terça-feira, 2 de setembro de 2014

A filosofia de ifá


A filosofia de ifá
Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola


Aproximadamente dois anos atrás em uma tarde de domingo após ter tomado um café enquanto minha mulher assistia à televisão entrei na internet e fui surpreendido pelo convite para fazer parte do facebook de uma jovem iyanifa.

Se não estou enganado fui uma das primeiras pessoas que ela convidou para o seu facebook, olhei as fotos e percebi que o ritual do itefa tinha terminado naquele mesmo dia, observei com bastante cuidado as fotos da jovem iyanifa por saber se tratar da iya apetebi de um jovem Babalawo, que há um mês ou dois antes também havia me adicionado.

Como sempre quando entro na internet converso com um ou dois membros de minha família porque o facebook não me atrai, as pessoas quem conhecem sabem que não morro de paixão pela rede social.

No dia seguinte bem cedo minha iya apetebi me mostrou um texto que a jovem iyanifa tinha postado fui surpreendido pela quantidade de absurdos contido nesse texto, foi olhando a internet hoje vendo a foto do jovem casal que resolvi escreve sobre a filosofia de Orunmila.

Surpreende-me que algumas pessoas que ainda não conhece sobre seu próprio odu se arrisquem escrevendo sobre ifá, fico ainda mais espantado quando vejo pessoas que são pré-iniciadas escreverem sobre ética na religião tradicional yoruba.

Como alguém que ainda não passou por um itefá ou que recentemente foi submetido a essa cerimônia pode falar sobre um tema tão extenso e complexo, isso para mim é uma falta de respeito com as pessoas que leem e uma total falta de consideração com as divindades, pois ifá adverte que (1) não devemos falar do que não conhecemos.

A falta de textos para as pessoas iniciadas dá espaço para que aventureiros se intitulem conhecedores, normalmente os autores que escrevem sobre a filosofia de ifá publicam seus textos em inglês e yoruba, criando um grande problema para as pessoas que não tem conhecimento sobre esses idiomas.
Buscando elucidar muitas das questões formuladas a nós na rede social resolvi abordar mais profundamente a questão da filosofia, começarei abordando alguns fatos:

- Se a pessoa tem o hábito de mentir e dissimular seria possível que ela estivesse alinhada com algum orisá, eu particularmente não acredito a mentira, a inveja e a desonestidade afastam as pessoas dos orisás, principalmente Orunmila.

 A própria consulta a ifá determina que o uso do ibo identifique com clareza o sim ou o não, no ifá não existe meio honesto, meio invejoso, meio mentiroso e se isso acontece à pessoa esta desalinhada com o orisá.

A falta de caráter é motivo de orientação na consulta de orisá, implicando em ebó, aconselhamento e esclarecimento, visando à mudança de postura, isso não acontecendo o afastamento da divindade é progressivo.

Imaginemos que um homem que levanta a mão para uma mulher possa imaginar que um dia será beneficiado por Osun ou Iya mi, isso é um absurdo.

Um homem ou a mulher adúltero teria condições de jurar dentro do igbodu fidelidade ao seu Oluwo e ao seu ifá assim como ao seu egbe, isso é impossível, não existe nível de traição, existe sim uma falta cometida que não é dimensionada por se tratar de pessoas ou divindades, traição é traição.
No igbodu o juramento é feito sobre a terra (2) e não importa por onde andemos a terra vai testemunhar os nossos atos.

Um Babalawo jamais pode (3) trair, roubar e mentir, sendo assim me surpreende que algumas pessoas que ganham a vida mentindo publiquem em suas páginas pessoais fotos de assentamentos de Orunmila e fotos de aves com hábitos noturnos, será que acreditam esses desavisados que em seus assentamentos respondem Orunmila e Iya mi.

Na verdade a energia que responde nesses assentamentos é mobilizada pela exteriorização do aspecto energético do individuo e propulsionam situações de aspectos negativos, a filosofia de ifá é clara quando diz no odu Ogbe Otura (4) aquele que tem maus hábitos é incapaz de invocar forças curadoras ou prosperas.

Existe uma grande confusão com a filosofia dominante em nosso país, católico, e o que é pregado por Orunmila, um exemplo que posso citar é que na bíblia diz que devemos dar a outra face, já no odu ogunda meji fala que devemos estar sempre preparados para a guerra e que é nossa obrigação reagir contra uma agressão com a mesma intensidade. Então pensar com uma formação católica cultuando orisá é o primeiro passo para o erro.

