segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


ÌYA ODU O MAIS IMPORTANTE DE TODOS ORIXAS.


Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Ìyá mi Odùlógbòjé

Ìyá Odu, o mais importante assentamento no culto aos òrìsàs, representa o útero materno gerador dos odus que dão origem a tudo que existe no universo. Ela também representa a capacidade adquirida pelo Bàbàláwo de assentar qualquer òrìsà inclusive àqueles que ele não foi iniciado.

Se todo òrìsà nasce em um odu, e o Bàbàláwo tem o assentamento de ìyá odu ele pode invocar o odu de origem de qualquer òrìsà.

Para ser feito uma cerimonia de Itelodu existe a necessidade de ter o assentamento de Iya Odu que deve ser alimentada, no itefa ìyá odu é alimentada de outra forma e não é necessário o assentamento.
No território Yoruba é comum encontrar Bàbàláwos antigos que tem somente três assentamentos, Èsu, Òrúnmìlà e Ìyá Odu.

Umas das diferenças entre um Bàbàláwo e um Babalórisá, é que um Babalórisá, só pode assentar orixás que ele foi iniciado, um Bàbàláwo pode assentar qualquer òrìsà, para isso ele tem que ter conhecimento e o assentamento de Iya odu.

Em território Yoruba as famílias do culto a ifá consideram que um awo que não tenha sido apresentado para Ìyá odu durante o seu Itelodu, não é reconhecido como Bàbàláwo.

O assentamento de Ìyá Odu é aberto somente em situações muito especiais como nos itelodus e no odun Ifá.

As mulheres e os homens que não foram submetidos ao Itelodu não podem ser apresentados para esse assentamento sobre o risco da responsabilidade de tal ato cair sobre o portador desse assentamento.

Em razão de existir um juramento feito pelos Bàbàláwos diante de Ìyá odu de jamais divulgar o conteúdo do assentamento não entraremos em mais detalhes, esse assentamento é o  maior segredo do culto aos òrìsàs.


IYA ODU O MAIS IMPORTANTE DE TODOS ORISAS


IYA ODU O MAIS IMPORTANTE DE TODOS ORISAS

Ìyá mi Odùlógbòjé

 Babalawo Ifagbaiyin Agboola


Iya Odu, o mais importante assentamento no culto aos orisas, representa a capacidade adquirida pelo babalawo, de fazer qualquer orisa mesmo não tendo o assentamento.

Como explicar isso, todo orisa nasce em um odu, se o babalawo tem o assentamento de iya odu ele pode tefar o odu de origem de qualquer orisa.

Umas das  diferenças entre um babalawo e um babalorisa, é que um babalorisa, só pode assentar orisás que ele foi iniciado ou feito, um babalawo pode assentar qualquer orisa,mesmo não tendo o assentamento.

Basta que ele tenha conhecimento e o assentamento de Iya odu.

Em território Yoruba algumas famílias do culto a ifá consideram que um awo que não tenha sido apresentado para Iya odu durante o seu Itefa, não é reconhecido como babalawo.

Segue textos de grandes autores sobre Iya odu.

J.Johnson (Dennett,196:253)

O Igbadu é um cabaça coberta, contendo quatro
vasinhos de casca de côco, cortada cada uma em dois pelo, meio, e que contém ,
além de algo desconhecido para não iniciados, um com um pouco de barro,
outro um carvãozinho, e ainda outro com um pouco de camwood29
o todo
representando ou pretendendo representar alguns atributos divinos e que, junto
com os vasinhos que os contém, simbolizam os quatros principais odús- Eji
Ogbe, Oyeku, Meji, Iwori Meji, e Odi Meji, e essa cabaça é depositada em um
bem preparada e especial caixa de madeira denominada Apere.

A caixa é considerada como muito sagrada e como uma insígnia da divindades, sendo
também reverenciada .

Não é aberta nunca exceto em ocasiões muito especiais e importantes, como quando uma séria divergência.
 Tem de ser dirimida, e não sem mãos lavadas o frequentemente com oferenda de sangue a ela é feita.

