segunda-feira, 16 de setembro de 2013


Orisa Òkè.



Autor :Babalawo Ifagbaiyin Agboola

No Brasil, o culto a determinados  orisás infelizmente acabou se perdendo é o caso do orisa ÒkÈ, esse orisa é muito importante para as pessoas que buscam o prestigio e o reconhecimento, assim como uma vida longa e tranquila.

O orisa da montanha como é conhecido é venerado em território yoruba com um culto envolto de segredos e mistérios, o que podemos divulgar é que para se obter a essência do culto existem alguns rituais, um deles o de buscar os okutas para o assentamento é muito bonito.

De posse de obi, orobo, oti e um eiyelé, iniciado e iniciador sobem a montanha e quando descem trazem envolto em folhas os okutas para o assentamento.

No odu ogbe meji, é descrito o culto a orisa Òkè, que assim como o orisa Olókun e Òrúnmilà vestem branco, mas que em suas oferendas recebem azeite de dendê.


Epa imóle 

Orisa Òkè.



Babalawo Ifagbaiyin

No Brasil, o culto a determinados  orisás infelizmente acabou se perdendo é o caso do orisa ÒkÈ, esse orisa é muito importante para as pessoas que buscam o prestigio e o reconhecimento, assim como uma vida longa e tranquila.

O orisa da montanha como é conhecido é venerado em território yoruba com um culto envolto de segredos e mistérios, o que podemos divulgar é que para se obter a essência do culto existem alguns rituais, um deles o de buscar os okutas para o assentamento é muito bonito.

De posse de obi, orobo, oti e um eiyelé, iniciado e iniciador sobem a montanha e quando descem trazem envolto em folhas os okutas para o assentamento.

No odu ogbe meji, é descrito o culto a orisa Òkè, que assim como o orisa Olókun e Òrúnmilà vestem branco, mas que em suas oferendas recebem azeite de dendê.


Epa imóle 

Não existe orisa Irókò.



Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Durante o processo que contribuiu com a vinda dos orisás para o Brasil, por varias razões muito se perdeu.
A necessidade de esclarecer sobre alguns orisás o publico em geral nos obriga a assumir uma postura não de dono da verdade, mas de alguém que sustenta uma discussão sadia como beneficio para o culto de orisá no Brasil.

Irókò na religião tradicional yoruba é uma arvore, (Chlorophora excelsa), a confusão se criou por conta de alguns mistérios envolvendo as divindades que são cultuadas entre as raízes da mesma, o fato de também ser habitada por espíritos abikus, complicou mais ainda os esclarecimentos sobre o verdadeiro culto ao orisás Oluwere.

Oluwere é uma divindade que deve ser cultuado buscando vida longa, esse orisá contribui para melhorias na saúde, assim como afasta as energias negativas possibilitando uma melhor qualidade de vida.

O orisá Oluwere, pode ser cultuado também em outras arvores, a dificuldade maior é encontrar o local de culto adequado, mas algumas arvores centenárias podem ser usadas no culto a esse orisá, o Baobá,   (Adansonia digitata), é um exemplo.

Iroko iku ko
Bere iku ko...
Iroko afasta a morte...


Não existe orisa Irókò.

Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Durante o processo que contribuiu com a vinda dos orisás para o Brasil, por varias razões muito se perdeu.
A necessidade de esclarecer sobre alguns orisás o publico em geral nos obriga a assumir uma postura não de dono da verdade, mas de alguém que sustenta uma discussão sadia como beneficio para o culto de orisá no Brasil.

Irókò na religião tradicional yoruba é uma arvore, (Chlorophora excelsa), a confusão se criou por conta de alguns mistérios envolvendo as divindades que são cultuadas entre as raízes da mesma, o fato de também ser habitada por espíritos abikus, complicou mais ainda os esclarecimentos sobre o verdadeiro culto ao orisás Oluwere.

Oluwere é uma divindade que deve ser cultuado buscando vida longa, esse orisá contribui para melhorias na saúde, assim como afasta as energias negativas possibilitando uma melhor qualidade de vida.

O orisá Oluwere, pode ser cultuado também em outras arvores, a dificuldade maior é encontrar o local de culto adequado, mas algumas arvores centenárias podem ser usadas no culto a esse orisá, o Baobá,   (Adansonia digitata), é um exemplo.

Iroko iku ko
Bere iku ko...
Iroko afasta a morte...


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Orunmila o homem pensa que é dono da verdade!

Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

O comportamento das pessoas em nosso país me deixa muitas vezes bastante preocupado com o caminho que estamos seguindo.

Primeiro levamos 300 anos para reagir aos portugueses, depois 70 anos para reagir aos americanos, já faz quase duas décadas e ainda não reagimos a violência usada pela igreja universal contra as pessoas que cultuam orisás, vivemos no paraíso tudo é cor de rosa.

