terça-feira, 2 de setembro de 2014

A ilha da fantasia e a verdade no Ifá.



Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Na terra do faz de conta porteiro é proprietário do prédio, enfermeiro é cirurgião, soldado é coronel e comerciante é sacerdote.

No tempo não conjugado, o verbo, se articula como arma afiada, observador vira doutor e membro da academia é confundido com escritor famoso e academico, idiota vira sábio e perdido vira orientador.

Na ilha da fantasia a ignorância é cercada de prepotência por todos os lados, mas o cheiro ruim exala através da boca do malditos como resiltado antecipado danecropsia de seus cérebros contaminados com fezes.

Na ilha da boçalidade o que até bem poucos dias habitava um cárcere, hoje é envaidecido por seguidores desprovidos de qualquer consciência que os seguem nas redes sociais.

Na terra dos caolhos quem reconhece um único odu quer ser sacerdote, quem comercializa obi vira erudito e ebo cria realeza, existe imbecil para tudo e a confirmação esta estampada nos noticiários.

Hoje mesmo vi a foto de conhecido jogador de futebol ser curtida 4 mil vezes no facebook que o pobre coitado figura como deputado federal, ai pergunto quem é o animal é o que vota ou que aceita a mentira como verdade?

Na ilha da fantasia a maldade esta cercada por todos os lados por interesses escusos, os celulares servem como gravadores e as mensagens de outrora inimigos hoje são compartilhadas com parceiros traidores do amanhã.

A terra é uma testemunha silenciosa e o tempo se encarrega, os cadáveres em putrefação alimenta os vermes, e o frutos do lixo desaparece na atmosfera onde tudo que foi criado contribui para enterrar o criador.

Na noite mal dormida diante da imagem cintilante idiota fica falante, assessorista vira artista e marginal se torna ilusionista, a evolução só acontece dentro do elevador quando ele esta subindo, na real de frente com os olhos da solidão você enxerga o seu interior e a podridão.

Na terra da ilusão, traição é esperteza, vulgaridade é beleza e loucura se paga caro, o serviço social em nosso país não atende a falta de moral, para isso existe um outro remédio.

Ilha da fantasia.



Na terra do faz de conta porteiro é proprietário do prédio, enfermeiro é cirurgião, soldado é coronel e comerciante é sacerdote.

No tempo não conjugado, o verbo, se articula como arma afiada, observador vira doutor e membro da academia é confundido com escritor famoso e academico, idiota vira sábio e perdido vira orientador.

Na ilha da fantasia a ignorância é cercada de prepotência por todos os lados, mas o cheiro ruim exala através da boca do malditos como resiltado antecipado danecropsia de seus cérebros contaminados com fezes.

Na ilha da boçalidade o que até bem poucos dias habitava um cárcere, hoje é envaidecido por seguidores desprovidos de qualquer consciência que os seguem nas redes sociais.

Na terra dos caolhos quem reconhece um único odu quer ser sacerdote, quem comercializa obi vira erudito e ebo cria realeza, existe imbecil para tudo e a confirmação esta estampada nos noticiários.

Hoje mesmo vi a foto de conhecido jogador de futebol ser curtida 4 mil vezes no facebook que o pobre coitado figura como deputado federal, ai pergunto quem é o animal é o que vota ou que aceita a mentira como verdade?

Na ilha da fantasia a maldade esta cercada por todos os lados por interesses escusos, os celulares servem como gravadores e as mensagens de outrora inimigos hoje são compartilhadas com parceiros traidores do amanhã.

A terra é uma testemunha silenciosa e o tempo se encarrega, os cadáveres em putrefação alimenta os vermes, e o frutos do lixo desaparece na atmosfera onde tudo que foi criado contribui para enterrar o criador.

Na noite mal dormida diante da imagem cintilante idiota fica falante, assessorista vira artista e marginal se torna ilusionista, a evolução só acontece dentro do elevador quando ele esta subindo, na real de frente com os olhos da solidão você enxerga o seu interior e a podridão.

