sábado, 5 de março de 2011



A roupa não faz o homem, Ifá?





Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Em um país  colonizado por um outro, de  religião católica, é evidente a influência religiosa e cultural,percebemos esses traços a cada minuto.

Quando andamos nas ruas sentimos os hábitos dos colonizadores presentes na cozinha em nossa língua e na cultura, com influência arquitetônica e comportamental, moramos e vivemos como europeus,com raras  exceções.

Até ai estaria tudo correto é a história do vencedor sobre o vencido, natural e em  todos lugares podemos sentir isso,porém é natural que com o tempo as pessoas consigam cortar tais influências,e terminem valorizando grande parte da essência original de uma cultura.

Quando falamos das religiões, podemos citar claramente uma tendência, cada vez maior, dos católicos visitarem Roma na tentativa de se aproximar de sua raiz, o mesmo acontece com os Judaicos,e também com os muçulmanos que constantemente viajam para suas terras de origem buscando informação e aumentando o conhecimento religioso e filosófico.

Para as pessoas que tem como religião o Orisa  a própria palavra em língua Yoruba mostra  o caminho a ser seguido,nossas raízes estão na Nigéria nos estados Yorubas que fazem parte desse país.

O natural seria com o tempo nos aproximarmos cada vez mais desse povo e tentar transformar a religião afro brasileira, em religião Yorubana,se falamos Yoruba nos rituais,e se cultuamos os Orisas divindades Yorubanas,isso é perfeitamente normal.


Em território Yoruba,as mulheres não costumam usar saia de armação,não usam sapatos para dançar para os Orisas entre tantas outras  coisas,todos rituais são praticados com roupas muito simples e tanto homens como mulheres permanecem de pés descalços nos rituais.

Isso é só um detalhe, em nossa terra ainda existe quem leva o iyawo na igreja para rezar.
A minha pergunta é: será que nossos irmãos ignoram  suas raízes ou admiram a origem de outras culturas;ou, seria pior ainda, tem vergonha da real condição de nossa essência?

A roupa não faz o homem, em muitos casos podemos ver um comportamento padrão como se tudo seguisse a famosa receita de bolo da roupa branca, não sabem nossos irmãos que em muitos  rituais o que menos importa é a roupa.

É comum ver um sacerdote Yoruba praticando um ritual sem camisa, isso é natural, praticamos uma religião que  é muito fácil de entender, o Orisa nos conhece desde antes de nascermos e dele não escondemos nada muito menos nosso corpo haja visto que em algumas iniciações o uso da roupa é desnecessário e a divindade se é que podemos chamar assim o Orisa não reconhece o indivíduo vestido.

As informações estão a disposição das pessoas, mas a boa vontade em aprender tem que partir delas,e o esforço para retirar de suas vidas o preconceito, vai exigir muito; temos que estar preparados para o encontro com nossas raízes que certamente não é em Roma,e muito menos em Salvador.

Não tenho nada contra o povo baiano, bem pelo contrário admiro muito esse povo alegre e lutador,mas nossa raiz não está na Bahia e sim na Nigéria.

Na Bahia,Pernambuco,Rio de Janeiro,e no Rio Grande do Sul,assim como em outros estados que receberam grande número de escravos,  foi e continua sendo vivenciada parte de uma história que começa em território Yoruba.

A roupa não faz o homem


Texto:Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Em um país  colonizado por um outro, de  religião católica, é evidente a influência religiosa e cultural,percebemos esses traços a cada minuto.

Quando andamos nas ruas sentimos os hábitos dos colonizadores presentes na cozinha em nossa língua e na cultura, com influência arquitetônica e comportamental, moramos e vivemos como europeus,com raras  exceções.

Até ai estaria tudo correto é a história do vencedor sobre o vencido, natural e em  todos lugares podemos sentir isso,porém é natural que com o tempo as pessoas consigam cortar tais influências,e terminem valorizando grande parte da essência original de uma cultura.