A ditadura militar, somada a cultura católica e os programas dirigidos nas redes de tv do nosso país, atrofiaram o cérebro da grande maioria da população, nosso povo não contesta porque não pensa, basta ver o governo que nós temos em qual seguimento nosso país esta indo bem, se o governo não permite que os professores reprovem os alunos, vivemos no país de faz de conta.

A atrofia cerebral criada pela ditadura nos obrigou durante anos a aceitar o que nos era dado sem questionar somente um pequeno grupo de intelectuais resistiu a uma única verdade, a verdade absoluta desapareceu para quem é informado, sucumbiu nos porões da ditadura.

Orunmila nos instrui no odu Osa/Otura, que a verdade é Olodumare nos céus, nenhum homem se aproxima da verdade sem a troca de ideias e o engrandecimento cultural do debate, é na troca de ideias e no respeito aos diferentes que evoluímos.

Querido irmãos, se uma família usa uma peça de roupa em ocasiões diferente de outra ou esse tem uma designação diferente, esses mesmo por discordarem devem andar nus?

Vejo com tristeza o caminho da falta de dialogo, ainda vivemos o reflexo do governo militar, em nosso dia a dia, os que pensam os que questionam, os que debatem ainda são vistos como polêmicos.

Solagbe Popoola é o porta voz do conselho mundial de ifá, e divulgou inúmeras notas em nome do conselho, falando sobre as regras que devem ser adotadas, isso tudo pode ser facilmente acessado na internet, mas tem um grupo que resiste em criar as suas próprias normas, constantemente somos surpreendidos com comportamentos impróprios daqueles que se dizem babalawos, o que dizer então daqueles que não faz muito foram iniciados.

Se os mais velhos e os que tiveram acesso as informações na origem não divulgarem publicamente as diretrizes do conselho mundial de ifá, vamos continuar assistindo esse espetáculo de mau gosto.
Babalawos são representantes da sociedade, que tem um compromisso com a verdade, mas qual é a verdade?

A verdade esta dentro de cada um, para que se construa um caminho de paz e respeito aos nossos semelhantes temos que ter a paciência de ouvir, temos que ter a humildade para somar esforços, só assim vamos construir um caminho em direção a verdade.

A verdade é Olodumare e os versos de ifá, são placas indicadoras do caminho, alguns preferem ignorar as placas, outros preferem o caminho mais longo, mas o objetivo é o mesmo, chegar a verdade.

A verdade não pertence a ninguém, a verdade é Olodumare e nós sacerdotes temos a obrigação de orientar o caminho mais fácil para os seguidores de ifá.

Ifá gbe wa o

O homem pensa que é dono da verdade.


O comportamento das pessoas em nosso país me deixa muitas vezes bastante preocupado com o caminho que estamos seguindo.

Primeiro levamos 300 anos para reagir aos portugueses, depois 70 anos para reagir aos americanos, já faz quase duas décadas e ainda não reagimos a violência usada pela igreja universal contra as pessoas que cultuam orisás, vivemos no paraíso tudo é cor de rosa.

A ditadura militar, somada a cultura católica e os programas dirigidos nas redes de tv do nosso país, atrofiaram o cérebro da grande maioria da população, nosso povo não contesta porque não pensa, basta ver o governo que nós temos em qual seguimento nosso país esta indo bem, se o governo não permite que os professores reprovem os alunos, vivemos no país de faz de conta.

A atrofia cerebral criada pela ditadura nos obrigou durante anos a aceitar o que nos era dado sem questionar somente um pequeno grupo de intelectuais resistiu a uma única verdade, a verdade absoluta desapareceu para quem é informado, sucumbiu nos porões da ditadura.

Orunmila nos instrui no odu Osa/Otura, que a verdade é Olodumare nos céus, nenhum homem se aproxima da verdade sem a troca de ideias e o engrandecimento cultural do debate, é na troca de ideias e no respeito aos diferentes que evoluímos.

Querido irmãos, se uma família usa uma peça de roupa em ocasiões diferente de outra ou esse tem uma designação diferente, esses mesmo por discordarem devem andar nus?

Vejo com tristeza o caminho da falta de dialogo, ainda vivemos o reflexo do governo militar, em nosso dia a dia, os que pensam os que questionam, os que debatem ainda são vistos como polêmicos.

Solagbe Popoola é o porta voz do conselho mundial de ifá, e divulgou inúmeras notas em nome do conselho, falando sobre as regras que devem ser adotadas, isso tudo pode ser facilmente acessado na internet, mas tem um grupo que resiste em criar as suas próprias normas, constantemente somos surpreendidos com comportamentos impróprios daqueles que se dizem babalawos, o que dizer então daqueles que não faz muito foram iniciados.