Imaginemos uma mulher que faz um aborto rezar para Osun algum tempo depois pedindo fertilidade é no mínimo incoerente, porém a pratica da teologia somada à filosofia vai instruir essa mesma pessoa criando novos hábitos, aprimorando o pensar, refinando o sentir, purificando o agir.

Se não houvesse uma possiblidade de uma nova chance qual seria a razão de reeducar, (5) sendo assim a revolução do comportamento e do sentir deverão ser retratados no dia a dia na forma de agir.

A filosofia é uma ciência dividida em três períodos específicos quando estudada, a impressão que temos que os sacerdotes do culto ao orisá da atualidade se deixaram influenciar por hábitos católicos oriundos do período filosófico Helenístico que tem influência cristã.

O importante para o culto ao orisá quando estabelecemos um paralelo do pensar seria o período Pré- Socrático sem influência católica com base na relação do homem com o mundo ao seu redor.

Alguns desses sacerdotes da atualidade são capazes de copiar textos, roubar ideias e plagiar descrições com o objetivo de abordar o tema filosofia, não me espanta se em breve surgir uma fase nova da filosofia descrita como a mediocridade.

Algum tempo atrás um conhecido me chamou ao telefone e abordou esse tema, dizia ele, “Baba Ifagbaiyin o senhor pode me explicar algumas coisas sobre filosofia e ifá”. Conversamos aproximadamente uma hora e meia, ele se despediu muito feliz com a minhas explicações, para a minha surpresa no outro dia postou um texto com a nossa conversa que ele certamente gravou.

Desconhece o pretenso sacerdote a essência do Ifá que visa (6) lapidar o homem, aprimorando o raciocínio objetivando um convívio harmonioso com tudo ao seu redor.

É impossível que pessoas com esse comportamento pretendam divulgar ideias considerando o fato que Orunmila é aquele que tudo sabe, partindo desse principio toda a energia gasta na tentativa do convencimento pode estar atingindo única e exclusivamente o seu autor, gerando em um primeiro estagio uma sensação de prazer que leva o mesmo a pensar que esta fazendo sucesso. 

O problema é o segundo estagio quando o individuo se vê envolvido em um período depressivo por conta da consciência da realidade, na verdade ele termina concluindo que a única pessoa prejudicada é ele mesmo.

Na ecologia o primeiro período na escala de evolução de um povo é a destruição o segundo é a conscientização e o terceiro a reconstrução, já na evolução do pensar medíocre a três fazes são descritas da seguinte forma, a primeira é a inveja que desperta o desejo de ter o que o outro tem, a segunda fase é a elaboração do projeto destrutivo, sim destrutivo não que destrua a o invejado e sim que destrói a verdadeira personalidade do invejoso, dando espaço ao duble do invejado.

O pior de tudo é a terceira fase após prejudicar a vitima o invejoso percebe que também se prejudicou.

Se um iniciado em ifá tem como proibição (7) maior trair e mentir, é evidente que a confiança é o alicerce para a relação dos indivíduos, por essa razão somente algumas pessoas pertencentes há alguns seguimentos dentro da estrutura religiosa tradicional tem acesso a algumas informações. 

Aquele que foi iniciado necessita ter paciência para evoluir dentro de sua família visando assim atingir um nível que deixa de existir segredos entre seus membros.

É verdade que um Oluwo não é uma espécie de pai, ele é sim um iniciador e um mestre, o afastamento dele pelo jovem iniciado não é bem visto em território yoruba, as pessoas iniciadas em ifá permanecem na mesma família por toda a vida, esse fato facilita a compreensão da teologia e da filosofia.
As relações entre os membros no ifá são pautadas (8) na visão que o tempo fortalece os laços, abre as portas da convivência.

 Diminuindo as dúvidas, fortalecendo assim confiança e a segurança, objetivando a elevação espiritual e moral.



A filosofia de ifá


A filosofia de ifá


Aproximadamente dois anos atrás em uma tarde de domingo após ter tomado um café enquanto minha mulher assistia à televisão entrei na internet e fui surpreendido pelo convite para fazer parte do facebook de uma jovem iyanifa.

Se não estou enganado fui uma das primeiras pessoas que ela convidou para o seu facebook, olhei as fotos e percebi que o ritual do itefa tinha terminado naquele mesmo dia, observei com bastante cuidado as fotos da jovem iyanifa por saber se tratar da iya apetebi de um jovem Babalawo, que há um mês ou dois antes também havia me adicionado.

Como sempre quando entro na internet converso com um ou dois membros de minha família porque o facebook não me atrai, as pessoas quem conhecem sabem que não morro de paixão pela rede social.

