domingo, 29 de setembro de 2013

BRASIL MOSTRA A TUA CARA.


Autor: Babalawo Ifagbaiyin  Agboola.


A história politica recente do Brasil é tão vergonhosa que parece que a mãe pátria deu a luz a inúmeros filhos sem nenhuma vergonha.

Em meio a escândalos, desvios de verbas e acidentes fatais envolvendo pessoas que denunciaram os corruptos, as páginas da história da nossa politica estão sendo escritas.

Partes de nossa população não escondem o instinto corrupto.

 A lei que se faz presente é a lei da vantagem, onde o que mais se vê é o uso do comportamento politicamente incorreto.

Nas religiões não é muito diferente da politica, acontece de tudo um pouco.
Constantemente atendo pessoas que se dizem iniciados, mas o relato delas me deixa bastante preocupado com o futuro de nossa religião no Brasil.

A ordem que essas pessoas descrevem de suas iniciações, não existe, assim como não existe iniciação em òrìsà, pelo correio.

Nos últimos meses tenho recebido relatos de pessoas que são iniciadas sem estar presente nos rituais, isso é impossível.

A falta de vergonha de supostos sacerdotes me faz pensar sobre a capacidade humana, me parece que tudo pode ser negociado, que tudo tem um preço e isso me envergonha.

Já denunciei várias vezes à venda de òrìsàs pelo correio!

 Você recebe em casa Egbe Orun, Obalúwàiyé, Èṣù Awure, Ṣàngó e outros òrìsàs, sem ter tido qualquer contato com os sacerdotes que preparam esses òrìsàs.

Como é que um òrìsà é preparado na Nigéria para uma pessoa sem a sua presença?

Essas loucuras necessitam ser combatidas.

 Hoje um sujeito me ofereceu na rede social, segredos do culto de Iya mi, me parece que as pessoas estão sem nenhum escrúpulo.

Alguns awos de hoje, desconhecem que existem várias formas de alimentar um opele.

 O opele que passa por rituais junto com ifá na iniciação passa por outros rituais bem diferentes, para atender clientes, existem vários tipo de opele e várias consagrações diferentes.

No caso do opon, assim como opele, cada tipo de consagração tem uma finalidade, o opon do awo ifá, é consagrado diferente, do opon do Bàbàláwo.

O processo que envolve a formação de um Bàbàláwo é fundamentado em muita dedicação e paciência, além de muita seriedade e responsabilidade.
Está sendo criada uma nova versão do que é a religião tradicional yoruba, distorcendo o que ela tem de mais bonito e mais puro.

Será que as pessoas acreditam que o dinheiro compra tudo?
Existem pessoas em nosso meio prejudicando a imagem daquilo que mais respeitamos, que é o òrìsà.

Quando isso tudo vai ter uma solução?

A questão é histórica, o culpado é aquele que aceita o dinheiro, ou o que paga por algo que não tem direito?

 A vergonha maior é saber que tanto um como outro sempre vão procurar justificar os seus atos com boas intenções.









BRASIL MOSTRA A TUA CARA.


A história politica recente do Brasil é tão vergonhosa, que a mãe pátria pariu inúmeros filhos sem nenhuma vergonha, em meio a escândalos, desvios de verbas e acidentes fatais envolvendo pessoas que denunciaram corruptos, as páginas da história de nosso povo estão sendo escritas.

Partes de nossa população, homens, mulheres e até crianças, não escondem o instinto corrupto, a lei que se faz presente, é a lei da vantagem onde o que mais se vê é o uso do comportamento politicamente incorreto.

Há algum tempo atrás, li em uma revista, uma declaração de um babalawo que disse “no Brasil não tem dez babalawos de verdade”, isso na época me deixou muito irritado, fiquei triste porque imaginava que a pessoa queria chamar a atenção para a sua boa formação de sacerdote, desfazendo da formação dos outros.

Constantemente atendo pessoas que se dizem babalawos, a grande maioria deles não foi apresentado, para iya odu, e fizeram uma iniciação no mínimo estranha, o número de cerimonias descritas por essas pessoas, lembra mais um isefa, com algumas invenções.

