quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Segundo orisa no Ifá não existe.





Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Em nosso país, precisamos de um grande movimento buscando formas de informar melhor sobre nossa religião.
No dia-a-dia é flagrante a falta de um material para a pesquisa dos interessados em aprender sobre o culto aos orisas.

Um erro comum é no que diz respeito ao chamado Juntó, a mistura de religiões no Brasil é responsável pela idéia errada que toda pessoa precisa ter um segundo Orisa, muitas vezes sendo passada a idéia de que o indivíduo necessita de um pai e uma mãe espiritual.

Só existe uma feitura. Para os outros orisas a pessoa é somente iniciada no culto, conforme orientação de Ifa.
O ponto que vou abordar agora vai criar uma grande polêmica, mas é preciso fazer isso.
Não existe no culto aos Orisas, em território yoruba, a mínima possibilidade de uma pessoa ser montada por dois Orisas, sendo que ela só é feita para um e iniciada para os demais, se assim for solicitado.

Tentarei explicar melhor. Na feitura o indivíduo exalta o que já possui, e na iniciação ele recebe o que é necessário para o seu melhor viver (o que lhe falta).

Exemplo: se uma pessoa é feita para Obatala e não é feliz em sua vida sentimental, pode ou não ser iniciada no culto de Osun como forma de equilibrar essa deficiência. Evidente que por orientação de Ifa.

A mistura de cultos de origem Banto (culto aos inkices), com o ritual de origem Yoruba (culto aos Orisas), gerou tal confusão que as pessoas acreditam que podem até receber (ser montado) por vários Orisas. Isso pode criar sérios problemas para o iniciado.

Tal fato deve ser orientado como prática no mínimo equivocada, para não dizer sem sentido, pois só um Orisa foi feito.

Sendo assim, a pessoa pode ser iniciada para qualquer orisa depois da feitura, ou até mesmo ser iniciado para outro Orisa antes do seu. Dependendo exclusivamente da orientação de Ifa.

 Eu sempre digo que o homem está ficando tão pretensioso que já criou regras para o comportamento das divindades, e quase sempre termina se esquecendo de perguntar aos mesmos, e coloca sua opinião como sendo a verdade.

Essa pretensão pode acontecer por várias razões: falta de conhecimento ou falta de caráter, mas sempre quem paga o preço é o iniciado.


Juntó, segundo orisa?

Juntó, segundo orisa?

Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Em nosso país, precisamos de um grande movimento buscando formas de informar melhor sobre nossa religião.
No dia-a-dia é flagrante a falta de um material para a pesquisa dos interessados em aprender sobre o culto aos orisas.

Um erro comum é no que diz respeito ao chamado Juntó, a mistura de religiões no Brasil é responsável pela idéia errada que toda pessoa precisa ter um segundo Orisa, muitas vezes sendo passada a idéia de que o indivíduo necessita de um pai e uma mãe espiritual.

Só existe uma feitura. Para os outros orisas a pessoa é somente iniciada no culto, conforme orientação de Ifa.
O ponto que vou abordar agora vai criar uma grande polêmica, mas é preciso fazer isso.
Não existe no culto aos Orisas, em território yoruba, a mínima possibilidade de uma pessoa ser montada por dois Orisas, sendo que ela só é feita para um e iniciada para os demais, se assim for solicitado.

Tentarei explicar melhor. Na feitura o indivíduo exalta o que já possui, e na iniciação ele recebe o que é necessário para o seu melhor viver (o que lhe falta).

Exemplo: se uma pessoa é feita para Obatala e não é feliz em sua vida sentimental, pode ou não ser iniciada no culto de Osun como forma de equilibrar essa deficiência. Evidente que por orientação de Ifa.

A mistura de cultos de origem Banto (culto aos inkices), com o ritual de origem Yoruba (culto aos Orisas), gerou tal confusão que as pessoas acreditam que podem até receber (ser montado) por vários Orisas. Isso pode criar sérios problemas para o iniciado.

Tal fato deve ser orientado como prática no mínimo equivocada, para não dizer sem sentido, pois só um Orisa foi feito.

