domingo, 12 de janeiro de 2014

Aboru aboye Egbe Ifá Ogbe Bara

Só hoje estou tendo oportunidade de agradecer aos babalawos e iyanifas, oje s e omo ifá do Egbe Ifá Agboola, pelo apoio e carinho nos últimos cinquentas dias.

O trabalho foi intenso e a paciência de vocês assim como a alegria e o respeito que pautou os rituais e as iniciações, assim como todos os momentos de um fraterno convívio.

Nos últimos cinquenta e dois dias participamos de mais de oitenta e três iniciações, sendo que oito delas em egungun, inúmeros itefas e isefas, assim como iniciações em Iya mi e Esu, Ogun Oya, Sango, Osun e Obatala.

Registro aqui agradecimento especial a minha iya apetebi iyanifa Ifakemi Iyanifa, que esteve sempre ao meu lado me incentivando com o seu carinho. Agradeço também ao babalawo Ifatunde Agbaiye Ajobi AgboolaLeandro Soares) a Iyanifa Iya Ifáṣinà Agboolá Ti Íyèwà, ao babalawo Ifadire Ajobi Agboola, babalawo Ifaseun Ifatunde Ajobi Agboola, babalawo Ifawolé Ajobi Agboola, iyanifa Ifadun Ajobi Agboola, babalawo Ifasegun Ajobi Agboola, omo ifá Ifáseun Oloogun Ajobí Agboolà, Ifawolé Ajobi Agboola,Cassio Miguel), Ifagbemileke Ajobi Agboola ( Fabio), Ifáwolé Ajobi Agboola (Fernando Tadeu)Ifagbemi L'ayo Ajobi Agboola ( Indaiá Nunes), Ifademilade Ajobi Agboola, (Melissa), Ifagbamila Ajobi Agboola (Fernando), Ifá Omi Niye Ajobi Agboola (Sabrina), oje Obalade Ajobi Agboola (Wilson), oje Omo N' la Ajobi Agboola Valter Dias), oje Jade Ajobi Agboola , (Carlos) oje L' ayo Ajobi Agboola ( Antonio Vieira), oje Dare Ajobi Agboola ( Marcelino), iya Kórin L'ayo (Jenifer) Ifafumilayo Ajobi Agboola (Lidiamar)e todos aqueles que ajudaram, sem vocês nada disso seria possível.


Mo dupe o

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013


Ifá tem regras.


Autor; Babalawo Ifagbaiyin Agboola
Um babalawo não usa drogas, não é alcoólatra, ele não quebra a sua palavra, ele não trai.
Um babalawo não desperdiça o seu dinheiro, um babalawo não rouba, um babalawo age com moderação.
Um babalawo é um trabalhador, um babalawo não pode ser um desocupado, um babalawo tem que ser honesto.

ÒTÚRÁ-RETE
Òtúrá-Rete controla você.
Se você nascer, tente se produzir novamente.
Òtúrá-Rete, Amuwon, Amuwon, ele que sabe que a moderação nunca entrará em desgraça.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que está trabalhando.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que não desperdiçará o dinheiro dele.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que não roubará.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que não tem dívidas.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Aquele que nunca bebe álcool,
aquele que nunca quebra um juramento com os amigos.
Òtúrá-Rete, aquele que acorda muito cedo e medita dentro dele por causa das atividades!
Entre os espinhos e cardos,
a folha do dendezeiro se projetará para fora.
Jowóro nunca gastará todo o seu dinheiro,
Jokoje nunca será um devedor.
Se Eesan dever muito dinheiro, ele pagará a dívida.
Amuwon é o ameso, (aquele que tem um bom senso do que é certo).
“Afolabi Epega”


Ifá tem regras.

Autor; Babalawo Ifagbaiyin Agboola
Um babalawo não usa drogas, não é alcoólatra, ele não quebra a sua palavra, ele não trai.
Um babalawo não desperdiça o seu dinheiro, um babalawo não rouba, um babalawo age com moderação.
Um babalawo é um trabalhador, um babalawo não pode ser um desocupado, um babalawo tem que ser honesto.

