sexta-feira, 11 de março de 2011


O Bàbàláwo brasileiro,sacerdote de Ifá.

Autor: Babalawo Ifagbaiyin 

Outro dia me foi perguntado se pode haver um Babalawo brasileiro, e isso me fez pensar, que trauma de inferioridade nosso povo vive ao longo da história, que só o que é estrangeiro é que é considerado bom.

Aprendemos primeiro que o que os Portugueses faziam era melhor, depois aprendemos que os franceses eram melhores e por último no governo militar nos foi ensinado que os americanos que eram os bons em tudo.
Que fato estranho é esse que nosso povo se comporta com tal dificuldade de aceitar os seus compatriotas como pessoas comuns, porque sempre somos vistos, por nossos irmãos como sendo inferiores.

Vivemos em um país rico com pessoas inteligentíssimas que ensinam em faculdades no mundo inteiro os mais diversos temas, porque não poderia um brasileiro ser Babalawo?

Bem essa questão da ótica do comportamento humano eu não sou capacitado para examinar deixo isso para os especialistas em tratamento das pessoas mentalmente perturbadas, ou com transtornos de comportamento.

Com respeito ao aspecto religioso examinarei aqui algumas questões de grande importância: se um brasileiro passa por todos os rituais que um yorubano o que o tornaria menos capaz diante dos olhos de Orunmila?Nada.


O ritual que demora inúmeros dias conhecido como Itefa qualifica a pessoa para ser um sacerdote e dar início a uma caminhada que, dependendo da pessoa, pode ou não levar mais ou menos tempo,antigamente se falava de quinze anos,hoje isso tudo é coisa do passado um sacerdote usa elementos como a informática, áudios,e vídeos para melhorar seus conhecimentos,isso comparado com a forma de estudar de cem anos atrás reduz bastante o tempo de aprendizado.

Se a pessoa for iniciada seguindo os princípios da tradição yoruba existem várias formas de conduzir os rituais; o primeiro odu extraído para o iniciado antecede a entrada dele ao igbodu,e pode ou não orientar a necessidade de alguns diferenciais como ebós distintos ao então possível sacerdote.


Se o mesmo foi submetido no igbodu ao ritual do itefa presumimos que tais rituais foram feitos seguindo a orientação de Ifa,e a partir do momento que é extraído o odu do então agora iniciado segue-se os rituais até a conclusão da feitura,com a extração do terceiro odu que orienta sobre o futuro do sacerdote.

Quando um médico sai da faculdade formado nós o chamamos de enfermeiro? Não, nós o chamamos de médico; quando um aluno se forma na faculdade de engenharia nós o chamamos de mestre de obras ou de engenheiro? O sacerdote que passa por todos os rituais de iniciação deve ser reconhecido pelo titulo que recebeu. Se ele vai ou não corresponder é uma outra coisa que pode acontecer em qualquer profissão escolhida.

O dedo médio do sacerdote brasileiro é diferente do dedo médio do sacerdote yoruba?Esse dedo que passa por tantos rituais para que possa imprimir os odus não é reconhecido porque é branco, ou a mente dos nossos irmãos que permanece na escuridão.


O que me deixa triste é saber que pessoas pensem assim,o fato do sacerdote passar por rituais não o habilita a realizar os mesmos, mas o torna reconhecido como tal,os anos podem transformar esse Babalawo em um bom sacerdote,mas um bom sacerdote com os anos não se transforma em um Babalawo.Sem a feitura não existe o titulo.

Até mesmo quando vamos construir uma casa o alicerce deve ser construído primeiro; porque devemos ser diferentes em nossas carreiras? É claro que todo sacerdote deve ser reconhecido por seu conhecimento, mas os rituais o credenciam ao titulo.
Dizer que todo brasileiro não pode ser um Babalawo,é no mínimo imprudência porque ifa ensina que generalizar não é inteligente.

Devemos estar abertos ao diálogo, as mudanças e as transformações estão acontecendo na natureza a todo momento, porque não aconteceria na nossa religião? Uma das missões que Ifa deu aos Babalawos é que ele ande pelo mundo e inicie novos sacerdotes. Por que deveria iniciar novos sacerdotes, para não serem reconhecidos?
Que uma pessoa que fala yoruba fluentemente tem mais chance de aprender Ifa do que uma que não fala a língua isso eu não discuto, que uma pessoa morando em território yoruba tem mais acesso a informação que uma aqui no Brasil isso eu não discuto,mas não estamos discutindo geografia,ou lingüística,estamos falando os desígnios de Ifa,e eu pergunto quem entre nós sabe mais que o Orisa testemunha da criação?