Na terra da ilusão, traição é esperteza, vulgaridade é beleza e loucura se paga caro, o serviço social em nosso país não atende a falta de moral, para isso existe um outro remédio.

A bola da vez


A sabedoria popular diz que não se joga pedra em arvore que não da fruta, o que a sabedoria popular não explica que com um galho da arvore você pode confeccionar uma atiradeira e jogar pedras de volta.


No ano de 2009 um conhecido sacerdote disse que eu teria alguns dias de vida.


No ano de 2010 uma suposta iniciada em Iya mi disse que eu estava acabado.


No ano de 2011 um Oje disse que meu tempo estava contado.


No ano de 2012 uma pessoa que saiu da minha casa disse que eu tinha criado uma cobra que ia me engolir.


No ano de 2013 um iniciado em ifá disse que eu tinha menos de um ano de vida.


Agora em 2014 a história se repete nas madrugadas as ameaças continuam, então resolvi explicar o que está acontecendo.


Quando resolvemos trazer o Araba para nossa casa não imaginávamos a metade dos problemas que enfrentaríamos de ameaças anônimas a acusações infundadas até áudios editados.


Esse povo esquece que já estou vacinado, esquece existe uma máxima que diz que quem tem medo de cobra não entra no mato, eu continuo jantando no mesmo lugar em meu restaurando predileto fazem cinco anos, e o meu endereço continua o mesmo se esse povo quisesse me matar saberia a onde me encontrar.


A verdade que todos anos aparece alguém com preguiça para construir a sua história tentando roubar a minha, vou dar dica para esse povo trabalhe e estude, fotografem o trabalho de vocês e mostrem o que estão fazendo eu tenho o que mostrar, tenho mais de mil e quinhentas fotos de iniciações.
Será que é isso que incomoda tanto esse povo?


Eu trabalho desde de criança e adoro trabalhar, faço o meu trabalho com amor, essa é a razão porque obtenho resultados, faço uma religião que eu acredito e vivencio. Não aprendi religião no google, não sou contra quem gosta de pesquisar eu mesmo já li inúmeros livros na internet encontramos ótimos textos de excelentes autores.


Acontece que navegar na internet não forma sacerdotes, o fato de você ter livros não torna você um sacerdote, não adianta ter as formulas tem que ter conhecimento e vivencia.


Cada um escreve a sua história eu tento escrever a minha com seriedade, lealdade e conhecimento, não sou o dono da verdade mas procuro me informar sobre ela.


Eu sei que vou morrer, na data certa permitida por Olodumare, ifá, iya mi e Soponan, as ameaças me estimulam a seguir o trabalho é sinal que estou no caminho certo principalmente considerando o nível dos meus acusadores.


No Brasil existem duzentos milhões de habitantes e seis pessoas tentam me prejudicar o percentual indica que estou no caminho certo, afinal como diz o ditado não existe quem agrade a todos, e essa também não é a minha intenção.


Para quem não me conhece existe uma palavra que no meu dicionário não existe, covardia, eu vou seguir o meu trabalho e quem não estiver satisfeito reclame para o meu Oluwo ou para o Araba da família. 


Se você acha que eu sou a bola da vez pense bem, amanhã pode ser você, a minha história continua e a maldade humana também. 


O ifá que eu prático incomoda muita gente, isso é um fato.



A importância do dinheiro e Ifá.



Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola


Quando eu nasci há quase sessenta anos atrás meu pai possuía um pequeno posto de lavagem de veículos e minha mãe era professora, eles me ensinaram que o dinheiro não é importante acredito que eles como a maioria da população do nosso país aderiram a esse discurso por influência católica.

É interessante que uma religião que diz que é mais fácil um camelo passar em um buraco de uma agulha que um rico entrar nos reinos do céu ostente um trono de ouro para o descanso de seu principal sacerdote, mas essa é outra história.