No dia seguinte bem cedo minha iya apetebi me mostrou um texto que a jovem iyanifa tinha postado fui surpreendido pela quantidade de absurdos contido nesse texto, foi olhando a internet hoje vendo a foto do jovem casal que resolvi escreve sobre a filosofia de Orunmila.

Surpreende-me que algumas pessoas que ainda não conhece sobre seu próprio odu se arrisquem escrevendo sobre ifá, fico ainda mais espantado quando vejo pessoas que são pré-iniciadas escreverem sobre ética na religião tradicional yoruba.

Como alguém que ainda não passou por um itefá ou que recentemente foi submetido a essa cerimônia pode falar sobre um tema tão extenso e complexo, isso para mim é uma falta de respeito com as pessoas que leem e uma total falta de consideração com as divindades, pois ifá adverte que (1) não devemos falar do que não conhecemos.

A falta de textos para as pessoas iniciadas dá espaço para que aventureiros se intitulem conhecedores, normalmente os autores que escrevem sobre a filosofia de ifá publicam seus textos em inglês e yoruba, criando um grande problema para as pessoas que não tem conhecimento sobre esses idiomas.
Buscando elucidar muitas das questões formuladas a nós na rede social resolvi abordar mais profundamente a questão da filosofia, começarei abordando alguns fatos:

- Se a pessoa tem o hábito de mentir e dissimular seria possível que ela estivesse alinhada com algum orisá, eu particularmente não acredito a mentira, a inveja e a desonestidade afastam as pessoas dos orisás, principalmente Orunmila.

 A própria consulta a ifá determina que o uso do ibo identifique com clareza o sim ou o não, no ifá não existe meio honesto, meio invejoso, meio mentiroso e se isso acontece à pessoa esta desalinhada com o orisá.

A falta de caráter é motivo de orientação na consulta de orisá, implicando em ebó, aconselhamento e esclarecimento, visando à mudança de postura, isso não acontecendo o afastamento da divindade é progressivo.

Imaginemos que um homem que levanta a mão para uma mulher possa imaginar que um dia será beneficiado por Osun ou Iya mi, isso é um absurdo.

Um homem ou a mulher adúltero teria condições de jurar dentro do igbodu fidelidade ao seu Oluwo e ao seu ifá assim como ao seu egbe, isso é impossível, não existe nível de traição, existe sim uma falta cometida que não é dimensionada por se tratar de pessoas ou divindades, traição é traição.
No igbodu o juramento é feito sobre a terra (2) e não importa por onde andemos a terra vai testemunhar os nossos atos.

Um Babalawo jamais pode (3) trair, roubar e mentir, sendo assim me surpreende que algumas pessoas que ganham a vida mentindo publiquem em suas páginas pessoais fotos de assentamentos de Orunmila e fotos de aves com hábitos noturnos, será que acreditam esses desavisados que em seus assentamentos respondem Orunmila e Iya mi.

Na verdade a energia que responde nesses assentamentos é mobilizada pela exteriorização do aspecto energético do individuo e propulsionam situações de aspectos negativos, a filosofia de ifá é clara quando diz no odu Ogbe Otura (4) aquele que tem maus hábitos é incapaz de invocar forças curadoras ou prosperas.

Existe uma grande confusão com a filosofia dominante em nosso país, católico, e o que é pregado por Orunmila, um exemplo que posso citar é que na bíblia diz que devemos dar a outra face, já no odu ogunda meji fala que devemos estar sempre preparados para a guerra e que é nossa obrigação reagir contra uma agressão com a mesma intensidade. Então pensar com uma formação católica cultuando orisá é o primeiro passo para o erro.

Imaginemos uma mulher que faz um aborto rezar para Osun algum tempo depois pedindo fertilidade é no mínimo incoerente, porém a pratica da teologia somada à filosofia vai instruir essa mesma pessoa criando novos hábitos, aprimorando o pensar, refinando o sentir, purificando o agir.

Se não houvesse uma possiblidade de uma nova chance qual seria a razão de reeducar, (5) sendo assim a revolução do comportamento e do sentir deverão ser retratados no dia a dia na forma de agir.

A filosofia é uma ciência dividida em três períodos específicos quando estudada, a impressão que temos que os sacerdotes do culto ao orisá da atualidade se deixaram influenciar por hábitos católicos oriundos do período filosófico Helenístico que tem influência cristã.

O importante para o culto ao orisá quando estabelecemos um paralelo do pensar seria o período Pré- Socrático sem influência católica com base na relação do homem com o mundo ao seu redor.

