segunda-feira, 9 de julho de 2012

Iniciação em Ifá e suas vantagens, quem deve ser iniciado.






Autor: Bàbàláwo Ifagbaiyin Agboola.

Durante o período que estive na Nigéria, um fato em especial me chamou a atenção, o número de pessoas pertencentes a outras religiões que é iniciado em Ifá, é muito grande.

Na cidade de Lagos conheci várias pessoas iniciadas em Ifá que não pertencem a nossa religião, pensando sobre essa situação em especial, resolvi escrever sobre as vantagens de ser iniciado.

Se você for católico, Umbandista, Candomblecista ou membro de outra religião você pode ser iniciado em Ifá, nada impede a iniciação, Ifá é para todos.
Que benefício eu posso ter sendo iniciado em Ifá?

 Essa pergunta eu já ouvi inúmeras vezes, eu costumo dizer que sair para uma viagem sem ter conhecimento da estrada e sem ter um mapa é complicado.

 As chances de você se perder, pegar o caminho errado, é muito grande.

Quando uma pessoa é iniciada, é como se ela recebesse o mapa da estrada, antes de partir em uma viagem, o deslocamento fica mais fácil.

Qualquer pessoa, em qualquer momento de sua vida pode ser iniciada em Ifá, independente de sua religião.

A pessoa tem inúmeras vantagens em ser iniciado, mas a mais importante é o autoconhecimento.

Vou tentar responder em um breve texto as curiosidades que normalmente as pessoas têm em relação à iniciação.

Quando você é iniciado por um Bàbàláwo em Ifá, você não perde a ligação com o seu Babalórisá, se você for iniciado em Òrìsà.

O culto a Ifá pode acontecer paralelamente ao culto a Òrìsà.

Durante a iniciação a pessoa recebe muitas informações sobre o seu destino, e o caminho fica mais fácil, o Ifá facilita o culto a Òrìsà.

  Respeitando os ewos de seu Odu e as normas de conduta no seu cotidiano, a harmonia entre o profano e o sagrado acontece e as dificuldades desaparecem.
Um itefá leva em média três dias e é composto por mais de cinquenta cerimonias distintas.

De uma pessoa para outra pode haver mudanças nos rituais, o ponto de partida é o odu, isso quer dizer que existem inúmeras variáveis.

Na verdade cada pessoa tem um destino, e a orientação de Ifá não segue uma regra ou receita milagrosa, para cada pessoa os rituais podem exigir uma sequencia diferente após o itefá.

Uma pessoa deveria ser iniciada em Ifá antes de ser iniciada em Òrìsà, no território Yoruba é isso que acontece, sendo assim no Brasil temos que tentar corrigir erros históricos.

 É importante que seja esclarecido que o fato de uma pessoa ser iniciada em um Òrìsà que não é um daqueles indicados no seu odu pode gerar inúmeros problemas, em algumas situações os prejuízos podem ser financeiros, afetivos, emocionais e mentais.

Na realidade, a grande maioria das pessoas desconhece, que estão cultuando o Òrìsà errado, elas não sabem a dimensão do que isso representa em suas vidas.

 Uma iniciação errada pode implicar em um comportamento onde a pessoa pode estar sendo totalmente indiferente aos Òrìsàs que fazem parte do seu destino.

Imagine o seguinte exemplo, um filho de Ògún, trabalhando em um trabalho burocrático passando o dia todo sentado fazendo cálculos e atendendo telefone.

 Esse tipo de situação caracteriza um erro na orientação do sacerdote para a escolha da profissão do iniciado, esses erros acontecem baseados na iniciação do òrìsà errado.

 Esse é um exemplo genérico, sem um exame prévio da questão, mas serve para ilustrar a situação.

Qualquer pessoa que entenda de Òrìsà sabe que isso é comum acontecer em nosso país.
Esse tipo de erro bastante comum pode abreviar a vida de uma pessoa.