O  cômodo onde é depositada é considerado tão sagrado que nenhuma mulher e
tão pouco nenhum homem não iniciado têm permissão para nele entrar, e a
porta que á ele dá acesso é geralmente embelezada com coloridos de giz e carvão vegetal, dando-lhe uma aparência sarapintada.

Epega (1931:16)

Igba Odu (cabaça de Odu)
Também é chamada, Igba Iwa (a cabaça o Recipiente da Existência) Nessa
cabaça, miraculosas magias são armazenadas por um grande babalawô que dá
instruções de como deve ser reverenciadas, com a estrita advertência, é claro, de
que jamais deveria ser aberta a menos que o devoto esteja extraordinariamente
angustiado e, por conseguinte, ansioso para deixar este mundo. Igba Iwa é feita
de tal sorte que não seja facilmente aberta.
Adivinhos de Meko disseram que seus odu são dife rentes dos
desenhados e descritos por 

Maupoil (1943: 168-170.

 Disseram que consiste de
uma cabaça branca coberta contendo uma grosseira figura de barro, parecida
com aquelas que representem Ẹșụ e é mantida sobre uma plataforma de barro
(Itage) e em um quarto especial (Iyara Odú) no qual apenas devotos de Ifá
podem entrar. A cabaça é aberta a cada ano durante o festival anula, ocasião em
que um animal é a ela sacrificado, mas é muito perigosa e mulheres e homens
jovens não podem adentrar o sacrário onde é conservada.
Divinadores de Ilessa
também conservam seus odús em uma cabaça, dentro um cômodo especial.

 Texto: IFÁ DIVINATION – WILLIAM BASCON


Se gostou, compartilhe, reproduza. Só não esqueça que a produção intelectual é de propriedade privada, então, 

credite a autoria dos textos. Obrigado





IYA ODU O MAIS IMPORTANTE DE TODOS ORISAS


IYA ODU O MAIS IMPORTANTE DE TODOS ORISAS

Ìyá mi Odùlógbòjé



Iya Odu, o mais importante assentamento no culto aos orisas, representa a capacidade adquirida pelo babalawo, de fazer qualquer orisa mesmo não tendo o assentamento.

Como explicar isso, todo orisa nasce em um odu, se o babalawo tem o assentamento de iya odu ele pode tefar o odu de origem de qualquer orisa.

Umas das  diferenças entre um babalawo e um babalorisa, é que um babalorisa, só pode assentar orisás que ele foi iniciado ou feito, um babalawo pode assentar qualquer orisa,mesmo não tendo o assentamento.

Basta que ele tenha conhecimento e o assentamento de Iya odu.

Em território Yoruba algumas famílias do culto a ifá consideram que um awo que não tenha sido apresentado para Iya odu durante o seu Itefa, não é reconhecido como babalawo.

Segue textos de grandes autores sobre Iya odu.

J.Johnson (Dennett,196:253)

O Igbadu é um cabaça coberta, contendo quatro
vasinhos de casca de côco, cortada cada uma em dois pelo, meio, e que contém ,
além de algo desconhecido para não iniciados, um com um pouco de barro,
outro um carvãozinho, e ainda outro com um pouco de camwood29
o todo
representando ou pretendendo representar alguns atributos divinos e que, junto
com os vasinhos que os contém, simbolizam os quatros principais odús- Eji
Ogbe, Oyeku, Meji, Iwori Meji, e Odi Meji, e essa cabaça é depositada em um
bem preparada e especial caixa de madeira denominada Apere.

A caixa é considerada como muito sagrada e como uma insígnia da divindades, sendo
também reverenciada .

Não é aberta nunca exceto em ocasiões muito especiais e importantes, como quando uma séria divergência.
 Tem de ser dirimida, e não sem mãos lavadas o frequentemente com oferenda de sangue a ela é feita.