Sendo assim, a pessoa pode ser iniciada para qualquer orisa depois da feitura, ou até mesmo ser iniciado para outro Orisa antes do seu. Dependendo exclusivamente da orientação de Ifa.

 Eu sempre digo que o homem está ficando tão pretensioso que já criou regras para o comportamento das divindades, e quase sempre termina se esquecendo de perguntar aos mesmos, e coloca sua opinião como sendo a verdade.

Essa pretensão pode acontecer por várias razões: falta de conhecimento ou falta de caráter, mas sempre quem paga o preço é o iniciado.

Ire,o

Juntó, segundo orisa?

Juntó, segundo orisa?

Em nosso país, precisamos de um grande movimento buscando formas de informar melhor sobre nossa religião.
No dia-a-dia é flagrante a falta de um material para a pesquisa dos interessados em aprender sobre o culto aos orisas.

Um erro comum é no que diz respeito ao chamado Juntó, a mistura de religiões no Brasil é responsável pela idéia errada que toda pessoa precisa ter um segundo Orisa, muitas vezes sendo passada a idéia de que o indivíduo necessita de um pai e uma mãe espiritual.

Só existe uma feitura. Para os outros orisas a pessoa é somente iniciada no culto, conforme orientação de Ifa.
O ponto que vou abordar agora vai criar uma grande polêmica, mas é preciso fazer isso.
Não existe no culto aos Orisas, em território yoruba, a mínima possibilidade de uma pessoa ser montada por dois Orisas, sendo que ela só é feita para um e iniciada para os demais, se assim for solicitado.

Tentarei explicar melhor. Na feitura o indivíduo exalta o que já possui, e na iniciação ele recebe o que é necessário para o seu melhor viver (o que lhe falta).

Exemplo: se uma pessoa é feita para Obatala e não é feliz em sua vida sentimental, pode ou não ser iniciada no culto de Osun como forma de equilibrar essa deficiência. Evidente que por orientação de Ifa.

A mistura de cultos de origem Banto (culto aos inkices), com o ritual de origem Yoruba (culto aos Orisas), gerou tal confusão que as pessoas acreditam que podem até receber (ser montado) por vários Orisas. Isso pode criar sérios problemas para o iniciado.

Tal fato deve ser orientado como prática no mínimo equivocada, para não dizer sem sentido, pois só um Orisa foi feito.

Sendo assim, a pessoa pode ser iniciada para qualquer orisa depois da feitura, ou até mesmo ser iniciado para outro Orisa antes do seu. Dependendo exclusivamente da orientação de Ifa.

 Eu sempre digo que o homem está ficando tão pretensioso que já criou regras para o comportamento das divindades, e quase sempre termina se esquecendo de perguntar aos mesmos, e coloca sua opinião como sendo a verdade.

Essa pretensão pode acontecer por várias razões: falta de conhecimento ou falta de caráter, mas sempre quem paga o preço é o iniciado.

Ire,o

Juntó, segundo orisa?

Juntó, segundo orisa?

Em nosso país, precisamos de um grande movimento buscando formas de informar melhor sobre nossa religião.
No dia-a-dia é flagrante a falta de um material para a pesquisa dos interessados em aprender sobre o culto aos orisas.

Um erro comum é no que diz respeito ao chamado Juntó, a mistura de religiões no Brasil é responsável pela idéia errada que toda pessoa precisa ter um segundo Orisa, muitas vezes sendo passada a idéia de que o indivíduo necessita de um pai e uma mãe espiritual.

Só existe uma feitura. Para os outros orisas a pessoa é somente iniciada no culto, conforme orientação de Ifa.
O ponto que vou abordar agora vai criar uma grande polêmica, mas é preciso fazer isso.
Não existe no culto aos Orisas, em território yoruba, a mínima possibilidade de uma pessoa ser montada por dois Orisas, sendo que ela só é feita para um e iniciada para os demais, se assim for solicitado.

Tentarei explicar melhor. Na feitura o indivíduo exalta o que já possui, e na iniciação ele recebe o que é necessário para o seu melhor viver (o que lhe falta).