ÒTÚRÁ-RETE
Òtúrá-Rete controla você.
Se você nascer, tente se produzir novamente.
Òtúrá-Rete, Amuwon, Amuwon, ele que sabe que a moderação nunca entrará em desgraça.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que está trabalhando.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que não desperdiçará o dinheiro dele.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que não roubará.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que não tem dívidas.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Aquele que nunca bebe álcool,
aquele que nunca quebra um juramento com os amigos.
Òtúrá-Rete, aquele que acorda muito cedo e medita dentro dele por causa das atividades!
Entre os espinhos e cardos,
a folha do dendezeiro se projetará para fora.
Jowóro nunca gastará todo o seu dinheiro,
Jokoje nunca será um devedor.
Se Eesan dever muito dinheiro, ele pagará a dívida.
Amuwon é o ameso, (aquele que tem um bom senso do que é certo).
“Afolabi Epega”

domingo, 15 de dezembro de 2013

iniciação em Ifa, Itefá.


Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Hoje me lembrei de uma pessoa que eu conheci esse senhor que se chamava Antônio cursou seis meses direito, um ano engenharia e seis meses de administração de empresa.

Essa situação onde se percebe a dificuldade de algumas pessoas para identificar a carreira a seguir é bastante complicada, algumas pessoas enfrentam algumas criticas que podem ser consideradas como indecisão.
 em 
Outras pessoas conseguem concluir os cursos que nunca vão ser usados, porque na realidade a não tem nenhuma identificação com a carreira anteriormente escolhida.
Estamos aqui analisando um aspecto isolado no caso a carreira profissional, mas essas dúvidas podem ser encontradas diariamente por todos nós, a diferença que uma pessoa iniciada em ifá, tem acesso a informações confiáveis que orientam que direção seguir.
Eu costumo dizer que é quase como um renascimento, ser iniciado em ifá, (fazer um itefa), a partir da iniciação seguimos as orientações de Orunmila e a caminhada se torna mais fácil, muitas vezes estamos caminhando no sentindo oposto há aquele escolhido por nós, antes do nascimento.

O itefá é um momento mais importante na vida da pessoa que escolhe a religião tradicional yoruba, esses conjuntos de cerimônias mudam ou redefinem o caminho a ser percorrido.

Um itefá pode durar de 3 a 17 dias, mas em média leva 7 dias para babalorisas e iyalorisas, já os awos tem um período de recolhimento diferenciado.

As cerimônias que envolvem a iniciação em ifá começam com a preparação do igbodu, cabe aqui uma explicação que esclareça definitivamente a questão do igbodu, o espaço destinado à iniciação de babalawo onde são feitos os rituais, não tem nada haver com floresta ou mata, o termo igbó em yoruba quer dizer floresta, mas para o igbodu não se usa essa expressão dessa forma literal.

A floresta sagrada por nós conhecido como igbodu é um espaço que pode ser descrito como o local onde a mais importante de todas as árvores fica plantada durante os rituais, o assentamento de Osun (antepassados), representa o tronco da arvore genealógica do Egbe Ifá, as raízes fincadas na terra são espíritos de arabas, oluwos e babalawos que estão agregados em uma só divindade, cada awo representa um galho que brota dessa árvore que une gerações de fé e amor a Orunmila.

O caminho que leva ao igbodu onde está Osun (antepassados), tem nove buracos do lado direito e sete buracos do lado esquerdo, dentro desses pequenos buracos na terra alguns elementos são depositados.

O ritual do itefá é facilmente identificado em seu inicio com a figura do oluwo à frente, a iya apetebi com o yangui de Esu sobre a cabeça, o babalawo à direita e uma iyanifa à esquerda com um recipiente na mão, seguidos pelo iniciado com o carrego e o seu ojugbonan que muitas vezes pode ser o seu próprio babalawo.

Em um segundo momento vários rituais são processados desde a retirada do cabelo, banho com folhas e pintura, não necessariamente nessa ordem, é evidente que nesse texto não vou descrever em detalhes a sequência de um itefá.
Quando o iniciado sentado atrás do seu oluwo coloca suas mãos sobre os ombros dele, o odu é obtido pelo sacerdote.

Esses rituais tem como finalidade chegar ao momento mais importante que é a obtenção do odu de nascimento do iniciado, só no itefá isso é possível, esse odu serve como referência e orientação, devendo ser estudado exaustivamente, pois dentro dele em suas histórias poderão ser encontradas as respostas para todas as dúvidas.
Só aquele que foi submetido a um itefá tem a informação definitiva sobre o seu odu, só aquele que foi submetido a um itefá conhece o seu destino.

Para mim a iniciação em ifá é comparada ao mapa que vai guiar o iniciado na viagem da vida, aquele que não tem o mapa perde tempo e muitas vezes andam em círculos enfrentando inúmeras dificuldades, mas a pior delas é a insegurança do caminho a ser seguido.