O não alinhamento com o destino implica na baixa estima e na baixa da imunidade podendo criar sérios problemas de saúde.

Sair de viagem sem conhecer a estrada, sem ter um mapa é uma temeridade.
 Se você for iniciado em ifá a sua vida fica muito mais fácil, você comete menos erros.

 Se dedicando de forma correta ao seu òrìsà, as chances de você cumprir o seu destino com êxito aumentam.


Ifá é o mapa e o Òrìsà é o veículo que vai transportar você na viagem da vida.







Iniciação em Ifá e suas vantagens, quem deve ser iniciado.

Iniciação em Ifá e suas vantagens, quem deve ser iniciado.

Durante o período que estive na Nigéria, um fato em especial me chamou a atenção, o número de pessoas pertencentes a outras religiões que é iniciado em Ifá é muito grande.

Na cidade de Lagos conheci várias pessoas iniciadas em Ifá que não pertencem a nossa religião, pensando sobre essa situação em especial, resolvi escrever sobre as vantagens de ser iniciado em Ifá.

Que benefício eu posso ter sendo iniciado em Ifá?Essa pergunta eu já ouvi inúmeras vezes.

Eu costumo dizer que sair para uma viagem sem ter conhecimento da estrada, sem ter um mapa é complicado, as chances de você se perder, pegar o caminho errado, é muito grande.


Quando uma pessoa é iniciada, eu costumo comparar ao fato de você receber o mapa da estrada antes de partir em uma viagem, isso vai certamente facilitar bastante o seu deslocamento.


Qualquer pessoa, em qualquer momento de suas vidas pode ser iniciada em Ifá, independente de sua religião, a pessoa tem inúmeras vantagens em ser iniciada, mas a mais importante é o autoconhecimento.
Vou tentar responder em um breve texto as curiosidades que normalmente as pessoas têm em ralação a iniciação, ou em relação ao Isefá.


Você quando é iniciado por um Babalawo em Ifá você não perde a ligação com o seu Babalorisa se você for iniciado em Orisa, o culto a Ifá pode acontecer paralelamente ao culto a Orisa.


Durante a iniciação a pessoa recebe muitas informações sobre o seu destino, o caminho que deve seguir fica mais claro; vou citar aqui uma parte de um texto que faz parte do nosso blog pertencente ao Babalawo Ifamileke Agboola, quando ele explica sobre o odu,ele descreve (transitório e não permanente). Em suma uma Harmonização entre o ser humano e o seu atual destino que será cultuado, para uma vida nova dentro do culto e fora.


 Respeitando os ewos (proibições) de seu Odú Ifá, e as normas de conduta no seu cotidiano espiritual e material, para a sua total harmonia, entre o profano e o sagrado.

Uma pessoa quando é iniciada em Ifá passa por alguns rituais, dependendo da orientação o isefá pode levar de um a três dias em média pode ou não exigir entre os rituais um bori e muitas vezes pode indicar o oferecimento de um agrado aos antepassados ou a um orisa determinado, na maioria das vezes a pessoa não necessita ficar recolhida, é claro que de uma pessoa para outra pode haver grandes mudanças nos rituais.


Na verdade cada pessoa tem um destino, e naquele momento a orientação de Ifá não segue uma regra ou receita milagrosa, para cada pessoa os rituais podem exigir uma sequencia completamente distinta da outra, mas o objetivo final é alinhar a pessoa com o seu destino, passar para ela a Orientação de ifá trazendo à luz a vida do inciado.


Uma pessoa deveria ser iniciada em Ifá antes de ser iniciada em Orisa, normalmente em território Yoruba é isso que acontece, o fato de uma pessoa ser iniciada em um Orisa que não é um daqueles  indicado no seu odu pode trazer problemas, criando uma situação em alguns casos, de prejuízos, financeiros, afetivos, emocionais e até mentais.