Bí o se rere yó yọ sí ọ lára; bí o kò se rere yó yọ sílẹ̀.

Se suas ações são boas que os benefícios voltem a você; se suas ações não são boas logo aparecerá claramente.

Bàbàláwo brasileiro


Texto:Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Outro dia me foi perguntado se pode haver um Babalawo brasileiro, e isso me fez pensar, que trauma de inferioridade nosso povo vive ao longo da história, que só o que é estrangeiro é que é considerado bom.

Aprendemos primeiro que o que os Portugueses faziam era melhor, depois aprendemos que os franceses eram melhores e por último no governo militar nos foi ensinado que os americanos que eram os bons em tudo.
Que fato estranho é esse que nosso povo se comporta com tal dificuldade de aceitar os seus compatriotas como pessoas comuns, porque sempre somos vistos, por nossos irmãos como sendo inferiores.

Vivemos em um país rico com pessoas inteligentíssimas que ensinam em faculdades no mundo inteiro os mais diversos temas, porque não poderia um brasileiro ser Babalawo?

Bem essa questão da ótica do comportamento humano eu não sou capacitado para examinar deixo isso para os especialistas em tratamento das pessoas mentalmente perturbadas, ou com transtornos de comportamento.

Com respeito ao aspecto religioso examinarei aqui algumas questões de grande importância: se um brasileiro passa por todos os rituais que um yorubano o que o tornaria menos capaz diante dos olhos de Orunmila?Nada.


O ritual que demora inúmeros dias conhecido como Itefa qualifica a pessoa para ser um sacerdote e dar início a uma caminhada que, dependendo da pessoa, pode ou não levar mais ou menos tempo,antigamente se falava de quinze anos,hoje isso tudo é coisa do passado um sacerdote usa elementos como a informática, áudios,e vídeos para melhorar seus conhecimentos,isso comparado com a forma de estudar de cem anos atrás reduz bastante o tempo de aprendizado.

Se a pessoa for iniciada seguindo os princípios da tradição yoruba existem várias formas de conduzir os rituais; o primeiro odu extraído para o iniciado antecede a entrada dele ao igbodu,e pode ou não orientar a necessidade de alguns diferenciais como ebós distintos ao então possível sacerdote.


Se o mesmo foi submetido no igbodu ao ritual do itefa presumimos que tais rituais foram feitos seguindo a orientação de Ifa,e a partir do momento que é extraído o odu do então agora iniciado segue-se os rituais até a conclusão da feitura,com a extração do terceiro odu que orienta sobre o futuro do sacerdote.

Quando um médico sai da faculdade formado nós o chamamos de enfermeiro? Não, nós o chamamos de médico; quando um aluno se forma na faculdade de engenharia nós o chamamos de mestre de obras ou de engenheiro? O sacerdote que passa por todos os rituais de iniciação deve ser reconhecido pelo titulo que recebeu. Se ele vai ou não corresponder é uma outra coisa que pode acontecer em qualquer profissão escolhida.

O dedo médio do sacerdote brasileiro é diferente do dedo médio do sacerdote yoruba?Esse dedo que passa por tantos rituais para que possa imprimir os odus não é reconhecido porque é branco, ou a mente dos nossos irmãos que permanece na escuridão.


O que me deixa triste é saber que pessoas pensem assim,o fato do sacerdote passar por rituais não o habilita a realizar os mesmos, mas o torna reconhecido como tal,os anos podem transformar esse Babalawo em um bom sacerdote,mas um bom sacerdote com os anos não se transforma em um Babalawo.Sem a feitura não existe o titulo.

Até mesmo quando vamos construir uma casa o alicerce deve ser construído primeiro; porque devemos ser diferentes em nossas carreiras? É claro que todo sacerdote deve ser reconhecido por seu conhecimento, mas os rituais o credenciam ao titulo.
Dizer que todo brasileiro não pode ser um Babalawo,é no mínimo imprudência porque ifa ensina que generalizar não é inteligente.