A verdade é que nas vinte quatro horas do dia o dinheiro é muito importante da hora que acordamos até a hora que vamos dormir o dinheiro faz a diferença, quando dormimos em um colchão de má qualidade economizamos dinheiro, mas as dores nas costas são terríveis.

No odu otura ka fala que o dinheiro é um dos componentes do ebo, no odu ogbe bara é clara a indicação que o sacerdote entra em ewo quando não cobra.

Às vezes vejo que algumas pessoas que em principio deveriam ter obtido ótimos resultados após suas iniciações enfrentam algumas dificuldades, esquecem ou desconhecem essas pessoas que na religião tradicional yoruba o pagamento dos serviços prestados por um sacerdote implica em um compromisso com o sagrado.

Na tentativa de auxiliar a compreensão do fato citado acima vamos enumerar algumas questões:

1- Quando o pagamento não é feito independente da razão, pois o compromisso foi assumido e se a pessoa não tinha condições não deveria assumir.

2 - Quando existe a necessidade de um afastamento do núcleo familiar religioso independente do motivo, esse só deve acontecer após o acerto financeiro previamente combinado. Se for combinado deve ser mantido.

3 - Quando do perdão de uma divida por benevolência ou serviço prestado, é comum um sacerdote perdoa dividas de iniciações dos membros que mais trabalham no dia a dia da casa de asé.

Mesmo nesses casos aquele que tem sua divida perdoada deve fazer um pagamento simbólico em dinheiro.

A falta do pagamento implica diretamente na quebra de um acordo e para o divino não existe meio termo você é honesto ou você é desonesto e a quebra de um acordo pré-estabelecido mesmo que alguns não concordem é uma falta grave.

Imagine se fosse possível um debate com uma divindade que esqueceu uma benevolência por omissão ou negligencia.

Constantemente sou abordado para opinar sobre iniciações e sempre é muito difícil falar sobre o que não presenciamos, tenho como habito começar a conversa com a seguinte pergunta:
- Você já pagou sua iniciação, ou qualquer tipo de divida de ebo que você tenha contraído?

Em um país com uma população que recebeu uma educação católica as pessoas desconhecem os hábitos no território yoruba e da religião tradicional, sendo assim vou citar alguns exemplos.

- Jamais sobre nenhum pretexto devemos visitar uma casa de asé sem que seja levado algum tipo de presente como obi, orobo, dendê, gim, frutas, flores e etc.

- jamais sobre nenhum pretexto devemos consultar com sacerdote do culto de orisa sem pagar, um pagamento mínimo sempre vai auxiliar na manutenção do asé.

- A manutenção de uma casa de orisa envolve inúmeros custos e cabe aqueles que a administram desenvolverem uma politica financeira adequada, eu particularmente não concordo com mensalidades.

As mensalidades tendem a caracterizar uma associação e uma casa de asé em minha opinião jamais poderá ser uma associação, nas associações se discute as decisões nas casas de asé se cumprem as orientações contidas nos versos de ifá.

A falta de textos abordando esse assunto caracteriza o quanto é delicado falar desse tema, o risco que você seja identificado como dinheirista por aqueles não conhece a nossa religião é enorme. Tudo em nossa religião esta contido nos versos de Ifá cada ato consta de um verso basta seguir as orientações.

A necessidade de um comportamento cultural adequado a um sentimento religioso identificado com a historia de um povo pode facilitar a compreensão dos desdobramentos, em um dia a dia de fé.
As resposta quase sempre espelham as necessidades contidas nas perguntas ou no comportamento daquele que questiona; por essa razão a teologia deve ser estudada com a filosofia de um povo.

