segunda-feira, 27 de junho de 2016

Orí



Autor: Bàbàláwo Ifagbaiyin Agboola

Durante centenas de anos algumas religiões fundamentaram seus princípios em filosofias positivistas que induziram a humanidade a acreditar que o homem vitorioso é feliz, isso ocasionou decepções, frustrações e tristezas.

Os pais incorporaram o discurso dos religiosos e criaram seus filhos sonhando com mentiras, sendo assim grande parte dessas crianças se tornaram adolescentes frustrados, que não aceitando as derrotas naturais da vida.

 Essa sequencia de fatos implicou na formação de adultos problemáticos, que em uma tentativa errada de corrigir seus equívocos, criaram filhos com liberdades excessivas dando inicio a um círculo vicioso.

Criar filhos sem que eles percebam as dificuldades da vida alimenta as frustações que terminam sendo o fantasma da felicidade, afastando o prazer do viver.

A necessidade de ter mais informações sobre o bem viver, vem provocando uma corrida na busca de explicações para os insucessos de grande parte da humanidade, essas questões deveriam ser vistos com naturalidade.

A família fundamentada em religiões coerentes tem obrigação de reescrever a historia da humanidade, pois se não for assim, pessoas frustradas por não ter encontrado a verdade continuaram acreditando em uma mentira.

Um sacerdote sorridente que concorda com tudo não é mais visto com bons olhos, existe uma carência de orientações realistas, sérias e confiáveis, diante dessa situação, a boa formação dos Bàbàláwos é imprescindível para estabelecer uma relação confiável entre o iniciado e o iniciador.

Os sacerdotes modernos necessitam fazer com que aflore em seus seguidores a sensibilidade que ilustre o viver sem que o desânimo em relação ao futuro bloquei as ambições naturais.

O desejo de vitória fundamentado no conhecimento que existe a possiblidade da derrota ameniza a dor do insucesso, reduzindo o tempo das lamentações e do desanimo, implicando em uma reformulação dos planos com a dinâmica que a vida moderna exige.

Considerando que a inveja alimenta a frustração, a pessoa frustrada deixa de cumprir o seu destino para se preocupar com a vida das outras pessoas.

A iniciação em Ifá e o conhecimento sobre o odu pessoal gera segurança, enquanto o culto a Orí fortalece o otimismo realista, afastando o fantasma da inveja e da frustração.

Pessoas frustradas tem um comportamento depressivo que influenciam o seu humor criando assim um constante clima de antagonismo e disputa.

A capacidade de lidar com os problemas deve ser trabalhada pelos sacerdotes em seus iniciados incentivando o conhecimento e fortalecendo a dinâmica de forma que superada as dificuldades iniciais o mesmo tenha capacidade de solucionar seus problemas.

Viver com prazer e alegria depende da visão real que a derrota e a vitória, assim como a tristeza e a felicidade, fazem parte da existência.

Estar feliz está diretamente relacionado ao tempo de reflexão sobre o abandono do desanimo e da tristeza, as pessoas que perdem muito tempo lamentando a derrota tem menos tempo para buscar a vitória.

A realidade do que representa o culto ao òrìsàs por questões históricas confundiu os iniciados do novo mundo, sincretizando òrìsàs com as forças da natureza.

 A nossa religião é fundamentada na ancestralidade, é evidente que um iniciado para Osun não descente de um rio. Somos descendentes de homens e mulheres que dignificaram os seus destinos com atitudes honradas, mas que também cometeram erros.

A certeza que qualquer um de nós pode se tornar um òrìsàs não deve ser mantida como uma obsessiva perseguição à perfeição, essa certeza deve estar em nossa mente como instrumento que indica a proximidade do òrísà e não à distância.

A certeza que todos os problemas podem ser enfrentados mesmo que muitas vezes possamos ser derrotados não deve tirar o prazer de viver, bem pelo contrario, deve aumentar a expectativa da vitória.









sábado, 25 de junho de 2016

Jogo de búzio não é Ifá


Autor: Bàbàláwo Ifagbaiyin Agboola.

A influência da população escrava trazida para o Brasil na época da colonização portuguesa é evidente nos hábitos de nosso povo, na musica, na culinária e na forma alegre de viver de um povo que acredita em Òrìsà.

Consultar os Òrìsàs através do jogo de búzio em nosso país é uma coisa muito comum, mas não é Ifá.

Existe a necessidade de esclarecer os nossos leitores, porque equivocadamente as pessoas seguem dizendo que consultaram Ifá, quando na verdade consultaram Osun.

