domingo, 6 de março de 2011

Iniciação o milagre da vida, Ifá e orixa.

Iniciação o milagre da vida, Ifá e orixa.



Autor: Babalawo Ifagbaiyin.

Ao longo da história da humanidade o homem vem desenvolvendo uma série de atividades, criando assim uma maior condição de sobrevivência, e desenvolvendo uma capacidade de adaptação aonde o principio básico é a manutenção da vida.

Essa condição (natural) é sentida desde o primeiro momento após o nascimento quando instintivamente buscamos alimento no seio da mãe.
O desenvolvimento de armas e elementos facilitadores como máquinas e implementos contribuíram para um menor desgaste físico, mas paralelamente a isso houve um desenvolvimento mental habilitando esse mesmo elemento a viver com suas dúvidas e decepções.

Nesse período a crença em uma força superior auxiliou muito na manutenção da esperança e na compreensão das perdas assim como, estimulou a capacitação moral e ética.

Com o surgimento dos rituais de iniciação essa capacidade passou a ser aprimorada em território Yoruba.


As pessoas que são iniciadas para determinados Òrìșàs seguem uma orientação de Ifá baseada em um principio da complementação.

Quando um sacerdote de Ifá é iniciado cumpre uma série de rituais e cultua os Òrìșàs indicados nos odus relativos à sua iniciação, já no caso da pessoa não iniciada em Ifá o processo pode seguir uma orientação um pouco diferente.

A pessoa nascida gêmea já trás abundância e a alegria em seu nascimento; sua vida vai ser de fartura naturalmente, e sua forma alegre de ver as coisas com um pouco de infantilidade jamais vai deixar de existir. Considerando esse fato pode ser que Ifá oriente a mesma a ser iniciada em um Òrìsà que tenha um senso prático mais apurado, facilitando assim a vida da pessoa, trazendo para ela uma capacidade que em muitas vezes é deficiente no dia a dia da mesma.

É verdade que estamos aqui examinando uma iniciação, e não uma feitura; então falamos de necessidades apontadas para complemento, suprindo assim uma deficiência que só não é encontrada em Olodumare.

Então se uma pessoa feita para Osun com uma capacidade enorme de amar, em algum momento de sua vida vier a ter um problema em sua vida afetiva, não vai ser considerado o fato de ela amar demais e sim o fato de amar a pessoa errada, sendo assim lhe falta discernimento na hora de eleger o parceiro.


Nesse caso poderá ser indicada a iniciação ao Òrìșa Ọbàtálá, criando assim uma forma de pensar e agir mais equilibrada na vida sentimental dessa pessoa, se isso não for feito seguirá por toda vida se unindo a pessoa errada trazendo assim uma decepção em sua vida afetiva, gerando uma forma de agir involuntária aonde a mesma termina desenvolvendo um comportamento em desalinho com seu destino.

A pessoa com tal problema poderá se unir por interesse, considerando que houveram inúmeras decepções, ou até mesmo desenvolver um comportamento narcisista e individualista gerado pelo medo de amar a pessoa para de se doar, e assume um comportamento egoísta.

Esse tipo de situação pode ser resolvido com uma iniciação ou com outras formas de tratamento, sempre seguindo a orientação de Ifá, é bem verdade que iniciar uma pessoa não feita não é comum, mas é aceitável; muitas vezes a necessidade de uma iniciação antecede a feitura e em muitos casos substitui.

Vejamos então outro exemplo, uma pessoa nascida com problemas de saúde, por orientação de Ifá poderá ser iniciada no culto de vários Òrìșàs; mas o ideal é que primeiramente seja iniciada em Soponnan ou até mesmo em Olókun, Òrìșàs mais diretamente ligados a essas questões, trazendo assim uma melhor qualidade de vida a essa pessoa que poderá ser feita ou não em um futuro. A diferença entre a feitura que exalta as qualidades já existentes no momento do nascimento, e a iniciação que justifica a reposição do que falta em nossa essência é muito forte: feitura e iniciação se diferem e as mesmas só podem ser indicadas por Ifá.