Quando falamos das religiões, podemos citar claramente uma tendência, cada vez maior, dos católicos visitarem Roma na tentativa de se aproximar de sua raiz, o mesmo acontece com os Judaicos,e também com os muçulmanos que constantemente viajam para suas terras de origem buscando informação e aumentando o conhecimento religioso e filosófico.

Para as pessoas que tem como religião o Orisa  a própria palavra em língua Yoruba mostra  o caminho a ser seguido,nossas raízes estão na Nigéria nos estados Yorubas que fazem parte desse país.

O natural seria com o tempo nos aproximarmos cada vez mais desse povo e tentar transformar a religião afro brasileira, em religião Yorubana,se falamos Yoruba nos rituais,e se cultuamos os Orisas divindades Yorubanas,isso é perfeitamente normal.


Em território Yoruba,as mulheres não costumam usar saia de armação,não usam sapatos para dançar para os Orisas entre tantas outras  coisas,todos rituais são praticados com roupas muito simples e tanto homens como mulheres permanecem de pés descalços nos rituais.

Isso é só um detalhe, em nossa terra ainda existe quem leva o iyawo na igreja para rezar.
A minha pergunta é: será que nossos irmãos ignoram  suas raízes ou admiram a origem de outras culturas;ou, seria pior ainda, tem vergonha da real condição de nossa essência?

A roupa não faz o homem, em muitos casos podemos ver um comportamento padrão como se tudo seguisse a famosa receita de bolo da roupa branca, não sabem nossos irmãos que em muitos  rituais o que menos importa é a roupa.

É comum ver um sacerdote Yoruba praticando um ritual sem camisa, isso é natural, praticamos uma religião que  é muito fácil de entender, o Orisa nos conhece desde antes de nascermos e dele não escondemos nada muito menos nosso corpo haja visto que em algumas iniciações o uso da roupa é desnecessário e a divindade se é que podemos chamar assim o Orisa não reconhece o indivíduo vestido.

As informações estão a disposição das pessoas, mas a boa vontade em aprender tem que partir delas,e o esforço para retirar de suas vidas o preconceito, vai exigir muito; temos que estar preparados para o encontro com nossas raízes que certamente não é em Roma,e muito menos em Salvador.

Não tenho nada contra o povo baiano, bem pelo contrário admiro muito esse povo alegre e lutador,mas nossa raiz não está na Bahia e sim na Nigéria.

Na Bahia,Pernambuco,Rio de Janeiro,e no Rio Grande do Sul,assim como em outros estados que receberam grande número de escravos,  foi e continua sendo vivenciada parte de uma história que começa em território Yoruba.

A roupa não faz o homem



Em um país  colonizado por um outro, de  religião católica, é evidente a influência religiosa e cultural,percebemos esses traços a cada minuto.

Quando andamos nas ruas sentimos os hábitos dos colonizadores presentes na cozinha em nossa língua e na cultura, com influência arquitetônica e comportamental, moramos e vivemos como europeus,com raras  exceções.

Até ai estaria tudo correto é a história do vencedor sobre o vencido, natural e em  todos lugares podemos sentir isso,porém é natural que com o tempo as pessoas consigam cortar tais influências,e terminem valorizando grande parte da essência original de uma cultura.

Quando falamos das religiões, podemos citar claramente uma tendência, cada vez maior, dos católicos visitarem Roma na tentativa de se aproximar de sua raiz, o mesmo acontece com os Judaicos,e também com os muçulmanos que constantemente viajam para suas terras de origem buscando informação e aumentando o conhecimento religioso e filosófico.

Para as pessoas que tem como religião o Orisa  a própria palavra em língua Yoruba mostra  o caminho a ser seguido,nossas raízes estão na Nigéria nos estados Yorubas que fazem parte desse país.

O natural seria com o tempo nos aproximarmos cada vez mais desse povo e tentar transformar a religião afro brasileira, em religião Yorubana,se falamos Yoruba nos rituais,e se cultuamos os Orisas divindades Yorubanas,isso é perfeitamente normal.