O não alinhamento com o seu odu, e o distanciamento dos Orisas que deveriam ser cultuados, pode ser bastante prejudicial; e  a questão  pode ser mais abrangente criando situações bastante complicadas para o individuo, na realidade, a grande maioria das pessoas desconhece que está cultuando os Orisa errado, e não sabe a dimensão do que isso representa em sua vida.


 Isso implica em um comportamento onde a pessoa nesse momento pode estar sendo totalmente indiferente a os Orisas que fazem parte do seu destino.

Imagine o seguinte exemplo, um filho de Ogun, trabalhando em um trabalho burocrático passando o dia todo sentado fazendo calculose e atendendo telefone, esse tipo de situação caracteriza ou um erro de feitura ou na pior hipótese  o Orisa está errado ou  a orientação do sacerdote na escolha do trabalho do iniciado foi equivocada; isso descrevendo um exemplo genérico sem um exame prévio da questão.


Podemos citar outro exemplo, o daquele filho de Obatala que é selecionado como um atleta de ponta, competitivo e dedicado exaustivamente  a os  treinamentos, implicando em um desgaste de energia constante; é claro que qualquer pessoa que entenda de Orisa, sabe que isso é impossível.


Essas situações no mínimo hilárias deixam de existir, quando  a pessoa é iniciada e conhece o seu odu, tudo fica mais fácil, esse tipo de erro bastante comum pode abreviar a vida da pessoa e em um minuto a sua vida pode ser perder, o não alinhamento com o destino implica na baixa estima e na baixa da imunidade podendo criar sérios  problemas de saúde.


Sair de viagem sem conhecer a estrada,  sem ter um mapa é uma grande temeridade, ser iniciado em ifá torna a sua vida muito mais fácil, você cometendo menos erros, e se dedicando de forma correta ao seu orisa, as chances de você cumprir o seu destino com êxito  aumentam consideravelmente.


Se for o fato de você descobrir que foi feito para o Orisa errado, isso não implica em uma nova feitura,  na verdade você vai ter mais informações sobre o seu verdadeiro Orisa possibilitando uma dedicação paralela ao Orisa anteriormente cultuado e o Orisa indicado por Ifá em um patamar de igualdade, visando assim corrigir o erro cometido, que  na maioria das vezes você desconhecia.

Em um ritual teoricamente simples com um assentamento do seu Ifá, o homem pode mudar a sua história.
Em um igba com um número mínimo de dezoito ikins pode estar à resposta as perguntas de toda sua vida!


Iniciação em Ifá e suas vantagens, quem deve ser iniciado.


Iniciação em Ifá e suas vantagens, quem deve ser iniciado.

Durante o período que estive na Nigéria, um fato em especial me chamou a atenção, o número de pessoas pertencentes a outras religiões que é iniciado em Ifá é muito grande.

Na cidade de Lagos conheci várias pessoas iniciadas em Ifá que não pertencem a nossa religião, pensando sobre essa situação em especial, resolvi escrever sobre as vantagens de ser iniciado em Ifá.

Que benefício eu posso ter sendo iniciado em Ifá?
Essa pergunta eu já ouvi inúmeras vezes.


Eu costumo dizer que sair para uma viagem sem ter conhecimento da estrada, sem ter um mapa é complicado, as chances de você se perder, pegar o caminho errado, é muito grande.

Quando uma pessoa é iniciada, eu costumo comparar ao fato de você receber o mapa da estrada antes de partir em uma viagem, isso vai certamente facilitar bastante o seu deslocamento.

Qualquer pessoa, em qualquer momento de suas vidas pode ser iniciada em Ifá, independente de sua religião, a pessoa tem inúmeras vantagens em ser iniciada, mas a mais importante é o autoconhecimento.

Vou tentar responder em um breve texto as curiosidades que normalmente as pessoas têm em ralação a iniciação, ou em relação ao Isefá.
Você quando é iniciado por um Babalawo em Ifá você não perde a ligação com o seu Babalorisa se você for iniciado em Orisa, o culto a Ifá pode acontecer paralelamente ao culto a Orisa.