Assim como a iniciação, deixamos bem claro que a orientação pode ser um ebó, ou algum outro tipo de tratamento, e até mesmo uma feitura em caso extremo.

Voltando as iniciações, no caso de algumas pessoas feitas para Ògún poderá ser indicado iniciação em Yèmojà. O filho de Ògún com toda sua vitalidade para o trabalho e os esportes, com sua valentia e coragem muitas vezes sem perceber se afasta um pouco da família e a iniciação em Yèmojà o ajudará nesse relacionamento com filhos e parentes.

Pode acontecer também que essa mesma pessoa feita de Ògún com toda essa vitalidade necessite da iniciação em Ọbàtálá para que tenha mais calma e enfrente os obstáculos com menos desgaste.

Quando analisamos o milagre da iniciação, depois de algum tempo comparando o comportamento do iniciado, fica claro a mudança; a influência do Òrìșa iniciado na vida da pessoa mesmo que ela já seja feita há muito tempo ou que ainda não tenha seu Òrìșà pessoal, é visível e fica evidenciada em seu comportamento.
A iniciação realmente pode ser descrita como um milagre quando bem feita seguindo as indicações corretas.


Poderia descrever aqui os efeitos das mais diversas iniciações no dia a dia do indivíduo, mas não devemos esquecer que em território Yoruba o número de Òrìșàs assentado para uma pessoa que não vai ser um sacerdote é muito reduzido e não raramente excede a três ou quatro, também pode acontecer que a necessidade de culto a um Òrìșà familiar ou antepassado seja indicada por Ifá, ou que a pessoa jamais seja iniciada ou feita.

A iniciação aqui em nosso país passou a ser tratada como um complemento necessário e não como uma solução indicada; quando nascemos somos imperfeitos e assim seremos por toda a vida, o milagre da iniciação só vai amenizar os efeitos de tais imperfeições.


É muito comum ver pessoas feitas para Òrìșàs, mas que na verdade deveria ser iniciada, criando assim inúmeras dificuldades, essa confusão entre iniciação e feitura limita as realizações pessoais e o não cumprimento do destino, implica em sofrimento e desgosto, esse problema se torna cada dia mais comum por falta de conhecimento dos sacerdotes.


Iniciação o milagre da vida.

Iniciação o milagre da vida.


Texto:Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Ao longo da história da humanidade o homem vem desenvolvendo uma série de atividades, criando assim uma maior condição de sobrevivência, e desenvolvendo uma capacidade de adaptação aonde o principio básico é a manutenção da vida.

Essa condição (natural) é sentida desde o primeiro momento após o nascimento quando instintivamente buscamos alimento no seio da mãe.
O desenvolvimento de armas e elementos facilitadores como máquinas e implementos contribuíram para um menor desgaste físico, mas paralelamente a isso houve um desenvolvimento mental habilitando esse mesmo elemento a viver com suas dúvidas e decepções.

Nesse período a crença em uma força superior auxiliou muito na manutenção da esperança e na compreensão das perdas assim como, estimulou a capacitação moral e ética.
Com o surgimento dos rituais de iniciação essa capacidade passou a ser aprimorada em território Yoruba.


As pessoas que são iniciadas para determinados Orisas seguem uma orientação de Ifá baseada em um principio da complementação.
Quando um sacerdote de Ifa é iniciado cumpre uma série de rituais e cultua os Orisas indicados nos odus relativos a sua iniciação,já no caso da pessoa não iniciada em Ifá o processo pode seguir uma orientação um pouco diferente.

A pessoa nascida gêmea já trás abundância e a alegria em seu nascimento; sua vida vai ser de fartura naturalmente, e sua forma alegre de ver as coisas com um pouco de infantilidade jamais vai deixar de existir. Considerando esse fato pode ser que Ifá oriente a mesma a ser iniciada em um Orisa que tenha um senso prático mais apurado, facilitando assim a vida da pessoa, trazendo para ela uma capacidade que em muitas vezes é deficiente no dia a dia da mesma.