ORÁCULO

A consulta ao conhecido jogo de búzios é muito diferente de uma consulta a Opele ou Ikin, no jogo de búzios o Òrìsà que orienta o consulente é Osun, e em uma consulta a Ifá, quem orienta o consulente é Orunmila.

JOGO DE BÚZIOS

O conhecido jogo de búzios é conhecido no território yoruba pela denominação Èrìndílógún, essa pratica é desenvolvida com uso de dezesseis pequenos caramujos como instrumento de consulta ao Òrìsà Osun.

ELA

Na religião tradicional yoruba, um mesmo Òrìsà tem vários nomes, Òrúnmìlà é um Òrìsà que quando atua na intuição do sacerdote recebe o nome de Ela.

ÒRÚNMÌLÀ

Òrúnmìlà tem muitos nomes, o nome mais conhecido de Òrúnmìlà é Ifá, essa denominação acontece quando Òrúnmìlà é invocado em forma de Oráculo.

IFÁ

 O Oráculo de Òrúnmìlà através dos odus e dos versos sagrados é conhecido como Ifá.

ODU

 O funcionamento do oráculo é baseado em elementos conhecidos como odus, que constituíram a criação do universo sobre as orientações de Deus (Olódùmarè). Todos Òrìsàs, assim como todos os seres humanos e todos os elementos da natureza nascem dos odus.

A PALAVRA

As palavras de Òrúnmìlà são sagradas e constituem uma vertente de infinita sabedoria como extensão de Deus que recebe a denominação de Ifá.

VERSOS DE IFÁ

Todo odu é composto de inúmeros versos que contam histórias dos òrìsàs e de varios personagens que retratam a palavra de Òrúnmìlà.

O SACERDOTE

Conta a historia que entre todos os discípulos de Òrúnmìlà o que mais se destacou chamava se Agboniregun, esse sacerdote é conhecido como a reencarnação de Òrúnmìlà.

BÀBÀLÁWO

O Bàbàláwo é o sacerdote que consulta Òrúnmìlà através do oráculo conhecido pelo nome de Ifá com um instrumento conhecido pelo nome de Opele.

OPELE

Instrumento usado nas consultas a Ifá que consiste em uma espécie de corrente com quatro sementes cortadas a o meio.

IKIN

Os ikins são uma espécie de semente de palmeira que também é usado por Bàbàláwos e Ìyánifás como Oráculo de Ifá.

ÌYÁNIFÁS

As Ìyánifás são sacerdotisas de Òrúnmìlà que também consultam a Òrúnmìlà com o Oráculo de Ifá, Opele e Ikin.


A TESTEMUNHA

De acordo com a religião tradicional yoruba, Òrúnmìlà é o único òrìsà que estava presente quando escolhemos o nosso destino, Òrúnmìlà é aquele que tudo sabe.











sexta-feira, 24 de junho de 2016

Aboru Aboye abosise


É com grande alegria que apresento o Coordenador do projeto Ifá é para todos na Venezuela, Babalawo Isaac Blanco.
Temos grande respeito pelo trabalho que o nosso irmão faz com as crianças no Ifá em seu país.
Seja bem vindo meu amigo.
Babalawo Ifagbaiyin Agboola




Aboru Aboye abosise


É com grande alegria que apresento o Coordenador do projeto Ifá é para todos no Uruguai,

Seja bem vindo, esse projeto é de todos nós, esse projeto é da Religião tradicional Yoruba, esse projeto é de Òrúnmìlà.

A criação do dia Internacional da criança no Ifá (International Infant Day in Ifa) 20 de agosto, vai eternizar e fortalecer a ideia de iniciar gratuitamente as crianças no Ifá.

Essa iniciativa vai garantir que em um futuro não falte bons Bàbàláwos e Ìyánifás possibilitando assim um maior respeito a nossa religião.


Babalawo Ifagbaiyin Agboola





Aboru Aboye abosise


É com grande alegria que apresento o Coordenador do projeto Ifá é para todos na Espanha , Babalawo Ifadire Ajobi Agboola .

Seja bem vindo, esse projeto é de todos nós, esse projeto é da Religião tradicional Yoruba, esse projeto é de Òrúnmìlà.

A criação do dia Internacional da criança no Ifá (International Infant Day in Ifa) 20 de agosto, vai eternizar e fortalecer a ideia de iniciar gratuitamente as crianças no Ifá.

Essa iniciativa vai garantir que em um futuro não falte bons Bàbàláwos e Ìyánifás possibilitando assim um maior respeito a nossa religião.

Babalawo Ifagbaiyin Agboola



Àbọrú Àbọyè Àbọṣíṣẹ



O projeto Ifá é para todos, (Ifá is for everyone) tem a honra de anunciar o apoio de alguns dos mais importantes sacerdotes do Ifá no território Yoruba.