Obs:  Na tentativa de manter em segredo alguns rituais o numero de buracos no chão citado acima diferem daqueles usados na realidade, que servem somente como exemplo.



Itefá


Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Hoje me lembrei de uma pessoa que eu conheci esse senhor que se chamava Antônio cursou seis meses direito, um ano engenharia e seis meses de administração de empresa.

Essa situação onde se percebe a dificuldade de algumas pessoas para identificar a carreira a seguir é bastante complicada, algumas pessoas enfrentam algumas criticas que podem ser consideradas como indecisão.

Outras pessoas conseguem concluir os cursos que nunca vão ser usados, porque na realidade a não tem nenhuma identificação com a carreira anteriormente escolhida.
Estamos aqui analisando um aspecto isolado no caso a carreira profissional, mas essas dúvidas podem ser encontradas diariamente por todos nós, a diferença que uma pessoa iniciada em ifá, tem acesso a informações confiáveis que orientam que direção seguir.
Eu costumo dizer que é quase como um renascimento, ser iniciado em ifá, (fazer um itefa), a partir da iniciação seguimos as orientações de Orunmila e a caminhada se torna mais fácil, muitas vezes estamos caminhando no sentindo oposto há aquele escolhido por nós, antes do nascimento.

O itefá é um momento mais importante na vida da pessoa que escolhe a religião tradicional yoruba, esses conjuntos de cerimônias mudam ou redefinem o caminho a ser percorrido.

Um itefá pode durar de 3 a 17 dias, mas em média leva 7 dias para babalorisas e iyalorisas, já os awos tem um período de recolhimento diferenciado.

As cerimônias que envolvem a iniciação em ifá começam com a preparação do igbodu, cabe aqui uma explicação que esclareça definitivamente a questão do igbodu, o espaço destinado à iniciação de babalawo onde são feitos os rituais, não tem nada haver com floresta ou mata, o termo igbó em yoruba quer dizer floresta, mas para o igbodu não se usa essa expressão dessa forma literal.

A floresta sagrada por nós conhecido como igbodu é um espaço que pode ser descrito como o local onde a mais importante de todas as árvores fica plantada durante os rituais, o assentamento de Osun (antepassados), representa o tronco da arvore genealógica do Egbe Ifá, as raízes fincadas na terra são espíritos de arabas, oluwos e babalawos que estão agregados em uma só divindade, cada awo representa um galho que brota dessa árvore que une gerações de fé e amor a Orunmila.

O caminho que leva ao igbodu onde está Osun (antepassados), tem nove buracos do lado direito e sete buracos do lado esquerdo, dentro desses pequenos buracos na terra alguns elementos são depositados.

O ritual do itefá é facilmente identificado em seu inicio com a figura do oluwo à frente, a iya apetebi com o yangui de Esu sobre a cabeça, o babalawo à direita e uma iyanifa à esquerda com um recipiente na mão, seguidos pelo iniciado com o carrego e o seu ojugbonan que muitas vezes pode ser o seu próprio babalawo.

Em um segundo momento vários rituais são processados desde a retirada do cabelo, banho com folhas e pintura, não necessariamente nessa ordem, é evidente que nesse texto não vou descrever em detalhes a sequência de um itefá.
Quando o iniciado sentado atrás do seu oluwo coloca suas mãos sobre os ombros dele, o odu é obtido pelo sacerdote.

Esses rituais tem como finalidade chegar ao momento mais importante que é a obtenção do odu de nascimento do iniciado, só no itefá isso é possível, esse odu serve como referência e orientação, devendo ser estudado exaustivamente, pois dentro dele em suas histórias poderão ser encontradas as respostas para todas as dúvidas.
Só aquele que foi submetido a um itefá tem a informação definitiva sobre o seu odu, só aquele que foi submetido a um itefá conhece o seu destino.

Para mim a iniciação em ifá é comparada ao mapa que vai guiar o iniciado na viagem da vida, aquele que não tem o mapa perde tempo e muitas vezes andam em círculos enfrentando inúmeras dificuldades, mas a pior delas é a insegurança do caminho a ser seguido.

Obs:  Na tentativa de manter em segredo alguns rituais o numero de buracos no chão citado acima diferem daqueles usados na realidade, que servem somente como exemplo.



quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Orunmila me ajude a ter calma.


Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Na tentativa de contribuir com as pessoas que não tiveram oportunidades de aprender estou postando esse texto.

O grande número de postagens de fotos com pinturas bastante criativas na internet nos faz pensar sobre o que deve estar acontecendo, será falta de informação ou espirito carnavalesco do qual tanto se fala no nosso país.