Durante a iniciação a pessoa recebe muitas informações sobre o seu destino, o caminho que deve seguir fica mais claro; vou citar aqui uma parte de um texto que faz parte do nosso blog pertencente ao Babalawo Ifamileke Agboola, quando ele explica sobre o odu,ele descreve (transitório e não permanente). Em suma uma Harmonização entre o ser humano e o seu atual destino que será cultuado, para uma vida nova dentro do culto e fora.

 Respeitando os ewos (proibições) de seu Odú Ifá, e as normas de conduta no seu cotidiano espiritual e material, para a sua total harmonia, entre o profano e o sagrado.


Uma pessoa quando é iniciada em Ifá passa por alguns rituais, dependendo da orientação o isefá pode levar de um a três dias em média pode ou não exigir entre os rituais um bori e muitas vezes pode indicar o oferecimento de um agrado aos antepassados ou a um orisa determinado, na maioria das vezes a pessoa não necessita ficar recolhida, é claro que de uma pessoa para outra pode haver grandes mudanças nos rituais.

Na verdade cada pessoa tem um destino, e naquele momento a orientação de Ifá não segue uma regra ou receita milagrosa, para cada pessoa os rituais podem exigir uma sequencia completamente distinta da outra, mas o objetivo final é alinhar a pessoa com o seu destino, passar para ela a Orientação de ifá trazendo à luz a vida do inciado.

Uma pessoa deveria ser iniciada em Ifá antes de ser iniciada em Orisa, normalmente em território Yoruba é isso que acontece, o fato de uma pessoa ser iniciada em um Orisa que não é um daqueles  indicado no seu odu pode trazer problemas, criando uma situação em alguns casos, de prejuízos, financeiros, afetivos, emocionais e até mentais.

O não alinhamento com o seu odu, e o distanciamento dos Orisas que deveriam ser cultuados, pode ser bastante prejudicial; e  a questão  pode ser mais abrangente criando situações bastante complicadas para o individuo, na realidade, a grande maioria das pessoas desconhece que está cultuando os Orisa errado, e não sabe a dimensão do que isso representa em sua vida.

 Isso implica em um comportamento onde a pessoa nesse momento pode estar sendo totalmente indiferente a os Orisas que fazem parte do seu destino.

Imagine o seguinte exemplo, um filho de Ogun, trabalhando em um trabalho burocrático passando o dia todo sentado fazendo calculose e atendendo telefone, esse tipo de situação caracteriza ou um erro de feitura ou na pior hipótese  o Orisa está errado ou  a orientação do sacerdote na escolha do trabalho do iniciado foi equivocada; isso descrevendo um exemplo genérico sem um exame prévio da questão.

Podemos citar outro exemplo, o daquele filho de Obatala que é selecionado como um atleta de ponta, competitivo e dedicado exaustivamente  a os  treinamentos, implicando em um desgaste de energia constante; é claro que qualquer pessoa que entenda de Orisa, sabe que isso é impossível.

Essas situações no mínimo hilárias deixam de existir, quando  a pessoa é iniciada e conhece o seu odu, tudo fica mais fácil, esse tipo de erro bastante comum pode abreviar a vida da pessoa e em um minuto a sua vida pode ser perder, o não alinhamento com o destino implica na baixa estima e na baixa da imunidade podendo criar sérios  problemas de saúde.


Sair de viagem sem conhecer a estrada,  sem ter um mapa é uma grande temeridade, ser iniciado em ifá torna a sua vida muito mais fácil, você cometendo menos erros, e se dedicando de forma correta ao seu orisa, as chances de você cumprir o seu destino com êxito  aumentam consideravelmente.

Se for o fato de você descobrir que foi feito para o Orisa errado, isso não implica em uma nova feitura,  na verdade você vai ter mais informações sobre o seu verdadeiro Orisa possibilitando uma dedicação paralela ao Orisa anteriormente cultuado e o Orisa indicado por Ifá em um patamar de igualdade, visando assim corrigir o erro cometido, que  na maioria das vezes você desconhecia.