A ordem que essas pessoas descrevem de suas iniciações, não existe, assim como não existe iniciação em egungun, pelo correio, no meu caso eu antes de receber por ordem do meu oluwo, das mãos do meu babalawo o primeiro baba egungun de minha casa, cultuei egungun, em isan, mais de vinte anos, como alguém pode ser iniciado pelo correio?

Nos últimos meses tenho recebido relatos de pessoas que são iniciadas sem estar presente, em rituais, a grande maioria das pessoas deveriam ser orientadas haja visto que a presença na iniciação é condição primeira para os rituais, além da aprovação de ifá.

A falta de vergonha de supostos oluwos, me faz pensar sobre a capacidade humana em termos de que tudo pode ser negociado, que tudo tem um preço e isso me vergonha.

Já denunciei várias vezes à venda de iya odu, pelo correio, se não fosse isso a venda de òrìsàs vindos da Nigéria na cidade de São Paulo, já vem sendo feita, há algum tempo.

 Você recebe em casa Egbe Orun, Obaluaiyê, Esu Awere, Sango e outros òrìsàs, sem ter tido qualquer contato com os sacerdotes que preparam esses orisás, mesmo você não sendo iniciado.
Como é que um òrìsà é preparado na África, para alguém que o sacerdote desconhece o nome e que não sabe nada dessa divindade?

Isso seria a mesma coisa, que iniciar um leigo em Ogboni.
 Essas loucuras tem que serem combatidas, hoje mesmo um sujeito me ofereceu no facebook, segredos do culto de Iya mi, as pessoas estão completamente sem vergonha.

Alguns dos babalawos de hoje, desconhecem que existem várias formas de alimentar um opele.
 O opele que passa por rituais junto com ifá na iniciação passa por outros rituais bem diferentes, para atender clientes, existem vários tipo de opele e várias consagrações diferentes.

O opon assim como opele, cada uma direcionada para uma finalidade, passam por rituais distintos, o opon do awo ifá, é consagrado diferente, do opon do babalawo.

O processo que envolve a formação de um babalawo é fundamentado em muita dedicação e paciência, além de muita seriedade e responsabilidade.

O Conselho Nacional de Ifá vai enfrentar muitas dificuldades, muitas pessoas não conseguem abrir mão de crenças particulares, e carregam isso para dentro do culto de ifá. Esse fato cria uma nova versão do que é a religião tradicional yoruba, distorcendo o que ela tem, de mais bonito e mais puro, que é a simplicidade dos rituais.

 O carnaval esta no Brasil, para o ifá, assim como a falta de respeito com as pessoas que procuram a nossa religião, esta para a divulgação de coisas que não existem.

O trabalho do CNI vai exigir paciência e pulso forte, os membros do conselho vão precisar de apoio jurídico que através das leis de nosso país, podem coibir invencionices que estão sendo usadas para preencher a lacuna da falta de informação.

Às vezes penso, será que o babalawo, que deu a declaração à revista tem razão?

A questão é histórica, o maior corrupto é o que aceita o dinheiro, ou aquele que paga por algo que não tem direito.

 A vergonha maior é saber que tanto um como outro sempre vão procurar justificar os seus atos com boas intenções.




quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Iniciação em ifá sem mistérios




Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Quando se ouve falar de um itefá algumas pessoas menos avisadas imaginam algo impossível de ser feito no Brasil.

Na verdade o itefá já é feito no Brasil há muitos anos, vejo falar de tudo, leio coisas que parecem um conto de fadas, já li desde plantas especiais, até tipo de terra especial em um Igbodu, em meio a tudo isso fico imaginando o que o leigo consegue entender sobre a iniciação em ifá e as suas implicações.

É evidente que entre esses grandes números de informações destorcidos, existem duas ou três razões, a primeira delas é a falta de informações das pessoas que divulgam, a segunda eu considero pior, que é o interesse em dificultar para que se sinta a implicação direta de que quanto mais difícil mais caro deva ser cobrado.

Então seguindo os versos de ifá, vou tentar afastar os mistérios de uma iniciação, pretendo aqui descrever alguns rituais sem ofender os segredos contidos dentro do Igbodu.