O  cômodo onde é depositada é considerado tão sagrado que nenhuma mulher e
tão pouco nenhum homem não iniciado têm permissão para nele entrar, e a
porta que á ele dá acesso é geralmente embelezada com coloridos de giz e carvão vegetal, dando-lhe uma aparência sarapintada.

Epega (1931:16)

Igba Odu (cabaça de Odu)
Também é chamada, Igba Iwa (a cabaça o Recipiente da Existência) Nessa
cabaça, miraculosas magias são armazenadas por um grande babalawô que dá
instruções de como deve ser reverenciadas, com a estrita advertência, é claro, de
que jamais deveria ser aberta a menos que o devoto esteja extraordinariamente
angustiado e, por conseguinte, ansioso para deixar este mundo. Igba Iwa é feita
de tal sorte que não seja facilmente aberta.
Adivinhos de Meko disseram que seus odu são dife rentes dos
desenhados e descritos por 

Maupoil (1943: 168-170.

 Disseram que consiste de
uma cabaça branca coberta contendo uma grosseira figura de barro, parecida
com aquelas que representem Ẹșụ e é mantida sobre uma plataforma de barro
(Itage) e em um quarto especial (Iyara Odú) no qual apenas devotos de Ifá
podem entrar. A cabaça é aberta a cada ano durante o festival anula, ocasião em
que um animal é a ela sacrificado, mas é muito perigosa e mulheres e homens
jovens não podem adentrar o sacrário onde é conservada.
Divinadores de Ilessa
também conservam seus odús em uma cabaça, dentro um cômodo especial.

 Texto: IFÁ DIVINATION – WILLIAM BASCON

Bàbàláwo Ifágbaíyin Agboolà


Babalawo Ifagbaiyin

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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Mercadores de ilusões e o Ifá

Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Eu sinto se minhas postagens incomodam, se a máfia de sacerdotes que ganham a vida vendendo apostilas, e amedrontando os desinformados sobre a nossa religião; não tenho culpa que a ignorância de muitos, enriqueça um bando de abutres que na sede de se satisfazerem, mal conseguem esperar a vitima dar um suspiro de angustia, em suas dúvidas, para fazerem o seu comercial e partir para o abate.

Não tenho culpa de ser como sou, uma pessoa que não vai ao estádio de futebol, que não vai ao carnaval, que dedica todo o seu tempo livre para a cultura de orisa, é estudando e me dedicando durante algumas décadas, que consegui entender melhor o verdadeiro sentido de nossa religião, não me cobrem os acentos, nas palavras em yoruba, por mim escritas, não tive tempo para me preocupar com a gramatica, o meu tempo dediquei para aprender a língua, para poder rezar, para os meus orisas, não cobrem que eu me cale diante da ignorância providencial de muitos, não digam a onde devo colocar os acentos, eu sou um ser humano e posso reagir como tal diante de gestos por mim não identificado como amistosos.

Não me falem da falta de conhecimento de poucos, me falem da sede de aprender de muitos, pois é para essas pessoas que escrevo.

Não vou me calar diante de eruditos de araque, que ainda não descobriram a sua verdadeira religião, e que praticam em suas casas, uma mistura digna de um hospício, não tive tempo para aprender a onde colocar os acentos, mas sei falar a língua e o mais importante sei a onde é o meu lugar, certamente não é ao lado de mercadores safados que usurpam da fé e da esperança de muitos com a intenção de se mostrarem sábios, e que facilmente se identificam com as páreas que se comportam como eles, mercadores de ilusões.








Mercadores de ilusões

Texto: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Eu sinto se minhas postagens incomodam, se a máfia de sacerdotes que ganham a vida vendendo apostilas, e amedrontando os desinformados sobre a nossa religião; não tenho culpa que a ignorância de muitos, enriqueça um bando de abutres que na sede de se satisfazerem, mal conseguem esperar a vitima dar um suspiro de angustia, em suas dúvidas, para fazerem o seu comercial e partir para o abate.