OTURA KA
OGININIGIN AWO OLOKUN
LODIFA FUN OLOKUN NIJO
OMI OKUN KO TO BU BOJU
ALUKO DODO AWO OLOSA LODIFA FUN OLOSA
NIJO OMI OSA KOSE BU WESE
ODIDERE ABIRIN ESE KERE WE
ADIFA FUN OLUWO MODO OBA
NIJO TI WON NWA OHUN EBO KIRI
ERIGI AWO AGBASA ADIFA FUN WON NI SESAN AGERE
NIJO TI WON NWA OHUN EBO KIRI
OWO TI NBE NILE YI NKO OHUN EBO NISE ERIGI LAWO AGBASA AWA TI ROHUN EBO
EYELE, AKUKO, ADIE, ETU, EWURE ABUKO BEBELO.
ENI TO BA NI KEBO MA DA KO MA BEBOLO

Tradução
Otura ka
Oginnigin o sacerdote de Olokun (deus do mar)
Faz adivinhação por Oloku
Quando a água no oceano é pouca
Oluko dodo, o sacerdote de Olosa (deus do rio)
Faz adivinhação por olosa
Quando a água do rio é pouca
O papagaio com seus movimentos estranhos
Faz adicinhação para Oluwomodo 0ba
Erigi Awo Agbasa faz afivinhação para
As pessoas de Sesan Agere
Quando procuravam os materiais para o Ebo (sacrifício)
O dinheiro no chão é material para Ebo
Erigi Awo Agbasa, Nós vimos o material para Ebo
O pombo, galo, galinha, galinha pintada (d’angola), bodes e etc
São materiais para sacrifício
Erigi Awo Agbasa, nós vimos os materiais para Ebo
A pessoa que disser que o sacrifício não deveria
Ser aceito deveria morrer e seguir o sacrifício.

Importância do dinheiro.



Quando eu nasci há quase sessenta anos atrás meu pai possuía um pequeno posto de lavagem de veículos e minha mãe era professora, eles me ensinaram que o dinheiro não é importante acredito que eles como a maioria da população do nosso país aderiram a esse discurso por influência católica.

É interessante que uma religião que diz que é mais fácil um camelo passar em um buraco de uma agulha que um rico entrar nos reinos do céu ostente um trono de ouro para o descanso de seu principal sacerdote, mas essa é outra história.

A verdade é que nas vinte quatro horas do dia o dinheiro é muito importante da hora que acordamos até a hora que vamos dormir o dinheiro faz a diferença, quando dormimos em um colchão de má qualidade economizamos dinheiro, mas as dores nas costas são terríveis.

No odu otura ka fala que o dinheiro é um dos componentes do ebo, no odu ogbe bara é clara a indicação que o sacerdote entra em ewo quando não cobra.

Às vezes vejo que algumas pessoas que em principio deveriam ter obtido ótimos resultados após suas iniciações enfrentam algumas dificuldades, esquecem ou desconhecem essas pessoas que na religião tradicional yoruba o pagamento dos serviços prestados por um sacerdote implica em um compromisso com o sagrado.

Na tentativa de auxiliar a compreensão do fato citado acima vamos enumerar algumas questões:

1- Quando o pagamento não é feito independente da razão, pois o compromisso foi assumido e se a pessoa não tinha condições não deveria assumir.

2 - Quando existe a necessidade de um afastamento do núcleo familiar religioso independente do motivo, esse só deve acontecer após o acerto financeiro previamente combinado. Se for combinado deve ser mantido.

3 - Quando do perdão de uma divida por benevolência ou serviço prestado, é comum um sacerdote perdoa dividas de iniciações dos membros que mais trabalham no dia a dia da casa de asé.

Mesmo nesses casos aquele que tem sua divida perdoada deve fazer um pagamento simbólico em dinheiro.

A falta do pagamento implica diretamente na quebra de um acordo e para o divino não existe meio termo você é honesto ou você é desonesto e a quebra de um acordo pré-estabelecido mesmo que alguns não concordem é uma falta grave.