Todos sabem que para que um itefa seja realizado, é necessário mais de um Bàbàláwo, na Nigéria é comum se ver, vinte Bàbàláwos para fazer um itefa, lá tudo é bem diferente daqui e os Bàbàláwos são muito unidos, todos respeitam as diferenças familiares em rituais e convivem em harmonia, o fato de necessitar várias pessoas para um itefá, poderá ser percebido conforme segue a orientação de Orunmila nesse ifá.

O trabalho que envolve uma iniciação pode ser visto de duas formas, existem dois tipos de Igbodu, o que é construído só com folhas ou aquele que já é pré-construído e abriga ìyá odu, durante todo o ano, esse segundo é mais comum, haja visto que todos sabem que mulheres não podem ter acesso a esse assentamento, então na Nigéria é comum que ìyá odu seja mantida em uma pequena construção de alvenaria ou madeira.

Outro erro que é visto no nosso país e a referência ao Igbodu, (floresta sagrada), tradução essa que é vista por leigos como a necessidade de iniciar uma pessoa em ifá no meio das matas, é verdade que em algumas aldeias retiradas, ainda tem bastante árvores, mais ninguém fica no meio do mato abandonado por três dias e três noites, me divirto quando ouço esses relatos.

Após a consulta a ifá que identifica o momento exato da iniciação e é constatada a autorização de ifá, para que aquele sacerdote dirija a cerimonia após a chegada da pessoa a ser iniciada, com todos os matérias que foram previamente comprados de acordo com a orientação do Bàbàláwo, se inicia as cerimônias, que depende da família, são em torno de 50 rituais diferentes.

Um ou dois Bàbàláwos são encarregados de preparar o Igbodu com folhas, dividindo a entrada e o espaço a ser utilizado em duas partes, um dos Bàbàláwos após a preparação do ambiente, alimenta a terra e pede permissão para construir o caminho que eleva ao ambiente sagrado, depositando na terra, búzios e dois ou três elementos a mais em número impar de um lado e par do outro lado da estrada, que dá acesso ao local, previamente preparado.

O grupo que vai participar da iniciação se divide em tarefas, enquanto a ìyá apetebi cuida dos pertences do iniciado, a Iyanifa prepara o carrego para a entrada no Igbodu, em meio a isso, o Oluwo e o Bàbàláwo amarram simultaneamente em um dos braços e uma das pernas um pedaço de tecido virgem branco que contém uma parte de um dinheiro que representam o pagamento para o inicio dos rituais.

Começa então um cortejo que se desenvolve em direção ao Igbodu, com o Oluwo na frente conduzindo Osun (antepassado), que representa o reconhecimento dos antepassados para o ritual que se inicia, seguido pelo Bàbàláwo e a ìyá apetebi, com o yangui de Èṣù, sobre a cabeça, esse ritual que apresenta o iniciado aos antepassados dos familiares retrata o esforço que ele faz para agradar as divindades, em um carrego bastante amplo, amostras de cada um dos elementos a serem usados na iniciação, são conduzidas sobre a cabeça do iniciado, acompanhado dos membros do egbe ifá, amparado pelo Iyanifa que agrada com dendê, gim, algumas divindades aos pés do cortejo.

Na entrada do Igbodu o iniciado vai estar vendado, pois até que sejam formalizados os rituais para que ele entre na parte que antecede o Igbodu, muitas coisa acontece, ele é envolvido em um clima de expectativa sentado segurando os animais e o material, enquanto o Oluwo e o Bàbàláwo oferecem Obì e orógbó para Èṣù Odara e Orunmila.

Após a autorização a venda é retirada todo material é colocado dentro do Igbodu e se inicia a raspagem do iniciado, é claro que todos entendem a razão de omitir alguns detalhes aqui, vamos seguir a descrição, deixando pequenos espaços, mas desmistificando o grosso dos rituais. Os rituais prosseguem simultaneamente, os mesmos Bàbàláwos que preparam Osun (antepassados), previamente para a cerimônia reservam uma parte das folhas que vai ser usada junto com um elemento especifico para lavar os olhos das pessoas que vão começar os rituais dentro do Igbodu.