Devemos estar abertos ao diálogo, as mudanças e as transformações estão acontecendo na natureza a todo momento, porque não aconteceria na nossa religião? Uma das missões que Ifa deu aos Babalawos é que ele ande pelo mundo e inicie novos sacerdotes. Por que deveria iniciar novos sacerdotes, para não serem reconhecidos?
Que uma pessoa que fala yoruba fluentemente tem mais chance de aprender Ifa do que uma que não fala a língua isso eu não discuto, que uma pessoa morando em território yoruba tem mais acesso a informação que uma aqui no Brasil isso eu não discuto,mas não estamos discutindo geografia,ou lingüística,estamos falando os desígnios de Ifa,e eu pergunto quem entre nós sabe mais que o Orisa testemunha da criação?

Bí o se rere yó yọ sí ọ lára; bí o kò se rere yó yọ sílẹ̀.

Se suas ações são boas que os benefícios voltem a você; se suas ações não são boas logo aparecerá claramente.

Bàbàláwo brasileiro

Outro dia me foi perguntado se pode haver um Babalawo brasileiro, e isso me fez pensar, que trauma de inferioridade nosso povo vive ao longo da história, que só o que é estrangeiro é que é considerado bom.

Aprendemos primeiro que o que os Portugueses faziam era melhor, depois aprendemos que os franceses eram melhores e por último no governo militar nos foi ensinado que os americanos que eram os bons em tudo.
Que fato estranho é esse que nosso povo se comporta com tal dificuldade de aceitar os seus compatriotas como pessoas comuns, porque sempre somos vistos, por nossos irmãos como sendo inferiores.

Vivemos em um país rico com pessoas inteligentíssimas que ensinam em faculdades no mundo inteiro os mais diversos temas, porque não poderia um brasileiro ser Babalawo?

Bem essa questão da ótica do comportamento humano eu não sou capacitado para examinar deixo isso para os especialistas em tratamento das pessoas mentalmente perturbadas, ou com transtornos de comportamento.

Com respeito ao aspecto religioso examinarei aqui algumas questões de grande importância: se um brasileiro passa por todos os rituais que um yorubano o que o tornaria menos capaz diante dos olhos de Orunmila?Nada.


O ritual que demora inúmeros dias conhecido como Itefa qualifica a pessoa para ser um sacerdote e dar início a uma caminhada que, dependendo da pessoa, pode ou não levar mais ou menos tempo,antigamente se falava de quinze anos,hoje isso tudo é coisa do passado um sacerdote usa elementos como a informática, áudios,e vídeos para melhorar seus conhecimentos,isso comparado com a forma de estudar de cem anos atrás reduz bastante o tempo de aprendizado.

Se a pessoa for iniciada seguindo os princípios da tradição yoruba existem várias formas de conduzir os rituais; o primeiro odu extraído para o iniciado antecede a entrada dele ao igbodu,e pode ou não orientar a necessidade de alguns diferenciais como ebós distintos ao então possível sacerdote.


Se o mesmo foi submetido no igbodu ao ritual do itefa presumimos que tais rituais foram feitos seguindo a orientação de Ifa,e a partir do momento que é extraído o odu do então agora iniciado segue-se os rituais até a conclusão da feitura,com a extração do terceiro odu que orienta sobre o futuro do sacerdote.

Quando um médico sai da faculdade formado nós o chamamos de enfermeiro? Não, nós o chamamos de médico; quando um aluno se forma na faculdade de engenharia nós o chamamos de mestre de obras ou de engenheiro? O sacerdote que passa por todos os rituais de iniciação deve ser reconhecido pelo titulo que recebeu. Se ele vai ou não corresponder é uma outra coisa que pode acontecer em qualquer profissão escolhida.

O dedo médio do sacerdote brasileiro é diferente do dedo médio do sacerdote yoruba?Esse dedo que passa por tantos rituais para que possa imprimir os odus não é reconhecido porque é branco, ou a mente dos nossos irmãos que permanece na escuridão.


O que me deixa triste é saber que pessoas pensem assim,o fato do sacerdote passar por rituais não o habilita a realizar os mesmos, mas o torna reconhecido como tal,os anos podem transformar esse Babalawo em um bom sacerdote,mas um bom sacerdote com os anos não se transforma em um Babalawo.Sem a feitura não existe o titulo.