Em território Yoruba,as mulheres não costumam usar saia de armação,não usam sapatos para dançar para os Orisas entre tantas outras  coisas,todos rituais são praticados com roupas muito simples e tanto homens como mulheres permanecem de pés descalços nos rituais.

Isso é só um detalhe, em nossa terra ainda existe quem leva o iyawo na igreja para rezar.
A minha pergunta é: será que nossos irmãos ignoram  suas raízes ou admiram a origem de outras culturas;ou, seria pior ainda, tem vergonha da real condição de nossa essência?

A roupa não faz o homem, em muitos casos podemos ver um comportamento padrão como se tudo seguisse a famosa receita de bolo da roupa branca, não sabem nossos irmãos que em muitos  rituais o que menos importa é a roupa.

É comum ver um sacerdote Yoruba praticando um ritual sem camisa, isso é natural, praticamos uma religião que  é muito fácil de entender, o Orisa nos conhece desde antes de nascermos e dele não escondemos nada muito menos nosso corpo haja visto que em algumas iniciações o uso da roupa é desnecessário e a divindade se é que podemos chamar assim o Orisa não reconhece o indivíduo vestido.

As informações estão a disposição das pessoas, mas a boa vontade em aprender tem que partir delas,e o esforço para retirar de suas vidas o preconceito, vai exigir muito; temos que estar preparados para o encontro com nossas raízes que certamente não é em Roma,e muito menos em Salvador.

Não tenho nada contra o povo baiano, bem pelo contrário admiro muito esse povo alegre e lutador,mas nossa raiz não está na Bahia e sim na Nigéria.

Na Bahia,Pernambuco,Rio de Janeiro,e no Rio Grande do Sul,assim como em outros estados que receberam grande número de escravos,  foi e continua sendo vivenciada parte de uma história que começa em território Yoruba.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O louco o esperto

 Louco ou esperto, Ifá explica.




Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Quando comecei a escrever em meu blog e resolvi criar  uma comunidade,eu sabia das dificuldades que encontraria ,imaginava encontrar opositores  sacerdotes que  têm uma formação diferente da minha,isso tudo seria natural porque sabemos que existem algumas questões que automaticamente geram polêmicas.

Nunca imaginei que teria a dolorosa missão de contrariar inúmeros amigos que acreditam na mesma religião que eu acredito.

Estou entre a cruz e a espada como se diz, de um lado o público leigo e os praticantes que buscam informação,e do outro alguns sacerdotes que ainda nos dias de hoje acreditam na sincrética versão de nossa religião,é inacreditável mas ainda existe gente que leva os iniciados para assistir a missa católica.

Como se isso não bastasse,entre tantas coisas erradas ,tem o grupo que olha a data de nascimento para ver o odu no momento da consulta ao jogo de búzios, então diante de tantos equívocos resolvi compartilhar mais informação para os meus leitores.

Imagine se poderia existir  em território yoruba ,no meio da África , a mais de mil anos um cartório com dados e expedindo certidões de nascimento para os iniciados terem como base uma data para que seja feita a consulta a Ifa?

Existe um grupo de pessoas que acredita que a  numerologia tem  ligação com os odus .
Entre tantas coisas essa semana fui questionado sobre o orisa conhecido no Brasil como Iroko. Essa bela àrvore serve de morada para alguns orisas,mas, que não existe nenhum orisa com esse nome, isso eu posso garantir.

Seria aceitável se algumas pessoas leigas questionassem tais fatos ,mas vejo pessoas com dezenas de anos de iniciado fazendo tais colocações.

Aqueles que acreditam  saber de tudo um pouco,ainda afirmam que existe o odu de placenta,o odu da casa e o odu de nascimento,é tanta besteira junto, que  se torna impossível ficar quieto.