Se os mais velhos e os que tiveram acesso as informações na origem não divulgarem publicamente as diretrizes do conselho mundial de ifá, vamos continuar assistindo esse espetáculo de mau gosto.
Babalawos são representantes da sociedade, que tem um compromisso com a verdade, mas qual é a verdade?

A verdade esta dentro de cada um, para que se construa um caminho de paz e respeito aos nossos semelhantes temos que ter a paciência de ouvir, temos que ter a humildade para somar esforços, só assim vamos construir um caminho em direção a verdade.

A verdade é Olodumare e os versos de ifá, são placas indicadoras do caminho, alguns preferem ignorar as placas, outros preferem o caminho mais longo, mas o objetivo é o mesmo, chegar a verdade.

A verdade não pertence a ninguém, a verdade é Olodumare e nós sacerdotes temos a obrigação de orientar o caminho mais fácil para os seguidores de ifá.

Ifá gbe wa o

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A teoria da impossibilidade e o Ifá.



Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola


Se a formação de uma pessoa não permite que ela coloque a sua experiência a serviço do seu melhor, e se a capacidade de raciocínio é prejudicada porque em seu cérebro o desconhecimento impede o uso da inteligência comparativa, que resultados positivos podem ser obtidos.

Esse argumento me leva a seguinte conclusão, como pode alguém que nunca viu algum ritual da tradição Yoruba com base nos cultos afros brasileiros se dizer um sacerdote, como alguém que aprende rituais na internet pode beneficiar aqueles que o procuram.

Vamos examinar as seguintes reflexões, se uma pessoa que consulta Opele desconhece que:
Oturupon Ogbe fala do uso da roupa branca.

Ogbe Ate fala que o caminho da prosperidade está escrito com a honestidade
Ogbe meji fala da necessidade de bori.
Iwori meji fala de Isefá e Itefá.
Ogunda Ogbe fala de prosperidade.
Irete iroso fala de adultério.
Owarin Odi fala de loucura.
Irete Odi fala de ladrão.
Okaran Ogbe fala sobre Idé Ifá.
Obara Otura fala de colocar folhas verdes na boca dos cabritos na hora do sacrifício.
Obara Ogbe fala da morte e risco de vida.
Oturupon meji fala de doença.
Ofun Ogunda fala de perda.
Irete Okanran fala de problemas.
Ogunda Osa fala do uso de drogas.
Irete Oyeku fala de abilu.
Osa Ogbe fala de pesadelo.
Ogunda Iroso fala de problemas com a justiça.
Ogbe meji fala da consulta ao Opele.
Iwori Ogunda fala do uso do opon.
Irete odi fala do uso do iroke.

Ogbe Irete fala de Iya Odu.
Ose Ogbe fala dos ikins.
Osa Irete fala de retirar o cabelo do iniciado.
Otura Odi fala de sacrificar animais machos para Ifá.
Ogbe Iroso fala do sacrifício de Ijapa.
Owarin Otura fala da falta de respeito as proibições.
Odi meji fala de abiku.
Owarin Ogbe fala de ebó riru.
Osa Okanran fala da transformação do problema com um ebó.
Ose Otura fala que a pessoa pode resolver o seu problema rezando.
Okaran Oturupon fala do valor das folhas para a cura.
Ogbe Osa fala de Imule para sobreviver.
Irete Ogbe fala da necessidade de ver Iya Odu.
Osa Irete fala de popularidade.
Ogbe Ogunda fala da necessidade de trabalhar em dobro.
Ofun meji fala da pena de ekodide na iniciação.
Osa Otura fala para não mentir.
Otura Iwori fala da necessidade de mais de um babalawo para fazer um Itefá.
Ogbe Ate fala que um Babalawo de verdade não pode mentir mesmo que esteja passando necessidades.
Owarin Iwori  fala que o veneno está na língua.
Osa Odi fala que existe a necessidade de cultuar os antepassados.
Osa Ogunda fala da necessidade de evitar o confronto com inimigos.
Ogunda meji fala da presença dos inimigos.
Ogbe irete fala da vitória sobre os inimigos.
Ogbe odi fala de nascimento de gêmeos.
Osé ogbe fala de fazer ebós para recém-nascidos.
Irete oyeku fala que não é o momento para fazer o ebo.

O grande número de textos postados na internet falando sobre versos de ifá, que não contribui em nada para a formação de um sacerdote da religião tradicional, preocupa, como esses menos avisados pesquisadores, que  desconhecem a origem das informações por eles usadas, podem fazer parte desse imenso quebra cabeça.

A falta de informações confiáveis ou o empecilho criado por iniciadores que não fornecem material de estudos para os seus iniciados termina empurrando os ansiosos para os braços da internet, quase sempre sentenciando o mesmo a uma dúvida eterna.