Não tenho culpa de ser como sou, uma pessoa que não vai ao estádio de futebol, que não vai ao carnaval, que dedica todo o seu tempo livre para a cultura de orisa, é estudando e me dedicando durante algumas décadas, que consegui entender melhor o verdadeiro sentido de nossa religião, não me cobrem os acentos, nas palavras em yoruba, por mim escritas, não tive tempo para me preocupar com a gramatica, o meu tempo dediquei para aprender a língua, para poder rezar, para os meus orisas, não cobrem que eu me cale diante da ignorância providencial de muitos, não digam a onde devo colocar os acentos, eu sou um ser humano e posso reagir como tal diante de gestos por mim não identificado como amistosos.

Não me falem da falta de conhecimento de poucos, me falem da sede de aprender de muitos, pois é para essas pessoas que escrevo.

Não vou me calar diante de eruditos de araque, que ainda não descobriram a sua verdadeira religião, e que praticam em suas casas, uma mistura digna de um hospício, não tive tempo para aprender a onde colocar os acentos, mas sei falar a língua e o mais importante sei a onde é o meu lugar, certamente não é ao lado de mercadores safados que usurpam da fé e da esperança de muitos com a intenção de se mostrarem sábios, e que facilmente se identificam com as páreas que se comportam como eles, mercadores de ilusões.



Babalawo Ifagbaiyin

Se gostou, compartilhe, reproduza. Só não esqueça que a produção intelectual é de propriedade privada, então, 

credite a autoria dos textos. Obrigado




Mercadores de ilusões

Eu sinto se minhas postagens incomodam, se a máfia de sacerdotes que ganham a vida vendendo apostilas, e amedrontando os desinformados sobre a nossa religião; não tenho culpa que a ignorância de muitos, enriqueça um bando de abutres que na sede de se satisfazerem, mal conseguem esperar a vitima dar um suspiro de angustia, em suas dúvidas, para fazerem o seu comercial e partir para o abate.

Não tenho culpa de ser como sou, uma pessoa que não vai ao estádio de futebol, que não vai ao carnaval, que dedica todo o seu tempo livre para a cultura de orisa, é estudando e me dedicando durante algumas décadas, que consegui entender melhor o verdadeiro sentido de nossa religião, não me cobrem os acentos, nas palavras em yoruba, por mim escritas, não tive tempo para me preocupar com a gramatica, o meu tempo dediquei para aprender a língua, para poder rezar, para os meus orisas, não cobrem que eu me cale diante da ignorância providencial de muitos, não digam a onde devo colocar os acentos, eu sou um ser humano e posso reagir como tal diante de gestos por mim não identificado como amistosos.
Não me falem da falta de conhecimento de poucos, me falem da sede de aprender de muitos, pois é para essas pessoas que escrevo.

Não vou me calar diante de eruditos de araque, que ainda não descobriram a sua verdadeira religião, e que praticam em suas casas, uma mistura digna de um hospício, não tive tempo para aprender a onde colocar os acentos, mas sei falar a língua e o mais importante sei a onde é o meu lugar, certamente não é ao lado de mercadores safados que usurpam da fé e da esperança de muitos com a intenção de se mostrarem sábios, e que facilmente se identificam com as páreas que se comportam como eles, mercadores de ilusões.

Babalawo Ifagbaiyin


Babalawo Ifagbaiyin

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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Egbe Orun

 Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Episódios de aborto e morte prematura de crianças, jovens e adultos podem ser compreendidos como resultantes da ação dos Àbíkú, também chamados Emèré, espíritos pertencentes à Egbé-Àbíkú (Sociedade Abiku). A palavra àbíkú é constituída de a, bí, (ó) ku, que ignifica tanto nascido para morrer quanto o parimos e ele morreu: designa crianças e jovens que morrem antes de atingir a idade adulta e adultos que morrem antes dos pais. Assim, há duas qualidades de abiku: os àbíkú-omódé, que morrem ainda crianças, e os àbíkú-àgbà, que morrem jovens ou adultos.

Tais indivíduos estabelecem com a Sociedade Abiku o ójó orí, pacto de retornarem ao orun ao ser atingida determinada idade.