A questão do odu,para aqueles que ainda não sabem, vamos esclarecer."Se você  nascer  em território Yoruba e passar por alguns rituais,durante o período, logo após o seu nascimento, você  terá  um odu, que vai servir como referência para sua criação, e educação,ou se nascer em um outro país e passar por tais rituais ministrados por pessoas capacitadas."

  Existe também uma segunda hipótese, quando você é iniciado em Ifa,e passa por vários rituais, para então saber seu  odu .

Atualmente existe uma farta literatura sobre odu e o número de livros é muito grande, alguns que até confundem o nome dos odus,assim como outros que acreditam que Obara meji, é o odu mais rico que existe.

É tanta criatividade que eu  não sei se o individuo  é um louco, ou esperto,mas não resta  a menor dúvida de que ele é desinformado.

Outro dia encontrei um Babalorisa  na rua que me falou “que para assentar Oloogun Ede é necessário ter um peixe que a pessoa tenha pescado” é muito difícil escutar  tantas coisas  e ficar quieto.

Eu gostaria  muito que tais temas não necessitassem ser abordados,mas, isso se faz necessário, acredito muito na força transformadora do orisa, sei que não estou sozinho em minha caminhada,conheço pessoas que lutam contra tais aberrações, há muitos anos,e me identifico  com elas.

Há muitos anos atrás estivemos reunidos em Brasília com o ministro da cultura e com o ministro da justiça, juntamente com o presidente da fundação palmares, buscando uma solução para tais acontecimentos .Na ocasião fui convidado pelo ministro da justiça da época sua excelência  Mauricio Correa, para um churrasco em sua residência, e deixei bem claro o meu descontentamento, em uma conversa privada que tivemos, quando ele em bom tom me disse,"a culpa é de vocês mesmos, que não têm uma liderança forte no pais e representantes com condições de elaborar um sistema de forma a punir tais elementos,despreparados,que fazem parte do meio."

Hoje começo  a acreditar que ele tinha razão,chegou o momento de colocar tais pessoas despreparadas,em seus devidos lugares,porque,os sacerdotes de outras religiões conseguem o respeito das autoridades e da opinião pública, e nós não temos os mesmos privilégios.

Sempre  nossa religião é mencionada na mídia ou é de forma pejorativa ou em alusão ao treze de maio.

Cansei disso,faz tempo,que  busco outra saída  mais adequada,a cultura ,o conhecimento, e o alinhamento com as raízes religiosas,pois quem não está preparado que não se estabeleça,não é justo que os bons paguem pelos despreparados.

O louco o esperto

O louco o esperto
Texto:Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Quando comecei a escrever em meu blog e resolvi criar  uma comunidade,eu sabia das dificuldades que encontraria ,imaginava encontrar opositores  sacerdotes que  têm uma formação diferente da minha,isso tudo seria natural porque sabemos que existem algumas questões que automaticamente geram polêmicas.

Nunca imaginei que teria a dolorosa missão de contrariar inúmeros amigos que acreditam na mesma religião que eu acredito.

Estou entre a cruz e a espada como se diz, de um lado o público leigo e os praticantes que buscam informação,e do outro alguns sacerdotes que ainda nos dias de hoje acreditam na sincrética versão de nossa religião,é inacreditável mas ainda existe gente que leva os iniciados para assistir a missa católica.

Como se isso não bastasse,entre tantas coisas erradas ,tem o grupo que olha a data de nascimento para ver o odu no momento da consulta ao jogo de búzios, então diante de tantos equívocos resolvi compartilhar mais informação para os meus leitores.

Imagine se poderia existir  em território yoruba ,no meio da África , a mais de mil anos um cartório com dados e expedindo certidões de nascimento para os iniciados terem como base uma data para que seja feita a consulta a Ifa?

Existe um grupo de pessoas que acredita que a  numerologia tem  ligação com os odus .
Entre tantas coisas essa semana fui questionado sobre o orisa conhecido no Brasil como Iroko. Essa bela àrvore serve de morada para alguns orisas,mas, que não existe nenhum orisa com esse nome, isso eu posso garantir.

