas não conseguem entender que o sacerdote, também adoece, ama, e tem problemas como todo ser humano.

È comum ouvir a frase absurda “se ele não tem nem para ele, como é que ele vai me ajudar a adquirir alguma coisa.” A incapacidade ou a ignorância, não permite que as pessoas compreendam que cada ser humano tem um Odu, e um destino, e que isso não implica diretamente na capacidade ou no discernimento do sacerdote  na hora de analisar o problema do consulente.

Vamos analisar a seguinte hipótese: Um Babalorisa com um baixo poder aquisitivo, pode dar um bori em uma pessoa com muito dinheiro?

Bem algumas cabeças, não pensantes, acreditam que se isso acontecer a pessoa que tem muito dinheiro pode ter prejuízos, na verdade, a falta de conhecimento provoca tais equívocos.

Cada pessoa tem seu próprio Odu,e seu destino, se uma pessoa que tem muito dinheiro, tomar um bori,com um milionário ou com alguém sem dinheiro, não há diferença,no aspecto financeiro.

Tudo que existe na terra nasce de um Odu, alguns Odus beneficiam mais a situação financeira, como o caso do Odu Ogbe Meji, que é o Odu mais rico que existe. 

Mas em contrapartida,um sacerdote nascido  em outro Odu como um caminho de Oturupon, a capacidade de cura é maior; então é bem possível que essa pessoa regida pelo Odu Ogbe Meji, com muita sorte, em um determinado momento de sua vida vai precisar muito da pessoa regida por Otutupon, para lhe fazer um ebó para combater uma enfermidade.

Se não existir a pessoa com o poder de cura, com o asé , para afastar a doença, o bem nascido, regido por um belo Odu, pode perder a sua vida e deixar de encontrar a cura para o seu problema.

 E como dizem os antigos, “o caixão não tem gavetas" e todo o seu dinheiro não vai resolver o seu problema da saúde.

Na cultura Yoruba somente Osetura tem o privilégio de chegar aos pés de Olodumare, carregando as nossas súplicas; na religião tradicional não se invoca Deus a todo momento, é diferente das outras religiões, para isso temos os Odus e Orisas.

E os sacerdotes são homens escolhidos pelos Orisas para estabelecer essa ligação, entre o divino e o profano.


Em nosso país um Babalawo, ou um Babalorisa em razão do sincretismo religioso Yoruba cristão, enfrenta um grande número de proibições que em território Yoruba seriam motivo de riso.

Então o tal preceito parece até coisa de maluco, imagine que existe casas que não permite que uma mulher mantenha relações sexuais com seu marido noventa dias depois e ser iniciada para seu Orisa.

As pessoas que inventaram tais regras, eu não sei nem como descreve-las, na verdade eu sei, mas por respeito ao leitor não o farei nesse espaço.

Em fim poderia ficar aqui escrevendo uma semana ou mais sobre tais questões, fruto da maldade, ou da falta de conhecimento, mas prefiro definir isso como parte de um elo perdido, que hoje graças a Olodumare pode ser reconstituído.

Ifá é aquele que tudo vê e que tudo sabe, vamos deixar nas mãos dele o esclarecimento dos menos favorecidos.

Confundir um  sacerdote com um Deus, é esperar dele milagres, um homem não faz milagres, nem realiza graças, isso é tarefa das divindades. Conforme o merecimento de cada um,as coisas podem ou não acontecer, acreditar no contrario,é o mesmo que acreditar que nossa senhora é Osun.

Eu não sei quem é mais errado, o que promete, ou o que acredita em milagres.O homem e o sacerdote nunca podem ser confundidos com Deus.

O homem, o sacerdote e o Deus.


O homem, o sacerdote e o Deus.

Quando uma pessoa procura um sacerdote, muitas vezes espera encontrar um Deus, e muito raramente aceita que ele seja um homem, ela procura milagres,e o mais fácil, o óbvio, parece uma tolice e não uma solução.