Até mesmo quando vamos construir uma casa o alicerce deve ser construído primeiro; porque devemos ser diferentes em nossas carreiras? É claro que todo sacerdote deve ser reconhecido por seu conhecimento, mas os rituais o credenciam ao titulo.
Dizer que todo brasileiro não pode ser um Babalawo,é no mínimo imprudência porque ifa ensina que generalizar não é inteligente.

Devemos estar abertos ao diálogo, as mudanças e as transformações estão acontecendo na natureza a todo momento, porque não aconteceria na nossa religião? Uma das missões que Ifa deu aos Babalawos é que ele ande pelo mundo e inicie novos sacerdotes. Por que deveria iniciar novos sacerdotes, para não serem reconhecidos?
Que uma pessoa que fala yoruba fluentemente tem mais chance de aprender Ifa do que uma que não fala a língua isso eu não discuto, que uma pessoa morando em território yoruba tem mais acesso a informação que uma aqui no Brasil isso eu não discuto,mas não estamos discutindo geografia,ou lingüística,estamos falando os desígnios de Ifa,e eu pergunto quem entre nós sabe mais que o Orisa testemunha da criação?

Bí o se rere yó yọ sí ọ lára; bí o kò se rere yó yọ sílẹ̀.

Se suas ações são boas que os benefícios voltem a você; se suas ações não são boas logo aparecerá claramente.

Bàbàláwo brasileiro

Outro dia me foi perguntado se pode haver um Babalawo brasileiro, e isso me fez pensar, que trauma de inferioridade nosso povo vive ao longo da história, que só o que é estrangeiro é que é considerado bom.

Aprendemos primeiro que o que os Portugueses faziam era melhor, depois aprendemos que os franceses eram melhores e por último no governo militar nos foi ensinado que os americanos que eram os bons em tudo.
Que fato estranho é esse que nosso povo se comporta com tal dificuldade de aceitar os seus compatriotas como pessoas comuns, porque sempre somos vistos, por nossos irmãos como sendo inferiores.

Vivemos em um país rico com pessoas inteligentíssimas que ensinam em faculdades no mundo inteiro os mais diversos temas, porque não poderia um brasileiro ser Babalawo?

Bem essa questão da ótica do comportamento humano eu não sou capacitado para examinar deixo isso para os especialistas em tratamento das pessoas mentalmente perturbadas, ou com transtornos de comportamento.

Com respeito ao aspecto religioso examinarei aqui algumas questões de grande importância: se um brasileiro passa por todos os rituais que um yorubano o que o tornaria menos capaz diante dos olhos de Orunmila?Nada.


O ritual que demora inúmeros dias conhecido como Itefa qualifica a pessoa para ser um sacerdote e dar início a uma caminhada que, dependendo da pessoa, pode ou não levar mais ou menos tempo,antigamente se falava de quinze anos,hoje isso tudo é coisa do passado um sacerdote usa elementos como a informática, áudios,e vídeos para melhorar seus conhecimentos,isso comparado com a forma de estudar de cem anos atrás reduz bastante o tempo de aprendizado.

Se a pessoa for iniciada seguindo os princípios da tradição yoruba existem várias formas de conduzir os rituais; o primeiro odu extraído para o iniciado antecede a entrada dele ao igbodu,e pode ou não orientar a necessidade de alguns diferenciais como ebós distintos ao então possível sacerdote.


Se o mesmo foi submetido no igbodu ao ritual do itefa presumimos que tais rituais foram feitos seguindo a orientação de Ifa,e a partir do momento que é extraído o odu do então agora iniciado segue-se os rituais até a conclusão da feitura,com a extração do terceiro odu que orienta sobre o futuro do sacerdote.

Quando um médico sai da faculdade formado nós o chamamos de enfermeiro? Não, nós o chamamos de médico; quando um aluno se forma na faculdade de engenharia nós o chamamos de mestre de obras ou de engenheiro? O sacerdote que passa por todos os rituais de iniciação deve ser reconhecido pelo titulo que recebeu. Se ele vai ou não corresponder é uma outra coisa que pode acontecer em qualquer profissão escolhida.

O dedo médio do sacerdote brasileiro é diferente do dedo médio do sacerdote yoruba?Esse dedo que passa por tantos rituais para que possa imprimir os odus não é reconhecido porque é branco, ou a mente dos nossos irmãos que permanece na escuridão.