Seria aceitável se algumas pessoas leigas questionassem tais fatos ,mas vejo pessoas com dezenas de anos de iniciado fazendo tais colocações.

Aqueles que acreditam  saber de tudo um pouco,ainda afirmam que existe o odu de placenta,o odu da casa e o odu de nascimento,é tanta besteira junto, que  se torna impossível ficar quieto.

A questão do odu,para aqueles que ainda não sabem, vamos esclarecer."Se você  nascer  em território Yoruba e passar por alguns rituais,durante o período, logo após o seu nascimento, você  terá  um odu, que vai servir como referência para sua criação, e educação,ou se nascer em um outro país e passar por tais rituais ministrados por pessoas capacitadas."

  Existe também uma segunda hipótese, quando você é iniciado em Ifa,e passa por vários rituais, para então saber seu  odu .

Atualmente existe uma farta literatura sobre odu e o número de livros é muito grande, alguns que até confundem o nome dos odus,assim como outros que acreditam que Obara meji, é o odu mais rico que existe.

É tanta criatividade que eu  não sei se o individuo  é um louco, ou esperto,mas não resta  a menor dúvida de que ele é desinformado.

Outro dia encontrei um Babalorisa  na rua que me falou “que para assentar Oloogun Ede é necessário ter um peixe que a pessoa tenha pescado” é muito difícil escutar  tantas coisas  e ficar quieto.

Eu gostaria  muito que tais temas não necessitassem ser abordados,mas, isso se faz necessário, acredito muito na força transformadora do orisa, sei que não estou sozinho em minha caminhada,conheço pessoas que lutam contra tais aberrações, há muitos anos,e me identifico  com elas.

Há muitos anos atrás estivemos reunidos em Brasília com o ministro da cultura e com o ministro da justiça, juntamente com o presidente da fundação palmares, buscando uma solução para tais acontecimentos .Na ocasião fui convidado pelo ministro da justiça da época sua excelência  Mauricio Correa, para um churrasco em sua residência, e deixei bem claro o meu descontentamento, em uma conversa privada que tivemos, quando ele em bom tom me disse,"a culpa é de vocês mesmos, que não têm uma liderança forte no pais e representantes com condições de elaborar um sistema de forma a punir tais elementos,despreparados,que fazem parte do meio."

Hoje começo  a acreditar que ele tinha razão,chegou o momento de colocar tais pessoas despreparadas,em seus devidos lugares,porque,os sacerdotes de outras religiões conseguem o respeito das autoridades e da opinião pública, e nós não temos os mesmos privilégios.

Sempre  nossa religião é mencionada na mídia ou é de forma pejorativa ou em alusão ao treze de maio.

Cansei disso,faz tempo,que  busco outra saída  mais adequada,a cultura ,o conhecimento, e o alinhamento com as raízes religiosas,pois quem não está preparado que não se estabeleça,não é justo que os bons paguem pelos despreparados.

O louco o esperto

O louco o esperto

Quando comecei a escrever em meu blog e resolvi criar  uma comunidade,eu sabia das dificuldades que encontraria ,imaginava encontrar opositores  sacerdotes que  têm uma formação diferente da minha,isso tudo seria natural porque sabemos que existem algumas questões que automaticamente geram polêmicas.

Nunca imaginei que teria a dolorosa missão de contrariar inúmeros amigos que acreditam na mesma religião que eu acredito.

Estou entre a cruz e a espada como se diz, de um lado o público leigo e os praticantes que buscam informação,e do outro alguns sacerdotes que ainda nos dias de hoje acreditam na sincrética versão de nossa religião,é inacreditável mas ainda existe gente que leva os iniciados para assistir a missa católica.

Como se isso não bastasse,entre tantas coisas erradas ,tem o grupo que olha a data de nascimento para ver o odu no momento da consulta ao jogo de búzios, então diante de tantos equívocos resolvi compartilhar mais informação para os meus leitores.