Alguns desses sacerdotes da atualidade são capazes de copiar textos, roubar ideias e plagiar descrições com o objetivo de abordar o tema filosofia, não me espanta se em breve surgir uma fase nova da filosofia descrita como a mediocridade.

Algum tempo atrás um conhecido me chamou ao telefone e abordou esse tema, dizia ele, “Baba Ifagbaiyin o senhor pode me explicar algumas coisas sobre filosofia e ifá”. Conversamos aproximadamente uma hora e meia, ele se despediu muito feliz com a minhas explicações, para a minha surpresa no outro dia postou um texto com a nossa conversa que ele certamente gravou.

Desconhece o pretenso sacerdote a essência do Ifá que visa (6) lapidar o homem, aprimorando o raciocínio objetivando um convívio harmonioso com tudo ao seu redor.

É impossível que pessoas com esse comportamento pretendam divulgar ideias considerando o fato que Orunmila é aquele que tudo sabe, partindo desse principio toda a energia gasta na tentativa do convencimento pode estar atingindo única e exclusivamente o seu autor, gerando em um primeiro estagio uma sensação de prazer que leva o mesmo a pensar que esta fazendo sucesso. 

O problema é o segundo estagio quando o individuo se vê envolvido em um período depressivo por conta da consciência da realidade, na verdade ele termina concluindo que a única pessoa prejudicada é ele mesmo.

Na ecologia o primeiro período na escala de evolução de um povo é a destruição o segundo é a conscientização e o terceiro a reconstrução, já na evolução do pensar medíocre a três fazes são descritas da seguinte forma, a primeira é a inveja que desperta o desejo de ter o que o outro tem, a segunda fase é a elaboração do projeto destrutivo, sim destrutivo não que destrua a o invejado e sim que destrói a verdadeira personalidade do invejoso, dando espaço ao duble do invejado.

O pior de tudo é a terceira fase após prejudicar a vitima o invejoso percebe que também se prejudicou.

Se um iniciado em ifá tem como proibição (7) maior trair e mentir, é evidente que a confiança é o alicerce para a relação dos indivíduos, por essa razão somente algumas pessoas pertencentes há alguns seguimentos dentro da estrutura religiosa tradicional tem acesso a algumas informações. 

Aquele que foi iniciado necessita ter paciência para evoluir dentro de sua família visando assim atingir um nível que deixa de existir segredos entre seus membros.

É verdade que um Oluwo não é uma espécie de pai, ele é sim um iniciador e um mestre, o afastamento dele pelo jovem iniciado não é bem visto em território yoruba, as pessoas iniciadas em ifá permanecem na mesma família por toda a vida, esse fato facilita a compreensão da teologia e da filosofia.
As relações entre os membros no ifá são pautadas (8) na visão que o tempo fortalece os laços, abre as portas da convivência.

 Diminuindo as dúvidas, fortalecendo assim confiança e a segurança, objetivando a elevação espiritual e moral.



   O projeto Ifá é para todos.


                                                                                                                                                                

O projeto Ifá é para todos, durante esse mês recebeu o apoio dos quatros principais Babalawos da família (Araba) Agboola Awodiran, Babalawo Oyeyefa Kolawole Agboola, Babalawo Ifatokun Alamun Fashina (principal sacerdote do culto de Egungun, Baba Alagbaa, Oluwo Apena) Tifase Agboola(Babalawo Oyeniyi). Agradeço o apoio de nossa família, adupe o.

Autor:Babalawo Ifagbaiyin Agboola.

   O projeto 


                                                                                                                                                                                                       



O projeto Ifá é para todos, durante esse mês recebeu o apoio dos quatros principais Babalawos da família (Araba) Agboola Awodiran, Babalawo Oyeyefa Kolawole Agboola, Babalawo Ifatokun Alamun Fashina (principal sacerdote do culto de Egungun, Baba Alagbaa, Oluwo Apena) Tifase Agboola(Babalawo Oyeniyi). Agradeço o apóio de nossa família, adupe o.

 A aceitação no Ifá.




Autor:Babalawo Ifagbaiyin Agboola

A diferença entre o querer e o poder esta implícita na essência escolhida antes de nascer, a ganância e o desejo de ser o que não esta escrito, afasta do caminho, e cria um abismo intransponível condenando a completa mentira.

A inverdade construída na ambição perpetua a insatisfação exacerbada, ela alimenta a ilusão, o querer se exterioriza de forma imperfeita e retrata a verdade do inatingível.



A não conformidade com o destino escolhido antecipadamente, amarga, envelhece por dentro, tempera em excesso, marca com o irretocável e sentencia a insatisfação.