Exemplo: se uma pessoa é feita para Obatala e não é feliz em sua vida sentimental, pode ou não ser iniciada no culto de Osun como forma de equilibrar essa deficiência. Evidente que por orientação de Ifa.

A mistura de cultos de origem Banto (culto aos inkices), com o ritual de origem Yoruba (culto aos Orisas), gerou tal confusão que as pessoas acreditam que podem até receber (ser montado) por vários Orisas. Isso pode criar sérios problemas para o iniciado.

Tal fato deve ser orientado como prática no mínimo equivocada, para não dizer sem sentido, pois só um Orisa foi feito.

Sendo assim, a pessoa pode ser iniciada para qualquer orisa depois da feitura, ou até mesmo ser iniciado para outro Orisa antes do seu. Dependendo exclusivamente da orientação de Ifa.

 Eu sempre digo que o homem está ficando tão pretensioso que já criou regras para o comportamento das divindades, e quase sempre termina se esquecendo de perguntar aos mesmos, e coloca sua opinião como sendo a verdade.

Essa pretensão pode acontecer por várias razões: falta de conhecimento ou falta de caráter, mas sempre quem paga o preço é o iniciado.

Ire,o

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Um dia de tristeza

Um dia de tristeza
Texto: Babalawo Ifagbaiyin


Hoje quando acordei não imaginei o dia que teria e tão pouco pensei em escrever um informativo, mas quando vi os meus e-mails e recebi a noticia do falecimento do pai Pérsio, comecei a pensar  quanto se perdeu com a morte desse grande conhecedor do culto ao orisa Sango e da religião afrobrasileira.
Logo depois, olhando os meus recados, vi algo que me chamou atenção. Mais uma pessoa, um amigo sacerdote de Oloogun Ede, agradecendo os meus informativos e falando sobre a necessidade ensinar as pessoas e o quanto é terrível para os iniciados o chamado depois (agora não é hora, ainda não pode saber) e outras frases que desanimam os dedicados filhos carentes de aprendizado.
Como eu pratico a religião tradicional Yoruba e não o Candomblé, fico a vontade para comentar esse assunto embora tenha uma grande consideração com a religião afrobrasileira, porque fui iniciado nela.
Primeiramente é bom que as pessoas fiquem sabendo que em território yoruba não existe obrigação de um ano, de 3 anos,  de 7 anos e muito menos a tal loucura dos 21 anos. Todo iniciado recebe junto com seu orisa o seu jogo de búzios e não existe esse festival de cargos como em nosso país, que quando o sacerdote fica em dúvida, coloca a pessoa imediatamente como Ogan ou Ekedji. Cargos esses que em muitos lugares do território Yoruba nunca ninguém ouviu falar, pelo menos não por esse nome, existe sim Alabe e outras funções.
Essa coisa de que agora não é hora é complicado,  quando então seria a hora?
Nesse caso fico com uma frase de dona Estela de Osossi que diz “Meu tempo é agora.”.
Eu pessoalmente acredito que toda pessoa que pratica a história do depois, tem um ou outro problema, ou não sabe, ou tem insegurança sobre o que sabe e se a procedência é verdadeira. O que é o mais comum, o tal de ouvi falar, muito usado no dia-a-dia.
Fica então um alerta nos dias de hoje, se não nos propomos a ensinar nossos filhos, a internet o fará. E será que ele terá condições de eleger os melhores textos para ler?
Com certeza a nossa religião perdeu muito no dia de hoje com a morte desse grande sacerdote, mas estamos perdendo tanto e a tanto tempo que a grande maioria das pessoas já se acostumou a serem perdedores.