É verdade que estamos aqui examinando uma iniciação, e não uma feitura; então falamos de necessidades apontadas para complemento suprindo assim uma deficiência que só não é encontrada em Olodumare.

Então se uma pessoa feita para Osun com uma capacidade enorme de amar em algum momento de sua vida vier a ter um problema em sua vida afetiva, não vai ser considerado o fato de ela amar de mais e sim o fato de amar a pessoa errada, sendo assim lhe falta discernimento na hora de eleger o parceiro.


Nesse caso poderá ser indicado a iniciação ao Orisa Obatala,criando assim uma forma de pensar e agir mais equilibrada na vida sentimental dessa pessoa, se isso não for feito seguirá por toda vida se unindo a pessoa errada trazendo assim uma decepção em sua vida afetiva,gerando uma forma de agir involuntária aonde a mesma termina desenvolvendo um comportamento em desalinho com seu destino.

A pessoa com tal problema poderá se unir por interesse, considerando que houveram inúmeras decepções,ou até mesmo desenvolver um comportamento narcisista e individualista gerado pelo medo de amar,a pessoa para de se doar,e assume um comportamento egoísta.

Esse tipo de situação pode ser resolvida com uma iniciação ou com outras formas de tratamento, sempre seguindo a orientação de Ifá, é bem verdade que iniciar uma pessoa não feita não é comum, mas é aceitável; muitas vezes a necessidade de uma iniciação antecede a feitura e em muitos casos substitui.

Vejamos então outro exemplo, uma pessoa nascida com problemas de saúde, por orientação de Ifa poderá ser iniciada no culto de vários orisas; mas o ideal é que primeiramente seja iniciada em Soponnan ou até mesmo em Olókun, Orisas mais diretamente ligados a essas questões,trazendo assim uma melhor qualidade de vida a essa pessoa que poderá ser feita ou não em um futuro. A diferença entre a feitura que exalta as qualidades já existentes no momento do nascimento, e a iniciação que justifica a reposição do que falta em nossa essência é muito forte: feitura e iniciação se diferem e as mesmas só podem ser indicadas por Ifá.


Assim como a iniciação, deixamos bem claro que a orientação pode ser um ebó, ou algum outro tipo de tratamento, e até mesmo uma feitura em caso extremo.
Voltando as iniciações, no caso de algumas pessoas feitas para Ogun poderá ser indicado iniciação em Yemonja. O filho de Ogun com toda sua vitalidade para o trabalho e os esportes com sua valentia e coragem muitas vezes sem perceber se afasta um pouco da família e a iniciação em Yemonja o ajudará nesse relacionamento com filhos e parentes.

Pode acontecer também que essa mesma pessoa feita de Ogun com toda essa vitalidade necessite da iniciação em Obatala para que tenha mais calma e enfrente os obstáculos com menos desgaste.

Quando analisamos o milagre da iniciação, depois de algum tempo comparando o comportamento do iniciado, fica claro a mudança; a influência do Orisa iniciado na vida da pessoa mesmo que ela já seja feita a muito tempo ou que ainda não tenha seu Orisa pessoal,é visível e fica evidenciada em seu comportamento.
A iniciação realmente pode ser descrita como um milagre quando bem feita seguindo as indicações corretas.


Poderia descrever aqui os efeitos das mais diversas iniciações no dia a dia do indivíduo, mas não devemos esquecer que em território Yoruba o número de Orisas assentado para uma pessoa que não vai ser um sacerdote é muito reduzido e não raramente excede a três ou quatro, também pode acontecer que a necessidade de culto a um orisa familiar ou antepassado seja indicada por Ifá, ou que a pessoa jamais seja iniciada ou feita.

A iniciação aqui em nosso país passou a ser tratada como um complemento necessário e não como uma solução indicada; quando nascemos somos imperfeitos e assim seremos por toda a vida, o milagre da iniciação só vai amenizar os efeitos de tais imperfeições.

É muito comum ver pessoas feitas para Orisas,mas que na verdade deveriam ser iniciadas,criando assim inúmeras dificuldades,essa confusão entre iniciação e feitura limita as realizações pessoais e o não cumprimento do destino,implica em sofrimento e desgosto,esse problema se torna cada dia mais comum por falta de conhecimento dos sacerdotes.