Ao contrario a beleza no viver esta na certeza de estar no caminho certo é viajar com o mapa do passado para escrever o futuro é construir aquilo que previamente foi acertado é manter o acordado.
A vida é breve para provocar um equivoco mergulhar no engano, negar o destino e querer aquilo que não lhe pertence.

A distância entre a verdade e a mentira depende da sua ambição, depende da falta de aceitação, depende de quanto você quer pagar para se iludir. A mentira machuca no presente, ofende o passado, e destrói o futuro, caminhar de mãos dadas com falta da verdade é a certeza do tropeço.

Se você quer ser feliz escute a natureza, entenda os sinais, observe seu interior ele vai falar com você, se você insisti em mentir diante das pessoas vai acontecer o óbvio, você não vai conseguir ficar sozinha com você mesmo, o silencio do dialogo interior vai roubar o seu sossego.

A felicidade pode existir no ser, ela não é fruto exclusivo do querer, existe também o merecimento, existe a aceitação, a verdade e a fidelidade.

A aceitação

 
 
A diferença entre o querer e o poder esta implícita na essência escolhida antes de nascer, a ganância e o desejo de ser o que não esta escrito, afasta do caminho, e cria um abismo intransponível condenando a completa mentira.

A inverdade construída na ambição perpetua a insatisfação exacerbada, ela alimenta a ilusão, o querer se exterioriza de forma imperfeita e retrata a verdade do inatingível.

A não conformidade com o destino escolhido antecipadamente, amarga, envelhece por dentro, tempera em excesso, marca com o irretocável e sentencia a insatisfação.

Ao contrario a beleza no viver esta na certeza de estar no caminho certo é viajar com o mapa do passado para escrever o futuro é construir aquilo que previamente foi acertado é manter o acordado.
A vida é breve para provocar um equivoco mergulhar no engano, negar o destino e querer aquilo que não lhe pertence.

A distância entre a verdade e a mentira depende da sua ambição, depende da falta de aceitação, depende de quanto você quer pagar para se iludir. A mentira machuca no presente, ofende o passado, e destrói o futuro, caminhar de mãos dadas com falta da verdade é a certeza do tropeço.

Se você quer ser feliz escute a natureza, entenda os sinais, observe seu interior ele vai falar com você, se você insisti em mentir diante das pessoas vai acontecer o óbvio, você não vai conseguir ficar sozinha com você mesmo o silencio do dialogo interior inexistente vai queimar o seu interior.

A felicidade pode existir no ser, ela não é fruto exclusivo do querer, existe também o merecimento, existe a aceitação, a verdade e a fidelidade.

A ilha da fantasia e a verdade no Ifá.



Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Na terra do faz de conta porteiro é proprietário do prédio, enfermeiro é cirurgião, soldado é coronel e comerciante é sacerdote.

No tempo não conjugado, o verbo, se articula como arma afiada, observador vira doutor e membro da academia é confundido com escritor famoso e academico, idiota vira sábio e perdido vira orientador.

Na ilha da fantasia a ignorância é cercada de prepotência por todos os lados, mas o cheiro ruim exala através da boca do malditos como resiltado antecipado danecropsia de seus cérebros contaminados com fezes.

Na ilha da boçalidade o que até bem poucos dias habitava um cárcere, hoje é envaidecido por seguidores desprovidos de qualquer consciência que os seguem nas redes sociais.

Na terra dos caolhos quem reconhece um único odu quer ser sacerdote, quem comercializa obi vira erudito e ebo cria realeza, existe imbecil para tudo e a confirmação esta estampada nos noticiários.

Hoje mesmo vi a foto de conhecido jogador de futebol ser curtida 4 mil vezes no facebook que o pobre coitado figura como deputado federal, ai pergunto quem é o animal é o que vota ou que aceita a mentira como verdade?

Na ilha da fantasia a maldade esta cercada por todos os lados por interesses escusos, os celulares servem como gravadores e as mensagens de outrora inimigos hoje são compartilhadas com parceiros traidores do amanhã.

A terra é uma testemunha silenciosa e o tempo se encarrega, os cadáveres em putrefação alimenta os vermes, e o frutos do lixo desaparece na atmosfera onde tudo que foi criado contribui para enterrar o criador.

Na noite mal dormida diante da imagem cintilante idiota fica falante, assessorista vira artista e marginal se torna ilusionista, a evolução só acontece dentro do elevador quando ele esta subindo, na real de frente com os olhos da solidão você enxerga o seu interior e a podridão.

Na terra da ilusão, traição é esperteza, vulgaridade é beleza e loucura se paga caro, o serviço social em nosso país não atende a falta de moral, para isso existe um outro remédio.