Imagine se fosse possível um debate com uma divindade que esqueceu uma benevolência por omissão ou negligencia.

Constantemente sou abordado para opinar sobre iniciações e sempre é muito difícil falar sobre o que não presenciamos, tenho como habito começar a conversa com a seguinte pergunta:
- Você já pagou sua iniciação, ou qualquer tipo de divida de ebo que você tenha contraído?

Em um país com uma população que recebeu uma educação católica as pessoas desconhecem os hábitos no território yoruba e da religião tradicional, sendo assim vou citar alguns exemplos.

- Jamais sobre nenhum pretexto devemos visitar uma casa de asé sem que seja levado algum tipo de presente como obi, orobo, dendê, gim, frutas, flores e etc.

- jamais sobre nenhum pretexto devemos consultar com sacerdote do culto de orisa sem pagar, um pagamento mínimo sempre vai auxiliar na manutenção do asé.

- A manutenção de uma casa de orisa envolve inúmeros custos e cabe aqueles que a administram desenvolverem uma politica financeira adequada, eu particularmente não concordo com mensalidades.

As mensalidades tendem a caracterizar uma associação e uma casa de asé em minha opinião jamais poderá ser uma associação, nas associações se discute as decisões nas casas de asé se cumprem as orientações contidas nos versos de ifá.

A falta de textos abordando esse assunto caracteriza o quanto é delicado falar desse tema, o risco que você seja identificado como dinheirista por aqueles não conhece a nossa religião é enorme. Tudo em nossa religião esta contido nos versos de Ifá cada ato consta de um verso basta seguir as orientações.

A necessidade de um comportamento cultural adequado a um sentimento religioso identificado com a historia de um povo pode facilitar a compreensão dos desdobramentos, em um dia a dia de fé.
As resposta quase sempre espelham as necessidades contidas nas perguntas ou no comportamento daquele que questiona; por essa razão a teologia deve ser estudada com a filosofia de um povo.

OTURA KA
OGININIGIN AWO OLOKUN
LODIFA FUN OLOKUN NIJO
OMI OKUN KO TO BU BOJU
ALUKO DODO AWO OLOSA LODIFA FUN OLOSA
NIJO OMI OSA KOSE BU WESE
ODIDERE ABIRIN ESE KERE WE
ADIFA FUN OLUWO MODO OBA
NIJO TI WON NWA OHUN EBO KIRI
ERIGI AWO AGBASA ADIFA FUN WON NI SESAN AGERE
NIJO TI WON NWA OHUN EBO KIRI
OWO TI NBE NILE YI NKO OHUN EBO NISE ERIGI LAWO AGBASA AWA TI ROHUN EBO
EYELE, AKUKO, ADIE, ETU, EWURE ABUKO BEBELO.
ENI TO BA NI KEBO MA DA KO MA BEBOLO

Tradução
Otura ka
Oginnigin o sacerdote de Olokun (deus do mar)
Faz adivinhação por Oloku
Quando a água no oceano é pouca
Oluko dodo, o sacerdote de Olosa (deus do rio)
Faz adivinhação por olosa
Quando a água do rio é pouca
O papagaio com seus movimentos estranhos
Faz adicinhação para Oluwomodo 0ba
Erigi Awo Agbasa faz afivinhação para
As pessoas de Sesan Agere
Quando procuravam os materiais para o Ebo (sacrifício)
O dinheiro no chão é material para Ebo
Erigi Awo Agbasa, Nós vimos o material para Ebo
O pombo, galo, galinha, galinha pintada (d’angola), bodes e etc
São materiais para sacrifício
Erigi Awo Agbasa, nós vimos os materiais para Ebo
A pessoa que disser que o sacrifício não deveria
Ser aceito deveria morrer e seguir o sacrifício.