Iniciação o milagre da vida.


Ao longo da história da humanidade o homem vem desenvolvendo uma série de atividades, criando assim uma maior condição de sobrevivência, e desenvolvendo uma capacidade de adaptação aonde o principio básico é a manutenção da vida.

Essa condição (natural) é sentida desde o primeiro momento após o nascimento quando instintivamente buscamos alimento no seio da mãe.
O desenvolvimento de armas e elementos facilitadores como máquinas e implementos contribuíram para um menor desgaste físico, mas paralelamente a isso houve um desenvolvimento mental habilitando esse mesmo elemento a viver com suas dúvidas e decepções.

Nesse período a crença em uma força superior auxiliou muito na manutenção da esperança e na compreensão das perdas assim como, estimulou a capacitação moral e ética.
Com o surgimento dos rituais de iniciação essa capacidade passou a ser aprimorada em território Yoruba.


As pessoas que são iniciadas para determinados Orisas seguem uma orientação de Ifá baseada em um principio da complementação.
Quando um sacerdote de Ifa é iniciado cumpre uma série de rituais e cultua os Orisas indicados nos odus relativos a sua iniciação,já no caso da pessoa não iniciada em Ifá o processo pode seguir uma orientação um pouco diferente.

A pessoa nascida gêmea já trás abundância e a alegria em seu nascimento; sua vida vai ser de fartura naturalmente, e sua forma alegre de ver as coisas com um pouco de infantilidade jamais vai deixar de existir. Considerando esse fato pode ser que Ifá oriente a mesma a ser iniciada em um Orisa que tenha um senso prático mais apurado, facilitando assim a vida da pessoa, trazendo para ela uma capacidade que em muitas vezes é deficiente no dia a dia da mesma.

É verdade que estamos aqui examinando uma iniciação, e não uma feitura; então falamos de necessidades apontadas para complemento suprindo assim uma deficiência que só não é encontrada em Olodumare.

Então se uma pessoa feita para Osun com uma capacidade enorme de amar em algum momento de sua vida vier a ter um problema em sua vida afetiva, não vai ser considerado o fato de ela amar de mais e sim o fato de amar a pessoa errada, sendo assim lhe falta discernimento na hora de eleger o parceiro.


Nesse caso poderá ser indicado a iniciação ao Orisa Obatala,criando assim uma forma de pensar e agir mais equilibrada na vida sentimental dessa pessoa, se isso não for feito seguirá por toda vida se unindo a pessoa errada trazendo assim uma decepção em sua vida afetiva,gerando uma forma de agir involuntária aonde a mesma termina desenvolvendo um comportamento em desalinho com seu destino.

A pessoa com tal problema poderá se unir por interesse, considerando que houveram inúmeras decepções,ou até mesmo desenvolver um comportamento narcisista e individualista gerado pelo medo de amar,a pessoa para de se doar,e assume um comportamento egoísta.

Esse tipo de situação pode ser resolvida com uma iniciação ou com outras formas de tratamento, sempre seguindo a orientação de Ifá, é bem verdade que iniciar uma pessoa não feita não é comum, mas é aceitável; muitas vezes a necessidade de uma iniciação antecede a feitura e em muitos casos substitui.

Vejamos então outro exemplo, uma pessoa nascida com problemas de saúde, por orientação de Ifa poderá ser iniciada no culto de vários orisas; mas o ideal é que primeiramente seja iniciada em Soponnan ou até mesmo em Olókun, Orisas mais diretamente ligados a essas questões,trazendo assim uma melhor qualidade de vida a essa pessoa que poderá ser feita ou não em um futuro. A diferença entre a feitura que exalta as qualidades já existentes no momento do nascimento, e a iniciação que justifica a reposição do que falta em nossa essência é muito forte: feitura e iniciação se diferem e as mesmas só podem ser indicadas por Ifá.