Imagine se poderia existir  em território yoruba ,no meio da África , a mais de mil anos um cartório com dados e expedindo certidões de nascimento para os iniciados terem como base uma data para que seja feita a consulta a Ifa?

Existe um grupo de pessoas que acredita que a  numerologia tem  ligação com os odus .
Entre tantas coisas essa semana fui questionado sobre o orisa conhecido no Brasil como Iroko. Essa bela àrvore serve de morada para alguns orisas,mas, que não existe nenhum orisa com esse nome, isso eu posso garantir.

Seria aceitável se algumas pessoas leigas questionassem tais fatos ,mas vejo pessoas com dezenas de anos de iniciado fazendo tais colocações.

Aqueles que acreditam  saber de tudo um pouco,ainda afirmam que existe o odu de placenta,o odu da casa e o odu de nascimento,é tanta besteira junto, que  se torna impossível ficar quieto.

A questão do odu,para aqueles que ainda não sabem, vamos esclarecer."Se você  nascer  em território Yoruba e passar por alguns rituais,durante o período, logo após o seu nascimento, você  terá  um odu, que vai servir como referência para sua criação, e educação,ou se nascer em um outro país e passar por tais rituais ministrados por pessoas capacitadas."

  Existe também uma segunda hipótese, quando você é iniciado em Ifa,e passa por vários rituais, para então saber seu  odu .

Atualmente existe uma farta literatura sobre odu e o número de livros é muito grande, alguns que até confundem o nome dos odus,assim como outros que acreditam que Obara meji, é o odu mais rico que existe.

É tanta criatividade que eu  não sei se o individuo  é um louco, ou esperto,mas não resta  a menor dúvida de que ele é desinformado.

Outro dia encontrei um Babalorisa  na rua que me falou “que para assentar Oloogun Ede é necessário ter um peixe que a pessoa tenha pescado” é muito difícil escutar  tantas coisas  e ficar quieto.

Eu gostaria  muito que tais temas não necessitassem ser abordados,mas, isso se faz necessário, acredito muito na força transformadora do orisa, sei que não estou sozinho em minha caminhada,conheço pessoas que lutam contra tais aberrações, há muitos anos,e me identifico  com elas.

Há muitos anos atrás estivemos reunidos em Brasília com o ministro da cultura e com o ministro da justiça, juntamente com o presidente da fundação palmares, buscando uma solução para tais acontecimentos .Na ocasião fui convidado pelo ministro da justiça da época sua excelência  Mauricio Correa, para um churrasco em sua residência, e deixei bem claro o meu descontentamento, em uma conversa privada que tivemos, quando ele em bom tom me disse,"a culpa é de vocês mesmos, que não têm uma liderança forte no pais e representantes com condições de elaborar um sistema de forma a punir tais elementos,despreparados,que fazem parte do meio."

Hoje começo  a acreditar que ele tinha razão,chegou o momento de colocar tais pessoas despreparadas,em seus devidos lugares,porque,os sacerdotes de outras religiões conseguem o respeito das autoridades e da opinião pública, e nós não temos os mesmos privilégios.

Sempre  nossa religião é mencionada na mídia ou é de forma pejorativa ou em alusão ao treze de maio.

Cansei disso,faz tempo,que  busco outra saída  mais adequada,a cultura ,o conhecimento, e o alinhamento com as raízes religiosas,pois quem não está preparado que não se estabeleça,não é justo que os bons paguem pelos despreparados.

O louco o esperto

O louco o esperto

Quando comecei a escrever em meu blog e resolvi criar  uma comunidade,eu sabia das dificuldades que encontraria ,imaginava encontrar opositores  sacerdotes que  têm uma formação diferente da minha,isso tudo seria natural porque sabemos que existem algumas questões que automaticamente geram polêmicas.

Nunca imaginei que teria a dolorosa missão de contrariar inúmeros amigos que acreditam na mesma religião que eu acredito.