Em um ritual teoricamente simples com um assentamento do seu Ifá, o homem pode mudar a sua história.

Em um igba com um número mínimo de dezoito ikins pode estar à resposta as perguntas de toda sua vida!




sexta-feira, 6 de julho de 2012


Ifá explica, qual é a sua religião.







Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Uma vez me perguntaram o porquê de não acender velas na religião tradicional, respondi, eu não acendo velas porque em nossa religião não existe esse hábito, não existi velas nos rituais para os Orisas em território Yoruba.

Eu não vou à missa e não comungo porque não sou católico, não tenho nada contra os católicos, mas me incomodo muito com as pessoas que cultuam Orisa de forma católica, só falta fazer o sinal da cruz antes de oferecer uma comida a Ogun.

Não acredito em me distanciar dos espíritos de minha família, rezando para evolução deles, porque não sou Espirita, cada religião tem a sua identidade, eu quero Egungun sempre bem próximo de mim.

 Buscar na fonte a informação, ao contrario do improviso criativo, estabanado e de mau gosto, nos coloca em alinhamento com nossos orisas e com nossos antepassados.

Você já viu um padre dar comida a Osun às margens de um rio ou um kardecista colocando um adimu para os orisas.

 Se isso não acontece, porque o inverso é comum?

  Inúmeros Babalorisas confundem tudo, de tal forma que só falta chamar um padre na hora de dos rituais fúnebres, de um iniciado em Orisá.

 Imagine o sujeito que adorou os Orisas, durante toda sua vida, quando ele morre, quem faz o ritual é um sacerdote de outra religião, totalmente indiferente à fé do falecido, isso é inaceitável.

 A crença daquele que deveria ser naquele momento reverenciado, termina sendo ofendida, e tal circunstancia provoca todo tipo de constrangimentos, tanto para o sacerdote chamado naquele momento como para as pessoas da família do falecido.

Se formos pegar os casamentos como exemplo, o noivo e a noiva vestidos com roupas de rituais estranhos a sua crença, em um momento de suma importância, recebem a benção de uma pessoa que muitas vezes despreza a fé daqueles gostariam de estar ouvindo o som dos atabaques, e as cantigas de Osun, que muitas vezes são substituídas por algumas palavras sem sentido ou se termine rezando um Pai Nosso e uma Ave Maria.

Pobre daqueles então, que já nascem sem que o sacerdote de suas famílias, tenham condições de oficializar um simples batizado, imagine que durante toda a gravidez, a mãe pediu para Osun, que seu filho nascesse saudável; agora quem oficializa o batismo, não permite se quer ser que seja mencionado o nome de um orisa, isso é muito comum, mas não deveria acontecer.

Imagina então, outra situação, que ofende nossos antepassados, prejudica e muito o futuro dos nossos descendentes.

Muitas vezes alguns Orisás são apresentados em festas publicas, com roupas caríssimas reproduzidas em modelos que pertencem ao período colonial português, confeccionadas em tecidos denominados em Francês e complementadas por capacetes dignos de uns centuriões romanos, coisas de causar ciúme a qualquer carnavalesco.

O hábito cada vez mais frequente da ostentação e do desfile de modas, já faz parte do nosso dia a dia, mas, se uma roupa tradicional Yoruba no esta do de São Paulo pode ser comprada por menos de cem reais, porque o uso então de tais indumentárias?  

Seria vaidade, loucura ou marketing?

 Pergunto isso, pois em alguns sites religiosos, os Babalorisas começaram divulgar fotos de suas casas e de seus carros como se isso tivesse algum significado religioso.

O sujeito que coloca a foto do seu carro importado em um espaço dedicado para falar de orisa, na verdade está querendo demonstrar poder aquisitivo, isso não representa asé, e sim autoafirmação.