Assim como a iniciação, deixamos bem claro que a orientação pode ser um ebó, ou algum outro tipo de tratamento, e até mesmo uma feitura em caso extremo.
Voltando as iniciações, no caso de algumas pessoas feitas para Ogun poderá ser indicado iniciação em Yemonja. O filho de Ogun com toda sua vitalidade para o trabalho e os esportes com sua valentia e coragem muitas vezes sem perceber se afasta um pouco da família e a iniciação em Yemonja o ajudará nesse relacionamento com filhos e parentes.

Pode acontecer também que essa mesma pessoa feita de Ogun com toda essa vitalidade necessite da iniciação em Obatala para que tenha mais calma e enfrente os obstáculos com menos desgaste.

Quando analisamos o milagre da iniciação, depois de algum tempo comparando o comportamento do iniciado, fica claro a mudança; a influência do Orisa iniciado na vida da pessoa mesmo que ela já seja feita a muito tempo ou que ainda não tenha seu Orisa pessoal,é visível e fica evidenciada em seu comportamento.
A iniciação realmente pode ser descrita como um milagre quando bem feita seguindo as indicações corretas.


Poderia descrever aqui os efeitos das mais diversas iniciações no dia a dia do indivíduo, mas não devemos esquecer que em território Yoruba o número de Orisas assentado para uma pessoa que não vai ser um sacerdote é muito reduzido e não raramente excede a três ou quatro, também pode acontecer que a necessidade de culto a um orisa familiar ou antepassado seja indicada por Ifá, ou que a pessoa jamais seja iniciada ou feita.

A iniciação aqui em nosso país passou a ser tratada como um complemento necessário e não como uma solução indicada; quando nascemos somos imperfeitos e assim seremos por toda a vida, o milagre da iniciação só vai amenizar os efeitos de tais imperfeições.

É muito comum ver pessoas feitas para Orisas,mas que na verdade deveriam ser iniciadas,criando assim inúmeras dificuldades,essa confusão entre iniciação e feitura limita as realizações pessoais e o não cumprimento do destino,implica em sofrimento e desgosto,esse problema se torna cada dia mais comum por falta de conhecimento dos sacerdotes.

sábado, 5 de março de 2011



A roupa não faz o homem, Ifá?





Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Em um país  colonizado por um outro, de  religião católica, é evidente a influência religiosa e cultural,percebemos esses traços a cada minuto.

Quando andamos nas ruas sentimos os hábitos dos colonizadores presentes na cozinha em nossa língua e na cultura, com influência arquitetônica e comportamental, moramos e vivemos como europeus,com raras  exceções.

Até ai estaria tudo correto é a história do vencedor sobre o vencido, natural e em  todos lugares podemos sentir isso,porém é natural que com o tempo as pessoas consigam cortar tais influências,e terminem valorizando grande parte da essência original de uma cultura.

Quando falamos das religiões, podemos citar claramente uma tendência, cada vez maior, dos católicos visitarem Roma na tentativa de se aproximar de sua raiz, o mesmo acontece com os Judaicos,e também com os muçulmanos que constantemente viajam para suas terras de origem buscando informação e aumentando o conhecimento religioso e filosófico.

Para as pessoas que tem como religião o Orisa  a própria palavra em língua Yoruba mostra  o caminho a ser seguido,nossas raízes estão na Nigéria nos estados Yorubas que fazem parte desse país.

O natural seria com o tempo nos aproximarmos cada vez mais desse povo e tentar transformar a religião afro brasileira, em religião Yorubana,se falamos Yoruba nos rituais,e se cultuamos os Orisas divindades Yorubanas,isso é perfeitamente normal.


Em território Yoruba,as mulheres não costumam usar saia de armação,não usam sapatos para dançar para os Orisas entre tantas outras  coisas,todos rituais são praticados com roupas muito simples e tanto homens como mulheres permanecem de pés descalços nos rituais.

Isso é só um detalhe, em nossa terra ainda existe quem leva o iyawo na igreja para rezar.
A minha pergunta é: será que nossos irmãos ignoram  suas raízes ou admiram a origem de outras culturas;ou, seria pior ainda, tem vergonha da real condição de nossa essência?