Vi algumas fotos com pinturas bastantes estranhas no facebook, awos com a cabeça pintada de wagi, a única explicação que encontrei para isso que deve ser uma iniciação para Smurf.

Na religião tradicional yoruba alguns princípios caracterizam o que esse povo acredita ser de suma importância em suas vidas, à pintura é uma dessas expressões, quando um awo é pintado com osun e efun, elemento que representa o aspecto feminino e masculino, a intenção é buscar fecundidade para os atos.
O osun elemento feminino de cor vermelha representa com sua intensidade as grandes mães ancestrais e os orisás femininos.

O efun elemento masculino representa Obatala e os orisás funfuns.

O wagi que não é usado na iniciação de ifá representa o terceiro elemento, o elemento procriado, e a interação resultando os orisás filhos.

A pintura que usa em parte o elemento mineral e vegetal é antecedida pelos rituais de banho elemento vegetal que preparam para o oferecimento do alimento animal.

As iniciações assim como os ebós buscam o equilibro entre esses elementos, trazendo assim para a vida do iniciado um resultado de bastante equilíbrio.

Esses rituais todos os sacerdotes dos cultos de orisá deveriam saber, mas como é comum ver iyawo com as pinturas do grupo Timbalada da Bahia, concluo que ou as pessoas não sabem ou elas estão brincando com a vida dos iniciados.

Cruzes e símbolos cabalísticos devem ser deixados para os católicos e os que cultuam a religião judaica. Na cultura yoruba cada desenho tem um significado nos tecidos ou nas paredes das casas, assim como a pintura dos iniciados, as figuras desenhadas buscam atrair energias que representam a fecundidade, a prosperidade e a longevidade.

A cor vermelha do osun é encontrada em pinturas nos assentamentos dos orisás femininos, se harmonizam com a cor branca do efun, encontrado nos assentamentos de Obatala, orisa Oke e orisa Olookun.

É comum ver o uso do wagi nos assentamentos de orisás que chamamos de orisás filhos como Ogun e Ososi e outros orisás.

Osun, efun, wagi.

Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Na tentativa de contribuir com as pessoas que não tiveram oportunidades de aprender estou postando esse texto.

O grande número de postagens de fotos com pinturas bastante criativas na internet nos faz pensar sobre o que deve estar acontecendo, será falta de informação ou espirito carnavalesco do qual tanto se fala no nosso país.

Vi algumas fotos com pinturas bastantes estranhas no facebook, awos com a cabeça pintada de wagi, a única explicação que encontrei para isso que deve ser uma iniciação para Smurf.

Na religião tradicional yoruba alguns princípios caracterizam o que esse povo acredita ser de suma importância em suas vidas, à pintura é uma dessas expressões, quando um awo é pintado com osun e efun, elemento que representa o aspecto feminino e masculino, a intenção é buscar fecundidade para os atos.
O osun elemento feminino de cor vermelha representa com sua intensidade as grandes mães ancestrais e os orisás femininos.

O efun elemento masculino representa Obatala e os orisás funfuns.

O wagi que não é usado na iniciação de ifá representa o terceiro elemento, o elemento procriado, e a interação resultando os orisás filhos.

A pintura que usa em parte o elemento mineral e vegetal é antecedida pelos rituais de banho elemento vegetal que preparam para o oferecimento do alimento animal.

As iniciações assim como os ebós buscam o equilibro entre esses elementos, trazendo assim para a vida do iniciado um resultado de bastante equilíbrio.

Esses rituais todos os sacerdotes dos cultos de orisá deveriam saber, mas como é comum ver iyawo com as pinturas do grupo Timbalada da Bahia, concluo que ou as pessoas não sabem ou elas estão brincando com a vida dos iniciados.

Cruzes e símbolos cabalísticos devem ser deixados para os católicos e os que cultuam a religião judaica. Na cultura yoruba cada desenho tem um significado nos tecidos ou nas paredes das casas, assim como a pintura dos iniciados, as figuras desenhadas buscam atrair energias que representam a fecundidade, a prosperidade e a longevidade.

A cor vermelha do osun é encontrada em pinturas nos assentamentos dos orisás femininos, se harmonizam com a cor branca do efun, encontrado nos assentamentos de Obatala, orisa Oke e orisa Olookun.

É comum ver o uso do wagi nos assentamentos de orisás que chamamos de orisás filhos como Ogun e Ososi e outros orisás.