The Araba Agbaye Oluisese Aworeni supports the project ifá is for everyone .

The Araba Awodiran Agboola supports the project ifá is for everyone.

The Araba Ifayemi Elebuibon supports the project ifá is for everyone.

The Araba Olusoji Oyekale supports the project ifá is for everyone.

 Solagbade Popoola supports the Ifa project is for everyone.

 Solagbade Popoola apoia o projeto Ifá é para todos.

International children's Day in Ifa - August 20th.

Dia Internacional da criança no Ifá – (20 de agosto).

Bàbàláwo Ifagbaiyin Agboola





quarta-feira, 22 de junho de 2016

A realidade e o Ifá.



Autor: Bàbàláwo Ifagbaiyin Agboola.

Durante centenas de anos algumas religiões fundamentaram seus princípios em filosofias positivistas que induziram a humanidade a acredita que o homem vitorioso é feliz, isso ocasionou decepções, frustrações e tristezas.

Os pais incorporaram o discurso dos religiosos e criaram seus filhos sonhando com mentiras, sendo assim grande parte dessas crianças se tornaram adolescentes frustrados que não aceitando as derrotas naturais da vida ingressaram no caminho das drogas.

 Essa sequencia de fatos implicou na formação de adultos problemáticos, que em uma tentativa errada de corrigir seus equívocos criaram filhos com liberdades excessivas alimentando um círculo vicioso.
Criar filhos sem que eles percebam as dificuldades da vida alimenta as frustrações que terminam sendo o fantasma da felicidade afastando o prazer do viver.

A necessidade de ter mais informações sobre a realidade da vida vem provocando já a bastante de tempo uma corrida na busca de explicações para os insucessos de grande parte da humanidade que deveriam ser vistos com naturalidade.

A família fundamentada em religiões coerentes tem obrigação de reescrever a historia da humanidade, pois se não for assim, pessoas frustradas por não ter encontrado a verdade colorida continuaram usando drogas no anseio do encontro com a verdade mentirosa.

Um sacerdote sorridente que concorda com tudo não é mais visto com bons olhos, existe uma carência de orientações realistas, sérias e confiáveis, diante dessa situação, a boa formação dos Bàbàláwos é imprescindível para estabelecer uma relação confiável entre o iniciado e o iniciador.
Os sacerdotes modernos necessitam fazer com que aflore em seus seguidores uma sensibilidade que ilustre o viver sem que o desânimo em relação ao futuro bloquei as ambições naturais do individuo.
O desejo de vitória fundamentado no conhecimento que existe a possibilidade da derrota ameniza a dor do insucesso, reduzindo o tempo das lamentações e do desanimo implicando em uma reformulação dos planos com a dinâmica que a vida moderna exige.

A iniciação em Ifá e o conhecimento sobre o odu de pessoal gera segurança, enquanto o culto a Orí fortalece o otimismo realista.

A capacidade de lidar com as dificuldades dos iniciados deve ser trabalhada pelos sacerdotes, incentivando o conhecimento e fortalecendo a dinâmica que superada as dificuldades iniciais o mesmo tenha capacidade de solucionar seus problemas sozinhos.

Viver com prazer e alegria depende da visão real que a derrota e a vitória, assim como a tristeza e a felicidade, fazem parte da vida.

 A felicidade está diretamente relacionada ao tempo de reflexão sobre o abandono do desanimo e da tristeza, as pessoas que perdem muito tempo lamentando a derrota tem menos tempo para buscar a vitória.

A realidade do que representa o culto ao òrìsàs por questões históricas confundiu os iniciados do novo mundo, sincretizando òrìsàs com as forças da natureza.

 A nossa religião é fundamentada na ancestralidade, é evidente que um iniciado para Osun não descente de um rio, assim como um iniciado de Oya não descente de um ciclone. Somos 
descendentes de homens e mulheres que dignificaram os seus destinos com atitudes honradas, mas que também cometeram erros.

A certeza que qualquer um de nós pode se tornar um òrìsàs não deve ser mantida como uma obsessiva perseguição à perfeição, essa certeza deve estar em nossa mente como instrumento que indica a proximidade do òrísà e não à distância.

O òrìsà conforta e estimula, saber que estamos sendo constantemente observados por nossos antepassados, nos fortalece.

 A certeza que todos os problemas podem ser enfrentados mesmo que muitas vezes possamos ser derrotados não deve tirar o prazer de viver, bem pelo contrario, deve aumentar a expectativa da vitória.