A roupa não faz o homem, em muitos casos podemos ver um comportamento padrão como se tudo seguisse a famosa receita de bolo da roupa branca, não sabem nossos irmãos que em muitos  rituais o que menos importa é a roupa.

É comum ver um sacerdote Yoruba praticando um ritual sem camisa, isso é natural, praticamos uma religião que  é muito fácil de entender, o Orisa nos conhece desde antes de nascermos e dele não escondemos nada muito menos nosso corpo haja visto que em algumas iniciações o uso da roupa é desnecessário e a divindade se é que podemos chamar assim o Orisa não reconhece o indivíduo vestido.

As informações estão a disposição das pessoas, mas a boa vontade em aprender tem que partir delas,e o esforço para retirar de suas vidas o preconceito, vai exigir muito; temos que estar preparados para o encontro com nossas raízes que certamente não é em Roma,e muito menos em Salvador.

Não tenho nada contra o povo baiano, bem pelo contrário admiro muito esse povo alegre e lutador,mas nossa raiz não está na Bahia e sim na Nigéria.

Na Bahia,Pernambuco,Rio de Janeiro,e no Rio Grande do Sul,assim como em outros estados que receberam grande número de escravos,  foi e continua sendo vivenciada parte de uma história que começa em território Yoruba.

A roupa não faz o homem


Texto:Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Em um país  colonizado por um outro, de  religião católica, é evidente a influência religiosa e cultural,percebemos esses traços a cada minuto.

Quando andamos nas ruas sentimos os hábitos dos colonizadores presentes na cozinha em nossa língua e na cultura, com influência arquitetônica e comportamental, moramos e vivemos como europeus,com raras  exceções.

Até ai estaria tudo correto é a história do vencedor sobre o vencido, natural e em  todos lugares podemos sentir isso,porém é natural que com o tempo as pessoas consigam cortar tais influências,e terminem valorizando grande parte da essência original de uma cultura.

Quando falamos das religiões, podemos citar claramente uma tendência, cada vez maior, dos católicos visitarem Roma na tentativa de se aproximar de sua raiz, o mesmo acontece com os Judaicos,e também com os muçulmanos que constantemente viajam para suas terras de origem buscando informação e aumentando o conhecimento religioso e filosófico.

Para as pessoas que tem como religião o Orisa  a própria palavra em língua Yoruba mostra  o caminho a ser seguido,nossas raízes estão na Nigéria nos estados Yorubas que fazem parte desse país.

O natural seria com o tempo nos aproximarmos cada vez mais desse povo e tentar transformar a religião afro brasileira, em religião Yorubana,se falamos Yoruba nos rituais,e se cultuamos os Orisas divindades Yorubanas,isso é perfeitamente normal.


Em território Yoruba,as mulheres não costumam usar saia de armação,não usam sapatos para dançar para os Orisas entre tantas outras  coisas,todos rituais são praticados com roupas muito simples e tanto homens como mulheres permanecem de pés descalços nos rituais.

Isso é só um detalhe, em nossa terra ainda existe quem leva o iyawo na igreja para rezar.
A minha pergunta é: será que nossos irmãos ignoram  suas raízes ou admiram a origem de outras culturas;ou, seria pior ainda, tem vergonha da real condição de nossa essência?

A roupa não faz o homem, em muitos casos podemos ver um comportamento padrão como se tudo seguisse a famosa receita de bolo da roupa branca, não sabem nossos irmãos que em muitos  rituais o que menos importa é a roupa.

É comum ver um sacerdote Yoruba praticando um ritual sem camisa, isso é natural, praticamos uma religião que  é muito fácil de entender, o Orisa nos conhece desde antes de nascermos e dele não escondemos nada muito menos nosso corpo haja visto que em algumas iniciações o uso da roupa é desnecessário e a divindade se é que podemos chamar assim o Orisa não reconhece o indivíduo vestido.

As informações estão a disposição das pessoas, mas a boa vontade em aprender tem que partir delas,e o esforço para retirar de suas vidas o preconceito, vai exigir muito; temos que estar preparados para o encontro com nossas raízes que certamente não é em Roma,e muito menos em Salvador.