Essa situação deve causar tristeza, provocando em nossos antepassados, indignação e angustia; como podemos honrar nossos antecessores, se nos permitimos influenciar por culturas antagônicas a nossa crença.

Se o estado é laico e a lei nos beneficia, porque muitos ainda permanecem escravos?

Essa é uma situação que não é nova, há quase três décadas, uma das maiores Yalorisas do Brasil (Dona Stella de Osossi, do Ilê Opô Afonjá), já mencionava tal situação.

 Não me surpreenderei se encontrar pessoas oferecendo chester com champignon para Obatalá.

Afinal qual é a sua religião?


Afinal qual é a sua religião?

 ÀDALU (mistura).

Texto: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Uma vez me perguntaram o porquê de não acender velas na religião tradicional, respondi, eu não acendo velas porque em nossa religião não existe esse hábito, não existi velas nos rituais para os Orisas em território Yoruba.

Eu não vou à missa e não comungo porque não sou católico, não tenho nada contra os católicos, mas me incomodo muito com as pessoas que cultuam Orisa de forma católica, só falta fazer o sinal da cruz antes de oferecer uma comida a Ogun.

Não acredito em me distanciar dos espíritos de minha família, rezando para evolução deles, porque não sou Espirita, cada religião tem a sua identidade, eu quero Egungun sempre bem próximo de mim.

 Buscar na fonte a informação, ao contrario do improviso criativo, estabanado e de mau gosto, nos coloca em alinhamento com nossos orisas e com nossos antepassados.

Você já viu um padre dar comida a Osun às margens de um rio ou um kardecista colocando um adimu para os orisas.

 Se isso não acontece, porque o inverso é comum?

  Inúmeros Babalorisas confundem tudo, de tal forma que só falta chamar um padre na hora de dos rituais fúnebres, de um iniciado em Orisá.

 Imagine o sujeito que adorou os Orisas, durante toda sua vida, quando ele morre, quem faz o ritual é um sacerdote de outra religião, totalmente indiferente à fé do falecido, isso é inaceitável.

 A crença daquele que deveria ser naquele momento reverenciado, termina sendo ofendida, e tal circunstancia provoca todo tipo de constrangimentos, tanto para o sacerdote chamado naquele momento como para as pessoas da família do falecido.

Se formos pegar os casamentos como exemplo, o noivo e a noiva vestidos com roupas de rituais estranhos a sua crença, em um momento de suma importância, recebem a benção de uma pessoa que muitas vezes despreza a fé daqueles gostariam de estar ouvindo o som dos atabaques, e as cantigas de Osun, que muitas vezes são substituídas por algumas palavras sem sentido ou se termine rezando um Pai Nosso e uma Ave Maria.

Pobre daqueles então, que já nascem sem que o sacerdote de suas famílias, tenham condições de oficializar um simples batizado, imagine que durante toda a gravidez, a mãe pediu para Osun, que seu filho nascesse saudável; agora quem oficializa o batismo, não permite se quer ser que seja mencionado o nome de um orisa, isso é muito comum, mas não deveria acontecer.

Imagina então, outra situação, que ofende nossos antepassados, prejudica e muito o futuro dos nossos descendentes.

Muitas vezes alguns Orisás são apresentados em festas publicas, com roupas caríssimas reproduzidas em modelos que pertencem ao período colonial português, confeccionadas em tecidos denominados em Francês e complementadas por capacetes dignos de uns centuriões romanos, coisas de causar ciúme a qualquer carnavalesco.

O hábito cada vez mais frequente da ostentação e do desfile de modas, já faz parte do nosso dia a dia, mas, se uma roupa tradicional Yoruba no esta do de São Paulo pode ser comprada por menos de cem reais, porque o uso então de tais indumentárias?  

Seria vaidade, loucura ou marketing?

 Pergunto isso, pois em alguns sites religiosos, os Babalorisas começaram divulgar fotos de suas casas e de seus carros como se isso tivesse algum significado religioso.

