Autor: Babalawo Ifagbaiyin
Mesmo que todos os energúmenos perpetuem através de seus descendentes a canalhice que alavanca o crime, disfarçado de política que suga as fontes de riqueza de nossa terra, e que tudo isso continue.
Mesmo que se assista todos os dias a loucura da ignorância que aliena a mente e corpo de jovens que jamais sentirão o prazer de serem libertos.
Mesmo que se veja por uma fresta minúscula a esperança entre devaneios e sonhos.
Mesmo que a diferença entre o obvio e o imperdoável não seja sentida pela ausência de sensibilidade provocada antecipadamente de forma dissimulada e divulgada.
E mesmo que venha de fora uma classe de velhos estelionatários disfarçada de homens santos.
E se a fé se misturar com a delinquência, e o sagrado for banalizado.
Mesmo que que meu corpo deixe de sentir, meu intimo vai seguir com a emoção inexplicável de amar essa terra.
E se faltar espaço nas prisões para colocar esse tipo que se diz nosso representante, e que tenhamos que respirar o mesmo ar apodrecido que essa espécie exala, eu ainda encherei o peito para gritar que esse é o meu país.
E com eufemismo evidencio que estou chegando com força.