Um dia de tristeza

Um dia de tristeza



Hoje quando acordei não imaginei o dia que teria e tão pouco pensei em escrever um informativo, mas quando vi os meus e-mails e recebi a noticia do falecimento do pai Pérsio, comecei a pensar  quanto se perdeu com a morte desse grande conhecedor do culto ao orisa Sango e da religião afrobrasileira.
Logo depois, olhando os meus recados, vi algo que me chamou atenção. Mais uma pessoa, um amigo sacerdote de Oloogun Ede, agradecendo os meus informativos e falando sobre a necessidade ensinar as pessoas e o quanto é terrível para os iniciados o chamado depois (agora não é hora, ainda não pode saber) e outras frases que desanimam os dedicados filhos carentes de aprendizado.
Como eu pratico a religião tradicional Yoruba e não o Candomblé, fico a vontade para comentar esse assunto embora tenha uma grande consideração com a religião afrobrasileira, porque fui iniciado nela.
Primeiramente é bom que as pessoas fiquem sabendo que em território yoruba não existe obrigação de um ano, de 3 anos,  de 7 anos e muito menos a tal loucura dos 21 anos. Todo iniciado recebe junto com seu orisa o seu jogo de búzios e não existe esse festival de cargos como em nosso país, que quando o sacerdote fica em dúvida, coloca a pessoa imediatamente como Ogan ou Ekedji. Cargos esses que em muitos lugares do território Yoruba nunca ninguém ouviu falar, pelo menos não por esse nome, existe sim Alabe e outras funções.
Essa coisa de que agora não é hora é complicado,  quando então seria a hora?
Nesse caso fico com uma frase de dona Estela de Osossi que diz “Meu tempo é agora.”.
Eu pessoalmente acredito que toda pessoa que pratica a história do depois, tem um ou outro problema, ou não sabe, ou tem insegurança sobre o que sabe e se a procedência é verdadeira. O que é o mais comum, o tal de ouvi falar, muito usado no dia-a-dia.
Fica então um alerta nos dias de hoje, se não nos propomos a ensinar nossos filhos, a internet o fará. E será que ele terá condições de eleger os melhores textos para ler?
Com certeza a nossa religião perdeu muito no dia de hoje com a morte desse grande sacerdote, mas estamos perdendo tanto e a tanto tempo que a grande maioria das pessoas já se acostumou a serem perdedores.

Um dia de tristeza

Um dia de tristeza



Hoje quando acordei não imaginei o dia que teria e tão pouco pensei em escrever um informativo, mas quando vi os meus e-mails e recebi a noticia do falecimento do pai Pérsio, comecei a pensar  quanto se perdeu com a morte desse grande conhecedor do culto ao orisa Sango e da religião afrobrasileira.
Logo depois, olhando os meus recados, vi algo que me chamou atenção. Mais uma pessoa, um amigo sacerdote de Oloogun Ede, agradecendo os meus informativos e falando sobre a necessidade ensinar as pessoas e o quanto é terrível para os iniciados o chamado depois (agora não é hora, ainda não pode saber) e outras frases que desanimam os dedicados filhos carentes de aprendizado.
Como eu pratico a religião tradicional Yoruba e não o Candomblé, fico a vontade para comentar esse assunto embora tenha uma grande consideração com a religião afrobrasileira, porque fui iniciado nela.
Primeiramente é bom que as pessoas fiquem sabendo que em território yoruba não existe obrigação de um ano, de 3 anos,  de 7 anos e muito menos a tal loucura dos 21 anos. Todo iniciado recebe junto com seu orisa o seu jogo de búzios e não existe esse festival de cargos como em nosso país, que quando o sacerdote fica em dúvida, coloca a pessoa imediatamente como Ogan ou Ekedji. Cargos esses que em muitos lugares do território Yoruba nunca ninguém ouviu falar, pelo menos não por esse nome, existe sim Alabe e outras funções.
Essa coisa de que agora não é hora é complicado,  quando então seria a hora?
Nesse caso fico com uma frase de dona Estela de Osossi que diz “Meu tempo é agora.”.
Eu pessoalmente acredito que toda pessoa que pratica a história do depois, tem um ou outro problema, ou não sabe, ou tem insegurança sobre o que sabe e se a procedência é verdadeira. O que é o mais comum, o tal de ouvi falar, muito usado no dia-a-dia.
Fica então um alerta nos dias de hoje, se não nos propomos a ensinar nossos filhos, a internet o fará. E será que ele terá condições de eleger os melhores textos para ler?
Com certeza a nossa religião perdeu muito no dia de hoje com a morte desse grande sacerdote, mas estamos perdendo tanto e a tanto tempo que a grande maioria das pessoas já se acostumou a serem perdedores.