O sujeito que coloca a foto do seu carro importado em um espaço dedicado para falar de orisa, na verdade está querendo demonstrar poder aquisitivo, isso não representa asé, e sim autoafirmação.


Essa situação deve causar tristeza, provocando em nossos antepassados, indignação e angustia; como podemos honrar nossos antecessores, se nos permitimos influenciar por culturas antagônicas a nossa crença.

Se o estado é laico e a lei nos beneficia, porque muitos ainda permanecem escravos?

Essa é uma situação que não é nova, há quase três décadas, uma das maiores Yalorisas do Brasil (Dona Stella de Osossi, do Ilê Opô Afonjá), já mencionava tal situação.

 Não me surpreenderei se encontrar pessoas oferecendo chester com champignon para Obatalá.

Afinal qual é a sua religião?


Afinal qual é a sua religião?

 ÀDALU (mistura).

Uma vez me perguntaram o porquê de não acender velas na religião tradicional, respondi, eu não acendo velas porque em nossa religião não existe esse hábito, não existi velas nos rituais para os Orisas em território Yoruba.

Eu não vou à missa e não comungo porque não sou católico, não tenho nada contra os católicos, mas me incomodo muito com as pessoas que cultuam Orisa de forma católica, só falta fazer o sinal da cruz antes de oferecer uma comida a Ogun.

Não acredito em me distanciar dos espíritos de minha família, rezando para evolução deles, porque não sou Espirita, cada religião tem a sua identidade, eu quero Egungun sempre bem próximo de mim.

 Buscar na fonte a informação, ao contrario do improviso criativo, estabanado e de mau gosto, nos coloca em alinhamento com nossos orisas e com nossos antepassados.

Você já viu um padre dar comida a Osun às margens de um rio ou um kardecista colocando um adimu para os orisas.

 Se isso não acontece, porque o inverso é comum?

  Inúmeros Babalorisas confundem tudo, de tal forma que só falta chamar um padre na hora de dos rituais fúnebres, de um iniciado em Orisá.

 Imagine o sujeito que adorou os Orisas, durante toda sua vida, quando ele morre, quem faz o ritual é um sacerdote de outra religião, totalmente indiferente à fé do falecido, isso é inaceitável.

 A crença daquele que deveria ser naquele momento reverenciado, termina sendo ofendida, e tal circunstancia provoca todo tipo de constrangimentos, tanto para o sacerdote chamado naquele momento como para as pessoas da família do falecido.

Se formos pegar os casamentos como exemplo, o noivo e a noiva vestidos com roupas de rituais estranhos a sua crença, em um momento de suma importância, recebem a benção de uma pessoa que muitas vezes despreza a fé daqueles gostariam de estar ouvindo o som dos atabaques, e as cantigas de Osun, que muitas vezes são substituídas por algumas palavras sem sentido ou se termine rezando um Pai Nosso e uma Ave Maria.

Pobre daqueles então, que já nascem sem que o sacerdote de suas famílias, tenham condições de oficializar um simples batizado, imagine que durante toda a gravidez, a mãe pediu para Osun, que seu filho nascesse saudável; agora quem oficializa o batismo, não permite se quer ser que seja mencionado o nome de um orisa, isso é muito comum, mas não deveria acontecer.

Imagina então, outra situação, que ofende nossos antepassados, prejudica e muito o futuro dos nossos descendentes.

Muitas vezes alguns Orisás são apresentados em festas publicas, com roupas caríssimas reproduzidas em modelos que pertencem ao período colonial português, confeccionadas em tecidos denominados em Francês e complementadas por capacetes dignos de uns centuriões romanos, coisas de causar ciúme a qualquer carnavalesco.

O hábito cada vez mais frequente da ostentação e do desfile de modas, já faz parte do nosso dia a dia, mas, se uma roupa tradicional Yoruba no esta do de São Paulo pode ser comprada por menos de cem reais, porque o uso então de tais indumentárias?  