O que me deixa triste é saber que pessoas pensem assim,o fato do sacerdote passar por rituais não o habilita a realizar os mesmos, mas o torna reconhecido como tal,os anos podem transformar esse Babalawo em um bom sacerdote,mas um bom sacerdote com os anos não se transforma em um Babalawo.Sem a feitura não existe o titulo.

Até mesmo quando vamos construir uma casa o alicerce deve ser construído primeiro; porque devemos ser diferentes em nossas carreiras? É claro que todo sacerdote deve ser reconhecido por seu conhecimento, mas os rituais o credenciam ao titulo.
Dizer que todo brasileiro não pode ser um Babalawo,é no mínimo imprudência porque ifa ensina que generalizar não é inteligente.

Devemos estar abertos ao diálogo, as mudanças e as transformações estão acontecendo na natureza a todo momento, porque não aconteceria na nossa religião? Uma das missões que Ifa deu aos Babalawos é que ele ande pelo mundo e inicie novos sacerdotes. Por que deveria iniciar novos sacerdotes, para não serem reconhecidos?
Que uma pessoa que fala yoruba fluentemente tem mais chance de aprender Ifa do que uma que não fala a língua isso eu não discuto, que uma pessoa morando em território yoruba tem mais acesso a informação que uma aqui no Brasil isso eu não discuto,mas não estamos discutindo geografia,ou lingüística,estamos falando os desígnios de Ifa,e eu pergunto quem entre nós sabe mais que o Orisa testemunha da criação?

Bí o se rere yó yọ sí ọ lára; bí o kò se rere yó yọ sílẹ̀.

Se suas ações são boas que os benefícios voltem a você; se suas ações não são boas logo aparecerá claramente.

Bàbàláwo brasileiro

Outro dia me foi perguntado se pode haver um Babalawo brasileiro, e isso me fez pensar, que trauma de inferioridade nosso povo vive ao longo da história, que só o que é estrangeiro é que é considerado bom.

Aprendemos primeiro que o que os Portugueses faziam era melhor, depois aprendemos que os franceses eram melhores e por último no governo militar nos foi ensinado que os americanos que eram os bons em tudo.
Que fato estranho é esse que nosso povo se comporta com tal dificuldade de aceitar os seus compatriotas como pessoas comuns, porque sempre somos vistos, por nossos irmãos como sendo inferiores.

Vivemos em um país rico com pessoas inteligentíssimas que ensinam em faculdades no mundo inteiro os mais diversos temas, porque não poderia um brasileiro ser Babalawo?

Bem essa questão da ótica do comportamento humano eu não sou capacitado para examinar deixo isso para os especialistas em tratamento das pessoas mentalmente perturbadas, ou com transtornos de comportamento.

Com respeito ao aspecto religioso examinarei aqui algumas questões de grande importância: se um brasileiro passa por todos os rituais que um yorubano o que o tornaria menos capaz diante dos olhos de Orunmila?Nada.


O ritual que demora inúmeros dias conhecido como Itefa qualifica a pessoa para ser um sacerdote e dar início a uma caminhada que, dependendo da pessoa, pode ou não levar mais ou menos tempo,antigamente se falava de quinze anos,hoje isso tudo é coisa do passado um sacerdote usa elementos como a informática, áudios,e vídeos para melhorar seus conhecimentos,isso comparado com a forma de estudar de cem anos atrás reduz bastante o tempo de aprendizado.

Se a pessoa for iniciada seguindo os princípios da tradição yoruba existem várias formas de conduzir os rituais; o primeiro odu extraído para o iniciado antecede a entrada dele ao igbodu,e pode ou não orientar a necessidade de alguns diferenciais como ebós distintos ao então possível sacerdote.


Se o mesmo foi submetido no igbodu ao ritual do itefa presumimos que tais rituais foram feitos seguindo a orientação de Ifa,e a partir do momento que é extraído o odu do então agora iniciado segue-se os rituais até a conclusão da feitura,com a extração do terceiro odu que orienta sobre o futuro do sacerdote.

Quando um médico sai da faculdade formado nós o chamamos de enfermeiro? Não, nós o chamamos de médico; quando um aluno se forma na faculdade de engenharia nós o chamamos de mestre de obras ou de engenheiro? O sacerdote que passa por todos os rituais de iniciação deve ser reconhecido pelo titulo que recebeu. Se ele vai ou não corresponder é uma outra coisa que pode acontecer em qualquer profissão escolhida.