Não tenho nada contra o povo baiano, bem pelo contrário admiro muito esse povo alegre e lutador,mas nossa raiz não está na Bahia e sim na Nigéria.

Na Bahia,Pernambuco,Rio de Janeiro,e no Rio Grande do Sul,assim como em outros estados que receberam grande número de escravos,  foi e continua sendo vivenciada parte de uma história que começa em território Yoruba.

A roupa não faz o homem



Em um país  colonizado por um outro, de  religião católica, é evidente a influência religiosa e cultural,percebemos esses traços a cada minuto.

Quando andamos nas ruas sentimos os hábitos dos colonizadores presentes na cozinha em nossa língua e na cultura, com influência arquitetônica e comportamental, moramos e vivemos como europeus,com raras  exceções.

Até ai estaria tudo correto é a história do vencedor sobre o vencido, natural e em  todos lugares podemos sentir isso,porém é natural que com o tempo as pessoas consigam cortar tais influências,e terminem valorizando grande parte da essência original de uma cultura.

Quando falamos das religiões, podemos citar claramente uma tendência, cada vez maior, dos católicos visitarem Roma na tentativa de se aproximar de sua raiz, o mesmo acontece com os Judaicos,e também com os muçulmanos que constantemente viajam para suas terras de origem buscando informação e aumentando o conhecimento religioso e filosófico.

Para as pessoas que tem como religião o Orisa  a própria palavra em língua Yoruba mostra  o caminho a ser seguido,nossas raízes estão na Nigéria nos estados Yorubas que fazem parte desse país.

O natural seria com o tempo nos aproximarmos cada vez mais desse povo e tentar transformar a religião afro brasileira, em religião Yorubana,se falamos Yoruba nos rituais,e se cultuamos os Orisas divindades Yorubanas,isso é perfeitamente normal.


Em território Yoruba,as mulheres não costumam usar saia de armação,não usam sapatos para dançar para os Orisas entre tantas outras  coisas,todos rituais são praticados com roupas muito simples e tanto homens como mulheres permanecem de pés descalços nos rituais.

Isso é só um detalhe, em nossa terra ainda existe quem leva o iyawo na igreja para rezar.
A minha pergunta é: será que nossos irmãos ignoram  suas raízes ou admiram a origem de outras culturas;ou, seria pior ainda, tem vergonha da real condição de nossa essência?

A roupa não faz o homem, em muitos casos podemos ver um comportamento padrão como se tudo seguisse a famosa receita de bolo da roupa branca, não sabem nossos irmãos que em muitos  rituais o que menos importa é a roupa.

É comum ver um sacerdote Yoruba praticando um ritual sem camisa, isso é natural, praticamos uma religião que  é muito fácil de entender, o Orisa nos conhece desde antes de nascermos e dele não escondemos nada muito menos nosso corpo haja visto que em algumas iniciações o uso da roupa é desnecessário e a divindade se é que podemos chamar assim o Orisa não reconhece o indivíduo vestido.

As informações estão a disposição das pessoas, mas a boa vontade em aprender tem que partir delas,e o esforço para retirar de suas vidas o preconceito, vai exigir muito; temos que estar preparados para o encontro com nossas raízes que certamente não é em Roma,e muito menos em Salvador.

Não tenho nada contra o povo baiano, bem pelo contrário admiro muito esse povo alegre e lutador,mas nossa raiz não está na Bahia e sim na Nigéria.

Na Bahia,Pernambuco,Rio de Janeiro,e no Rio Grande do Sul,assim como em outros estados que receberam grande número de escravos,  foi e continua sendo vivenciada parte de uma história que começa em território Yoruba.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O louco o esperto

 Louco ou esperto, Ifá explica.




Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Quando comecei a escrever em meu blog e resolvi criar  uma comunidade,eu sabia das dificuldades que encontraria ,imaginava encontrar opositores  sacerdotes que  têm uma formação diferente da minha,isso tudo seria natural porque sabemos que existem algumas questões que automaticamente geram polêmicas.