Confundir o sacerdote com um Deus é comum, mas a não aceitação do sacerdote como homem, isso sim me causa estranheza.

Para um grande número de pessoas é difícil separar, o sacerdote, do homem e entender que ele tem a sua vida particular.

A  curiosidade e muitas e a maldade, contribuem para uma enorme confusão, algumas pessoas não conseguem entender que o sacerdote, também adoece, ama, e tem problemas como todo ser humano.

È comum ouvir a frase absurda “se ele não tem nem para ele, como é que ele vai me ajudar a adquirir alguma coisa.” A incapacidade ou a ignorância, não permite que as pessoas compreendam que cada ser humano tem um Odu, e um destino, e que isso não implica diretamente na capacidade ou no discernimento do sacerdote  na hora de analisar o problema do consulente.

Vamos analisar a seguinte hipótese: Um Babalorisa com um baixo poder aquisitivo, pode dar um bori em uma pessoa com muito dinheiro?

Bem algumas cabeças, não pensantes, acreditam que se isso acontecer a pessoa que tem muito dinheiro pode ter prejuízos, na verdade, a falta de conhecimento provoca tais equívocos.

Cada pessoa tem seu próprio Odu,e seu destino, se uma pessoa que tem muito dinheiro, tomar um bori,com um milionário ou com alguém sem dinheiro, não há diferença,no aspecto financeiro.

Tudo que existe na terra nasce de um Odu, alguns Odus beneficiam mais a situação financeira, como o caso do Odu Ogbe Meji, que é o Odu mais rico que existe. 

Mas em contrapartida,um sacerdote nascido  em outro Odu como um caminho de Oturupon, a capacidade de cura é maior; então é bem possível que essa pessoa regida pelo Odu Ogbe Meji, com muita sorte, em um determinado momento de sua vida vai precisar muito da pessoa regida por Otutupon, para lhe fazer um ebó para combater uma enfermidade.

Se não existir a pessoa com o poder de cura, com o asé , para afastar a doença, o bem nascido, regido por um belo Odu, pode perder a sua vida e deixar de encontrar a cura para o seu problema.

 E como dizem os antigos, “o caixão não tem gavetas" e todo o seu dinheiro não vai resolver o seu problema da saúde.

Na cultura Yoruba somente Osetura tem o privilégio de chegar aos pés de Olodumare, carregando as nossas súplicas; na religião tradicional não se invoca Deus a todo momento, é diferente das outras religiões, para isso temos os Odus e Orisas.

E os sacerdotes são homens escolhidos pelos Orisas para estabelecer essa ligação, entre o divino e o profano.


Em nosso país um Babalawo, ou um Babalorisa em razão do sincretismo religioso Yoruba cristão, enfrenta um grande número de proibições que em território Yoruba seriam motivo de riso.

Então o tal preceito parece até coisa de maluco, imagine que existe casas que não permite que uma mulher mantenha relações sexuais com seu marido noventa dias depois e ser iniciada para seu Orisa.

As pessoas que inventaram tais regras, eu não sei nem como descreve-las, na verdade eu sei, mas por respeito ao leitor não o farei nesse espaço.

Em fim poderia ficar aqui escrevendo uma semana ou mais sobre tais questões, fruto da maldade, ou da falta de conhecimento, mas prefiro definir isso como parte de um elo perdido, que hoje graças a Olodumare pode ser reconstituído.

Ifá é aquele que tudo vê e que tudo sabe, vamos deixar nas mãos dele o esclarecimento dos menos favorecidos.

Confundir um  sacerdote com um Deus, é esperar dele milagres, um homem não faz milagres, nem realiza graças, isso é tarefa das divindades. Conforme o merecimento de cada um,as coisas podem ou não acontecer, acreditar no contrario,é o mesmo que acreditar que nossa senhora é Osun.

Eu não sei quem é mais errado, o que promete, ou o que acredita em milagres.O homem e o sacerdote nunca podem ser confundidos com Deus.