O dedo médio do sacerdote brasileiro é diferente do dedo médio do sacerdote yoruba?Esse dedo que passa por tantos rituais para que possa imprimir os odus não é reconhecido porque é branco, ou a mente dos nossos irmãos que permanece na escuridão.


O que me deixa triste é saber que pessoas pensem assim,o fato do sacerdote passar por rituais não o habilita a realizar os mesmos, mas o torna reconhecido como tal,os anos podem transformar esse Babalawo em um bom sacerdote,mas um bom sacerdote com os anos não se transforma em um Babalawo.Sem a feitura não existe o titulo.

Até mesmo quando vamos construir uma casa o alicerce deve ser construído primeiro; porque devemos ser diferentes em nossas carreiras? É claro que todo sacerdote deve ser reconhecido por seu conhecimento, mas os rituais o credenciam ao titulo.
Dizer que todo brasileiro não pode ser um Babalawo,é no mínimo imprudência porque ifa ensina que generalizar não é inteligente.

Devemos estar abertos ao diálogo, as mudanças e as transformações estão acontecendo na natureza a todo momento, porque não aconteceria na nossa religião? Uma das missões que Ifa deu aos Babalawos é que ele ande pelo mundo e inicie novos sacerdotes. Por que deveria iniciar novos sacerdotes, para não serem reconhecidos?
Que uma pessoa que fala yoruba fluentemente tem mais chance de aprender Ifa do que uma que não fala a língua isso eu não discuto, que uma pessoa morando em território yoruba tem mais acesso a informação que uma aqui no Brasil isso eu não discuto,mas não estamos discutindo geografia,ou lingüística,estamos falando os desígnios de Ifa,e eu pergunto quem entre nós sabe mais que o Orisa testemunha da criação?

Bí o se rere yó yọ sí ọ lára; bí o kò se rere yó yọ sílẹ̀.

Se suas ações são boas que os benefícios voltem a você; se suas ações não são boas logo aparecerá claramente.

Bàbàláwo brasileiro

Outro dia me foi perguntado se pode haver um Babalawo brasileiro, e isso me fez pensar, que trauma de inferioridade nosso povo vive ao longo da história, que só o que é estrangeiro é que é considerado bom.

Aprendemos primeiro que o que os Portugueses faziam era melhor, depois aprendemos que os franceses eram melhores e por último no governo militar nos foi ensinado que os americanos que eram os bons em tudo.
Que fato estranho é esse que nosso povo se comporta com tal dificuldade de aceitar os seus compatriotas como pessoas comuns, porque sempre somos vistos, por nossos irmãos como sendo inferiores.

Vivemos em um país rico com pessoas inteligentíssimas que ensinam em faculdades no mundo inteiro os mais diversos temas, porque não poderia um brasileiro ser Babalawo?

Bem essa questão da ótica do comportamento humano eu não sou capacitado para examinar deixo isso para os especialistas em tratamento das pessoas mentalmente perturbadas, ou com transtornos de comportamento.

Com respeito ao aspecto religioso examinarei aqui algumas questões de grande importância: se um brasileiro passa por todos os rituais que um yorubano o que o tornaria menos capaz diante dos olhos de Orunmila?Nada.


O ritual que demora inúmeros dias conhecido como Itefa qualifica a pessoa para ser um sacerdote e dar início a uma caminhada que, dependendo da pessoa, pode ou não levar mais ou menos tempo,antigamente se falava de quinze anos,hoje isso tudo é coisa do passado um sacerdote usa elementos como a informática, áudios,e vídeos para melhorar seus conhecimentos,isso comparado com a forma de estudar de cem anos atrás reduz bastante o tempo de aprendizado.

Se a pessoa for iniciada seguindo os princípios da tradição yoruba existem várias formas de conduzir os rituais; o primeiro odu extraído para o iniciado antecede a entrada dele ao igbodu,e pode ou não orientar a necessidade de alguns diferenciais como ebós distintos ao então possível sacerdote.


Se o mesmo foi submetido no igbodu ao ritual do itefa presumimos que tais rituais foram feitos seguindo a orientação de Ifa,e a partir do momento que é extraído o odu do então agora iniciado segue-se os rituais até a conclusão da feitura,com a extração do terceiro odu que orienta sobre o futuro do sacerdote.