Nunca imaginei que teria a dolorosa missão de contrariar inúmeros amigos que acreditam na mesma religião que eu acredito.

Estou entre a cruz e a espada como se diz, de um lado o público leigo e os praticantes que buscam informação,e do outro alguns sacerdotes que ainda nos dias de hoje acreditam na sincrética versão de nossa religião,é inacreditável mas ainda existe gente que leva os iniciados para assistir a missa católica.

Como se isso não bastasse,entre tantas coisas erradas ,tem o grupo que olha a data de nascimento para ver o odu no momento da consulta ao jogo de búzios, então diante de tantos equívocos resolvi compartilhar mais informação para os meus leitores.

Imagine se poderia existir  em território yoruba ,no meio da África , a mais de mil anos um cartório com dados e expedindo certidões de nascimento para os iniciados terem como base uma data para que seja feita a consulta a Ifa?

Existe um grupo de pessoas que acredita que a  numerologia tem  ligação com os odus .
Entre tantas coisas essa semana fui questionado sobre o orisa conhecido no Brasil como Iroko. Essa bela àrvore serve de morada para alguns orisas,mas, que não existe nenhum orisa com esse nome, isso eu posso garantir.

Seria aceitável se algumas pessoas leigas questionassem tais fatos ,mas vejo pessoas com dezenas de anos de iniciado fazendo tais colocações.

Aqueles que acreditam  saber de tudo um pouco,ainda afirmam que existe o odu de placenta,o odu da casa e o odu de nascimento,é tanta besteira junto, que  se torna impossível ficar quieto.

A questão do odu,para aqueles que ainda não sabem, vamos esclarecer."Se você  nascer  em território Yoruba e passar por alguns rituais,durante o período, logo após o seu nascimento, você  terá  um odu, que vai servir como referência para sua criação, e educação,ou se nascer em um outro país e passar por tais rituais ministrados por pessoas capacitadas."

  Existe também uma segunda hipótese, quando você é iniciado em Ifa,e passa por vários rituais, para então saber seu  odu .

Atualmente existe uma farta literatura sobre odu e o número de livros é muito grande, alguns que até confundem o nome dos odus,assim como outros que acreditam que Obara meji, é o odu mais rico que existe.

É tanta criatividade que eu  não sei se o individuo  é um louco, ou esperto,mas não resta  a menor dúvida de que ele é desinformado.

Outro dia encontrei um Babalorisa  na rua que me falou “que para assentar Oloogun Ede é necessário ter um peixe que a pessoa tenha pescado” é muito difícil escutar  tantas coisas  e ficar quieto.

Eu gostaria  muito que tais temas não necessitassem ser abordados,mas, isso se faz necessário, acredito muito na força transformadora do orisa, sei que não estou sozinho em minha caminhada,conheço pessoas que lutam contra tais aberrações, há muitos anos,e me identifico  com elas.

Há muitos anos atrás estivemos reunidos em Brasília com o ministro da cultura e com o ministro da justiça, juntamente com o presidente da fundação palmares, buscando uma solução para tais acontecimentos .Na ocasião fui convidado pelo ministro da justiça da época sua excelência  Mauricio Correa, para um churrasco em sua residência, e deixei bem claro o meu descontentamento, em uma conversa privada que tivemos, quando ele em bom tom me disse,"a culpa é de vocês mesmos, que não têm uma liderança forte no pais e representantes com condições de elaborar um sistema de forma a punir tais elementos,despreparados,que fazem parte do meio."

Hoje começo  a acreditar que ele tinha razão,chegou o momento de colocar tais pessoas despreparadas,em seus devidos lugares,porque,os sacerdotes de outras religiões conseguem o respeito das autoridades e da opinião pública, e nós não temos os mesmos privilégios.

Sempre  nossa religião é mencionada na mídia ou é de forma pejorativa ou em alusão ao treze de maio.

Cansei disso,faz tempo,que  busco outra saída  mais adequada,a cultura ,o conhecimento, e o alinhamento com as raízes religiosas,pois quem não está preparado que não se estabeleça,não é justo que os bons paguem pelos despreparados.