Seria vaidade, loucura ou marketing?

 Pergunto isso, pois em alguns sites religiosos, os Babalorisas começaram divulgar fotos de suas casas e de seus carros como se isso tivesse algum significado religioso.

O sujeito que coloca a foto do seu carro importado em um espaço dedicado para falar de orisa, na verdade está querendo demonstrar poder aquisitivo, isso não representa asé, e sim autoafirmação.


Essa situação deve causar tristeza, provocando em nossos antepassados, indignação e angustia; como podemos honrar nossos antecessores, se nos permitimos influenciar por culturas antagônicas a nossa crença.

Se o estado é laico e a lei nos beneficia, porque muitos ainda permanecem escravos?

Essa é uma situação que não é nova, há quase três décadas, uma das maiores Yalorisas do Brasil (Dona Stella de Osossi, do Ilê Opô Afonjá), já mencionava tal situação.

 Não me surpreenderei se encontrar pessoas oferecendo chester com champignon para Obatalá.

quarta-feira, 4 de julho de 2012



Ìwàpèlè: O conceito de bom caráter  e o Ifá.






Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Os humanos necessitam oferecer sacrifício às duas forças para sobreviver.
O homem necessita oferecer sacrifício às forças benéficas para continuar gozando de seu apoio a bênção. Necessita também oferecer sacrifício aos ajoguns e às àjé com o objetivo de não encontrar sua oposição quando estiver prestes a realizar algum projeto importante.

Todo indivíduo deve empenhar-se para ter Ìwàpèlè, com o objetivo ser capaz de ter uma boa vida num sistema dominado por muitos poderes sobrenaturais e em sociedade controlada pela hierarquia nas autoridades. O homem que possui ìwàpele não colidirá com nenhum dos poderes, sejam humanos ou sobrenaturais e, desta forma, pode viver em completa harmonia com as forcas que governam tal universo.

Wande Abimbola
Tradução:
Rodrigo Ifáyodé Sinoti


Ogbe Lara.
Òrúnmìlà enquanto ele estava vindo para o mundo. Ele [Ifá] disse que Òrúnmìlà nunca
cairia em desgraça. Um peixe deveria ser sacrificado.
Òrúnmìlà ouviu e realizou o sacrifício.

Então, desde a criação do mundo até os dias atuais, Òrúnmìlà nunca caiu em desgraça.
Ele foi quem primeiro nele [mundo] pisou. Ele treinou os sacerdotes de Ifá e situou os
odù em suas respectivas posições.

 Apesar de todas essas coisas, ele nunca
negligenciaria os sacrifícios prescritos para ele, porque ele demonstrou aos seres.
humanos que "não pode haver paz sem sacrifício".

 Esta claramente expresso em várias lições em Ifá que “os seres humanos não vivem em paz sem oferecer sacrifícios”.

Além do mais, pequenos sacrifícios previnem a morte prematura.
 Qualquer pessoa que deseja ter boa sorte sempre oferecerá sacrifícios.
 Qualquer um que cultiva o hábito de fazer o bem, especialmente ao pobre deve fazer sacrifício.

Afolabi Epega,John Neimark
Tradução para o português: Òsunléke


Observando esses dois belos textos concluímos em uma olhada superficial que o simples fato de fazer os ebós e manter os princípios éticos e morais, seria o bastante para nos livrar de todos os males.
Na verdade tudo isso depende de conjunto mais complexo, depende também do Ori ( destino) que eu escolhi antes de vir a terra.

Não podemos assim dizer que se eu me comportar bem, ter um bom comportamento e fazer os sacrifícios  isso vai mudar a minha situação, eu posso estar buscando algo que não faz parte do meu destino.

 É bom lembrar que uma parte do destino pode ser mudada pelas nossas ações, podemos transformar uma grande parte dele, isso é certo, mas tem uma pequena parte que não pode ser mudada jamais.