Quando um médico sai da faculdade formado nós o chamamos de enfermeiro? Não, nós o chamamos de médico; quando um aluno se forma na faculdade de engenharia nós o chamamos de mestre de obras ou de engenheiro? O sacerdote que passa por todos os rituais de iniciação deve ser reconhecido pelo titulo que recebeu. Se ele vai ou não corresponder é uma outra coisa que pode acontecer em qualquer profissão escolhida.

O dedo médio do sacerdote brasileiro é diferente do dedo médio do sacerdote yoruba?Esse dedo que passa por tantos rituais para que possa imprimir os odus não é reconhecido porque é branco, ou a mente dos nossos irmãos que permanece na escuridão.


O que me deixa triste é saber que pessoas pensem assim,o fato do sacerdote passar por rituais não o habilita a realizar os mesmos, mas o torna reconhecido como tal,os anos podem transformar esse Babalawo em um bom sacerdote,mas um bom sacerdote com os anos não se transforma em um Babalawo.Sem a feitura não existe o titulo.

Até mesmo quando vamos construir uma casa o alicerce deve ser construído primeiro; porque devemos ser diferentes em nossas carreiras? É claro que todo sacerdote deve ser reconhecido por seu conhecimento, mas os rituais o credenciam ao titulo.
Dizer que todo brasileiro não pode ser um Babalawo,é no mínimo imprudência porque ifa ensina que generalizar não é inteligente.

Devemos estar abertos ao diálogo, as mudanças e as transformações estão acontecendo na natureza a todo momento, porque não aconteceria na nossa religião? Uma das missões que Ifa deu aos Babalawos é que ele ande pelo mundo e inicie novos sacerdotes. Por que deveria iniciar novos sacerdotes, para não serem reconhecidos?
Que uma pessoa que fala yoruba fluentemente tem mais chance de aprender Ifa do que uma que não fala a língua isso eu não discuto, que uma pessoa morando em território yoruba tem mais acesso a informação que uma aqui no Brasil isso eu não discuto,mas não estamos discutindo geografia,ou lingüística,estamos falando os desígnios de Ifa,e eu pergunto quem entre nós sabe mais que o Orisa testemunha da criação?

Bí o se rere yó yọ sí ọ lára; bí o kò se rere yó yọ sílẹ̀.

Se suas ações são boas que os benefícios voltem a você; se suas ações não são boas logo aparecerá claramente.

domingo, 6 de março de 2011

Iniciação o milagre da vida, Ifá e orixa.

Iniciação o milagre da vida, Ifá e orixa.



Autor: Babalawo Ifagbaiyin.

Ao longo da história da humanidade o homem vem desenvolvendo uma série de atividades, criando assim uma maior condição de sobrevivência, e desenvolvendo uma capacidade de adaptação aonde o principio básico é a manutenção da vida.

Essa condição (natural) é sentida desde o primeiro momento após o nascimento quando instintivamente buscamos alimento no seio da mãe.
O desenvolvimento de armas e elementos facilitadores como máquinas e implementos contribuíram para um menor desgaste físico, mas paralelamente a isso houve um desenvolvimento mental habilitando esse mesmo elemento a viver com suas dúvidas e decepções.

Nesse período a crença em uma força superior auxiliou muito na manutenção da esperança e na compreensão das perdas assim como, estimulou a capacitação moral e ética.

Com o surgimento dos rituais de iniciação essa capacidade passou a ser aprimorada em território Yoruba.


As pessoas que são iniciadas para determinados Òrìșàs seguem uma orientação de Ifá baseada em um principio da complementação.

Quando um sacerdote de Ifá é iniciado cumpre uma série de rituais e cultua os Òrìșàs indicados nos odus relativos à sua iniciação, já no caso da pessoa não iniciada em Ifá o processo pode seguir uma orientação um pouco diferente.

A pessoa nascida gêmea já trás abundância e a alegria em seu nascimento; sua vida vai ser de fartura naturalmente, e sua forma alegre de ver as coisas com um pouco de infantilidade jamais vai deixar de existir. Considerando esse fato pode ser que Ifá oriente a mesma a ser iniciada em um Òrìsà que tenha um senso prático mais apurado, facilitando assim a vida da pessoa, trazendo para ela uma capacidade que em muitas vezes é deficiente no dia a dia da mesma.