Quando uma mulher sofre sucessivas perdas de filhos recém-nascidos, ainda pequenos, jovens ou mesmo adultos, considera-se que esteja sob a ação de um abiku, espírito que nasce múltiplas vezes através de um mesmo corpo feminino por determinação do destino dessa mulher, por obra de magia ou por circunstâncias de acaso, como a aquisição inadvertida de um abiku por uma grávida que não tenha tomado os devidos cuidados contra isso.

Quando uma mulher perde filhos assim, suspeita-se que se trate da ação de àbíkú-omodé; e os episódios de perda de filhos serão interrompidos somente se tomadas as necessárias providências para romper o vínculo desses seres espirituais com a comunidade à qual pertencem no orun.

 Quanto aos àbíkú-àgbà, o pacto por eles estabelecido com a sociedade determina que o retorno ao orun ocorra em algum momento muito significativo e importante da vida, que pode ser crítico ou de sucesso, como em uma data próxima à formatura, ao casamento, ao nascimento de um filho desejado ou a uma conquista social notável.

Egbé Aráagbó é a comunidade espiritual à qual pertencem os abikus: é constituída pela Egbé Aiyé (Sociedade de amigos do mundo visível, Amigos do mundo visível) e pela Egbé Òrun (Sociedade de amigos do mundo invisível ou Amigos Espirituais) Estando esses dois mundos entrelaçados e intimamente relacionados um ao outro, ambos exercem mútua influência entre si: pode-se presumir que, para que uma pessoa possa viver feliz no aiye, é preciso que esteja em harmonia com seus amigos espirituais no orun.

A solução básica do problema de quem é abiku implica em libertá-lo da sociedade à qual pertence. De fato, implica em tornar cada abiku indesejável ao seu grupo de pertença original no mundo espiritual, de modo que não queiram mais conservá-lo naquela sociedade. Sendo os abikus poderosos, é preciso muito conhecimento por parte dos sacerdotes que se propõem a lidar com eles. Alguns recursos para evitar a morte de um filho abiku e para retirar seu espírito da sociedade à qual pertence podem ser utilizados. Através de rituais é estabelecido um jogo de forças entre Egbé Aragbô e Egbé Abiku: forças de retenção do ser no aiye e forças de resgate deste mesmo ser no orun. Cultos e oferendas são realizados tanto para uns quanto para outros: para esta desistir de retomar seus membros e para aquela protegê-los de serem reconduzidos à companhia de seus pares no orun. Egbé Aragbô atua com Exu pela necessidade de manter o equilíbrio entre o aiye e o orun; age com o auxilio também de Oxum, pela influência dela sobre a fertilidade.

Egbé significa Sociedade: designa a Sociedade dos Espíritos Amigos e se refere, simultaneamente, a um orixá e a uma irmandade ou corporação de seres espirituais: trata-se de Èré igbó ou Aráagbó, que significa Habitante da floresta ou Habitante do além. Este orixá protege contra a morte prematura, acalma o sofrimento material e espiritual e orienta o ori do abiku e de seus devotos a seguir o caminho certo. Atrai progresso econômico e desenvolvimento espiritual, harmonizando esses dois aspectos da existência.

Proporciona também os sentimentos de paz, tranquilidade, serenidade e confiança, trazendo a fertilidade em todos os aspectos da vida. Atrai condições para conquistas, domina recursos para promover cura e bem-estar, interfere no destino humano e remove obstáculos da vida: transforma lágrimas em sorrisos.

 Egbé Aráagbó é venerado para que se possa receber sua proteção contra seres visíveis e invisíveis. As pessoas costumam referir-se a ele dizendo Egbé mi, minha Sociedade, meus Companheiros.

 Há uma relação importante entre Ibeji e Egbé, pois Ibeji liga-se à natureza, de modo geral, e à floresta, morada de Egbé, de modo particular. Para cultuar um é preciso cultuar o outro.

 Síkírù Sàlámì