Estou entre a cruz e a espada como se diz, de um lado o público leigo e os praticantes que buscam informação,e do outro alguns sacerdotes que ainda nos dias de hoje acreditam na sincrética versão de nossa religião,é inacreditável mas ainda existe gente que leva os iniciados para assistir a missa católica.

Como se isso não bastasse,entre tantas coisas erradas ,tem o grupo que olha a data de nascimento para ver o odu no momento da consulta ao jogo de búzios, então diante de tantos equívocos resolvi compartilhar mais informação para os meus leitores.

Imagine se poderia existir  em território yoruba ,no meio da África , a mais de mil anos um cartório com dados e expedindo certidões de nascimento para os iniciados terem como base uma data para que seja feita a consulta a Ifa?

Existe um grupo de pessoas que acredita que a  numerologia tem  ligação com os odus .
Entre tantas coisas essa semana fui questionado sobre o orisa conhecido no Brasil como Iroko. Essa bela àrvore serve de morada para alguns orisas,mas, que não existe nenhum orisa com esse nome, isso eu posso garantir.

Seria aceitável se algumas pessoas leigas questionassem tais fatos ,mas vejo pessoas com dezenas de anos de iniciado fazendo tais colocações.

Aqueles que acreditam  saber de tudo um pouco,ainda afirmam que existe o odu de placenta,o odu da casa e o odu de nascimento,é tanta besteira junto, que  se torna impossível ficar quieto.

A questão do odu,para aqueles que ainda não sabem, vamos esclarecer."Se você  nascer  em território Yoruba e passar por alguns rituais,durante o período, logo após o seu nascimento, você  terá  um odu, que vai servir como referência para sua criação, e educação,ou se nascer em um outro país e passar por tais rituais ministrados por pessoas capacitadas."

  Existe também uma segunda hipótese, quando você é iniciado em Ifa,e passa por vários rituais, para então saber seu  odu .

Atualmente existe uma farta literatura sobre odu e o número de livros é muito grande, alguns que até confundem o nome dos odus,assim como outros que acreditam que Obara meji, é o odu mais rico que existe.

É tanta criatividade que eu  não sei se o individuo  é um louco, ou esperto,mas não resta  a menor dúvida de que ele é desinformado.

Outro dia encontrei um Babalorisa  na rua que me falou “que para assentar Oloogun Ede é necessário ter um peixe que a pessoa tenha pescado” é muito difícil escutar  tantas coisas  e ficar quieto.

Eu gostaria  muito que tais temas não necessitassem ser abordados,mas, isso se faz necessário, acredito muito na força transformadora do orisa, sei que não estou sozinho em minha caminhada,conheço pessoas que lutam contra tais aberrações, há muitos anos,e me identifico  com elas.

Há muitos anos atrás estivemos reunidos em Brasília com o ministro da cultura e com o ministro da justiça, juntamente com o presidente da fundação palmares, buscando uma solução para tais acontecimentos .Na ocasião fui convidado pelo ministro da justiça da época sua excelência  Mauricio Correa, para um churrasco em sua residência, e deixei bem claro o meu descontentamento, em uma conversa privada que tivemos, quando ele em bom tom me disse,"a culpa é de vocês mesmos, que não têm uma liderança forte no pais e representantes com condições de elaborar um sistema de forma a punir tais elementos,despreparados,que fazem parte do meio."

Hoje começo  a acreditar que ele tinha razão,chegou o momento de colocar tais pessoas despreparadas,em seus devidos lugares,porque,os sacerdotes de outras religiões conseguem o respeito das autoridades e da opinião pública, e nós não temos os mesmos privilégios.

Sempre  nossa religião é mencionada na mídia ou é de forma pejorativa ou em alusão ao treze de maio.

Cansei disso,faz tempo,que  busco outra saída  mais adequada,a cultura ,o conhecimento, e o alinhamento com as raízes religiosas,pois quem não está preparado que não se estabeleça,não é justo que os bons paguem pelos despreparados.