É verdade que estamos aqui examinando uma iniciação, e não uma feitura; então falamos de necessidades apontadas para complemento, suprindo assim uma deficiência que só não é encontrada em Olodumare.

Então se uma pessoa feita para Osun com uma capacidade enorme de amar, em algum momento de sua vida vier a ter um problema em sua vida afetiva, não vai ser considerado o fato de ela amar demais e sim o fato de amar a pessoa errada, sendo assim lhe falta discernimento na hora de eleger o parceiro.


Nesse caso poderá ser indicada a iniciação ao Òrìșa Ọbàtálá, criando assim uma forma de pensar e agir mais equilibrada na vida sentimental dessa pessoa, se isso não for feito seguirá por toda vida se unindo a pessoa errada trazendo assim uma decepção em sua vida afetiva, gerando uma forma de agir involuntária aonde a mesma termina desenvolvendo um comportamento em desalinho com seu destino.

A pessoa com tal problema poderá se unir por interesse, considerando que houveram inúmeras decepções, ou até mesmo desenvolver um comportamento narcisista e individualista gerado pelo medo de amar a pessoa para de se doar, e assume um comportamento egoísta.

Esse tipo de situação pode ser resolvido com uma iniciação ou com outras formas de tratamento, sempre seguindo a orientação de Ifá, é bem verdade que iniciar uma pessoa não feita não é comum, mas é aceitável; muitas vezes a necessidade de uma iniciação antecede a feitura e em muitos casos substitui.

Vejamos então outro exemplo, uma pessoa nascida com problemas de saúde, por orientação de Ifá poderá ser iniciada no culto de vários Òrìșàs; mas o ideal é que primeiramente seja iniciada em Soponnan ou até mesmo em Olókun, Òrìșàs mais diretamente ligados a essas questões, trazendo assim uma melhor qualidade de vida a essa pessoa que poderá ser feita ou não em um futuro. A diferença entre a feitura que exalta as qualidades já existentes no momento do nascimento, e a iniciação que justifica a reposição do que falta em nossa essência é muito forte: feitura e iniciação se diferem e as mesmas só podem ser indicadas por Ifá.


Assim como a iniciação, deixamos bem claro que a orientação pode ser um ebó, ou algum outro tipo de tratamento, e até mesmo uma feitura em caso extremo.

Voltando as iniciações, no caso de algumas pessoas feitas para Ògún poderá ser indicado iniciação em Yèmojà. O filho de Ògún com toda sua vitalidade para o trabalho e os esportes, com sua valentia e coragem muitas vezes sem perceber se afasta um pouco da família e a iniciação em Yèmojà o ajudará nesse relacionamento com filhos e parentes.

Pode acontecer também que essa mesma pessoa feita de Ògún com toda essa vitalidade necessite da iniciação em Ọbàtálá para que tenha mais calma e enfrente os obstáculos com menos desgaste.

Quando analisamos o milagre da iniciação, depois de algum tempo comparando o comportamento do iniciado, fica claro a mudança; a influência do Òrìșa iniciado na vida da pessoa mesmo que ela já seja feita há muito tempo ou que ainda não tenha seu Òrìșà pessoal, é visível e fica evidenciada em seu comportamento.
A iniciação realmente pode ser descrita como um milagre quando bem feita seguindo as indicações corretas.


Poderia descrever aqui os efeitos das mais diversas iniciações no dia a dia do indivíduo, mas não devemos esquecer que em território Yoruba o número de Òrìșàs assentado para uma pessoa que não vai ser um sacerdote é muito reduzido e não raramente excede a três ou quatro, também pode acontecer que a necessidade de culto a um Òrìșà familiar ou antepassado seja indicada por Ifá, ou que a pessoa jamais seja iniciada ou feita.

A iniciação aqui em nosso país passou a ser tratada como um complemento necessário e não como uma solução indicada; quando nascemos somos imperfeitos e assim seremos por toda a vida, o milagre da iniciação só vai amenizar os efeitos de tais imperfeições.


É muito comum ver pessoas feitas para Òrìșàs, mas que na verdade deveria ser iniciada, criando assim inúmeras dificuldades, essa confusão entre iniciação e feitura limita as realizações pessoais e o não cumprimento do destino, implica em sofrimento e desgosto, esse problema se torna cada dia mais comum por falta de conhecimento dos sacerdotes.