ALAGBAA


                       ALAGBAA

 
Nos ultimos dias tenho lido alguns comentarios covardes,nas entre linhas algumas pessoas escreveram sobre minhas fotos do Oye de Alagbaa no culto de Baba Egungun.
A covardia de poucos termina influenciando alguns,escrever sobre quem você não conhece é muito estranho mais estranho ainda é a inveja e a calunia.

Foi divulgado que eu teria sido iniciado no culto de Egungun agora, bem nos ultimos dias divulguei fotos da minha tomada de oye (titulo), acontece que no ano de 1991 faleceu o meu sacerdote então houve a necessidade de me iniciar no culto aos antepassados.

Recebi o titulo de Alabaa que muito me orgulho, desde 1935 que esse titulo esta vago em todo sul do país, a última pessoa a ocupar esse cargo (João Alagbaa), deixou o Rio Grande do Sul em maio de 1935, mudando para o estado do Rio de Janeiro após a morte do principe Custodio, que era seu melhor amigo.

sexta-feira, 4 de julho de 2014


Ifá e a hierarquia.



Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Muito se tem falado sobre a hierarquia no culto de orisa no Brasil, isso contribui para o enriquecimento das informações sobre a religião Afro Brasileira, mas infelizmente sobre a hierarquia no culto de Ifá é muito raro encontrar informações confiáveis, sendo assim na tentativa de contribuir com as informações disponíveis em nosso país estamos divulgando as orientações por nós recebidas em território yoruba.

- Primeiro escalão, grupo conhecido como Iwarefa.

ARABA (Oluawo)
O titulo de Araba é o mais importante dentro do culto de ifá, normalmente em terras yorubas um Araba é escolhido com base em três critérios:
-Conhecimento inquestionável
-Conduta ilibada
-Apoio unânime

O Araba representa o grupo de Babalawos de uma cidade ou de um país, o que nos leva a seguinte conclusão, as cidades com maior população de Babalawos tem um critério de escolha mais exigente do que as cidades de pequenas populações.

Em uma cidade grande para que um Babalawo se torne um Araba ele será questionado por um grupo maior de sacerdotes.

Esses questionamentos podem durar dias, e somente quando todos Babalawos estiverem satisfeitos com as respostas, a data da cerimonia será marcada.

Observação: em uma cidade muito pequena com um grupo muito pequeno de Babalawos a escolha de um Araba pode ser imediata desde que exista o apoio do grupo.

Existe também uma forma carinhosa de intitular o Babalawo mais velho em um Ile Ifá que muitas vezes é confundido com o acima mencionado, já que carinhosamente o mais velho dos sacerdotes dentro da família pode ser chamado de Araba, importante não confundir esse titulo familiar restrito há casa da família com o Araba de uma cidade ou de um país.

AKODA
Babalawo Agbalagba preparado para substituir o Araba em caso de morte ocupa imediatamente o cargo do Araba mantendo os rituais mesmo no período de luto.

ASEDA
Babalawo Agbalagba, o terceiro na hierarquia, preparado para substituir o Akódá.

AGBONGBON
Babalawo especialista em Oriki, considerado a memoria da família, capaz de recitar o conhecimento contido nos versos de ifá durante dias e noites.

ERINMI
Babalawo com conhecimento inquestionável sobre os rituais secretos no Ile Ifá.

AGIRI
Babalawo experiente com profundo conhecimento sobre odu.

AWISE
No Brasil o titulo de Awise foi divulgado de forma errada, um Awise fala em nome da família autorizado pelo seu Oluwo ou Araba, sendo assim deve ser um Babalawo bastante experiente.

- Segundo escalão no Egbe Ifá.

ALAKEJI
Esse titulo só pode ser usado por um Babalawo muito experiente ele substitui o Oluwo dentro do Ile Ifá em todas as situações com exceção das iniciações.

ALARA
Babalawo experiente especialista na relação com os iniciados, e iniciações em geral.

OKUNMERI
Babalawo especialista nas cerimonias internas.

AGUNSIN
Babalawo experiente que acompanha o primeiro escalão em rituais ou festejos externos, responsável pelo deslocamento dos membros do Egbe Ifá.

ARANISAN
Babalawo experiente que orienta cerimonia diante de Osun, no ritual de itefa.

AMUKINRO
Babalawo experiente que orienta os iniciados dentro do Ile Ifá em cerimonias que é consultado ikin.

KAWOLEHIN
Babalawo experiente que orienta os iniciados em rituais e festejos internos e externos.

OLUWO
Existem dois títulos diferentes descritos pela palavra Oluwo, um dentro do ifá e outro dentro da sociedade Ogboni imediatamente superior ao título de Apena na hierarquia.

Nessa abordagem vamos analisar o titulo restrito ao culto de Orunmila.

O Oluwo pode ser escolhido ou não entre os cargos acima citados.
O Oluwo é um Babalawo que tem autorização para iniciar outros Babalawos, não devemos confundir com Olodu, (Babalawo que possui o assentamento de Iya Odu), o fato isolado de possuir Iya Odu, não o torna um Oluwo.

O Oluwo é o sacerdote que tem a responsabilidade sobre as cerimonias de itefa e Ìtélodú, sendo assim todas as situações que passo a descrever devem ter a autorização do Oluwo:
-Consultar ifá com opele ou ikin.

-Submeter se a ebó ou etutu.
-Participar de iniciações ou festejos referentes ao culto de Orunmila e Orisa.
-Fazer iniciações e consultas.

OJUGBONA
O Ojugbona é o Babalawo que participou da iniciação que tem a função de treinar, mas não tem o poder de autorizar o novo awo para que faça iniciações ou consultas.

BALOGUN
Balogun é um titulo muito importante o Babalawo escolhido para essa função deve ser muito experiente para lidar com as questões que envolvem os rituais e as relações internas e externas da família, no tocante a proteção do Ile Ifá, e seus membros.

SOKINLOJU
Esse titula deve ser dado a um Babalawo antigo dentro do Egbe é uma espécie de observador com autoridade para corrigir erros e procedimentos no dia a dia do Ile Ifá.

AKOGUN
Esse titulo só pode ser dado para um Babalawo experiente, normalmente o Akogun auxilia ou substitui o Balogun.

SUREPAWO
Esse titulo pode ser ocupado por um Babalawo jovem, o Surepawo é encarregado de pagamentos, compras e afazeres fora do Ile Ifa.

ASAWO
Babalawo jovem ou Awo kekere que auxilia o Surepawo.

IYANIFA
O nome Iyanifa é muito confundido, considerando se que pode ser usado em duas situações diferentes.

-Iyanifa (aquela que possui ifá, sacerdotisa), também conhecida como Iyaonifa.
-Iyanifa (toda mulher submetida à itefa).

IYA APETEBI
-Iya apetebi na religião tradicional yoruba é a esposa do Babalawo.
Observação: normalmente as iya apetebis devem ser iniciadas em Osun.

IYANIFA IYA APETEBI
No caso da Iyanifa Iya Apetebi (Aiya) esposa do Oluwo, do Egbe Ifá, as exigências são maiores em razão da alteração da hierarquia considerando que o titulo é superior aos demais remetendo imediatamente a Iya Apetebi e Iyanifa a o segundo cargo dentro do Egbe ifá.

IYALODE AWO
Iyanifa líder das mulheres no Egbe Ifá
AJIGBEDA AWO
Iyanifa experiente auxiliar da Iyalode.

Em cada família a hierarquia pode sofrer alterações mas de um modo geral o processo é semelhante, sendo assim devemos aclara que a expressão primeiro e segundo escalão em nosso texto foi usada por não nos ocorrer no momento palavra mais adequada, em nenhum momento com intenção de diminuir ou menosprezar os demais.

Texto: Babalawo Ifagbaiyin