O primeiro grupo trabalha na preparação da parte interna do Igbodu, e o segundo grupo prepara o iniciado, pode acontecer nesse espaço de tempo que um terceiro grupo busque fora elementos que caracterizam o ritual que jamais podem ser mencionados ou vistos por quem não tenha participado de tal ritual antes.
O numero de cerimônias da uma dimensão da quantidade de trabalho, esse número grande de pessoas precisa usar os banheiros que devem estar limpos e evidentemente precisa estar bem alimentados, o que implica em muito trabalho nos bastidores.

Após a entrada o Oluwo e Bàbàláwo agradam ifá, Iya odu, Osun (antepassados) e Èṣù, não necessariamente nessa ordem mais em ordem que não vamos divulgar aqui, o iniciado que antes da entrada passou por uma consulta a ifá, e por um ebó riru, agora com a cabeça raspada, vai conhecer o seu odu, que em seguida vai ser alimentado é evidente que antes disso são feitos alguns imules e antes que o awo coloque os olhos no seu ifá, da terra vai brotar o segredo.

Depois disso alguns rituais envolvendo banhos, pinturas e a preparação da nova roupa do awo, devem ser feitos de forma reservada, por pessoas do mesmo sexo, considerando o fato de que para colocar uma roupa é necessário tirar outra que vai ser despachado junto com o cabelo, em um local que não vamos definir aqui, posteriormente a isso e só posteriormente a isso, o Èṣù do iniciado vai ser alimentado, em alinhamento com o odu ifá do awo.

Após essa parte, todos os participantes fazem um intervalo onde se alimentam e planeja a segunda etapa, na segunda etapa o Èṣù da casa é alimentado, e abençoa o caminho do novo iniciado como membro do egbe.
Seguimos descrevendo evidentemente em uma ordem que não deixe nítido o teor e a sequencia dos rituais, o grupo desenvolve várias atribuições ao mesmo tempo, em um dado momento ifá do iniciado sai do Igbodu para ser alimentado fora, porque o awo deve presenciar esses rituais, e nem sempre quem participa de um itefa, em um futuro pode ter acesso a um Igbodu.

Após esses rituais pequenos rituais, mas de grande importância confirmam o awo, como membro do egbe, o awo que fez vários imules e compactuou com o segredo e assumiu a responsabilidade com a verdade, é parabenizado por todos os membros do egbe, agora montado por Orunmila em um momento único, abençoa todos os membros que participaram do itefa.

Em algumas famílias esses rituais são divididos em três partes, que podem ser feitos em três ou sete dias, a grande maioria das famílias faz em três dias, quando o awo vai ao rio em outro ritual que não podemos descrever aqui, ele se desfaz de sua vida pregressa, portador agora de um novo nome, que o identifica com uma nova vida.

Quando me propus a escrever esse texto foi sabendo que os palpiteiros de plantão vão comentar a minha ousadia, não vejo que eu esteja revelando algum segredo, esse texto tenta contribuir para o esclarecimento visando afastar, definitivamente as histórias mirabolantes do que é ser iniciado em ifá.

Do itefa ao Ìtélodú muito pouco pode ser descrito aqui, por razões bem claras, não vamos explicar as três cerimonias que diferem um itefa de um Ìtélodú.
Que fique claro:

Só um Bàbàláwo passa por um Ìtélodú.

Só um Bàbàláwo faz imules com Iya odu.

 Só um Bàbàláwo vê Iya odu

 Aquele que vê Iya odu, não incorpora.

Que um Bàbàláwo, não consulta mérìndilogun, consulta opele e ikin.

 Aquele que é submetido a um itefa pode incorporar ou não o seu òrìsà.

 Aquele que é submetido a um itefa pode ser um Babalórisá, Ìyálóòrìsà, ou Olóòrìsà, e que essas pessoas não veem Iya odu.

 Que uma Iyanifa ou Iyaonifa consulta opele e ikin, mas não vê Iya odu.

Que babalorisa não consulta mérìndilogun em cima de opon.

Que opon ifá, é um instrumento usado por Bàbàláwos e awos com permissão de seus Oluwo.

Que opele ifá, é um instrumento usado por Bàbàláwos, Iyanifas, awos, com permissão do seu Oluwo.

O itefa é uma cerimônia de iniciação em ifá.

O Ìtélodú é o reconhecimento do sacerdote por Iya odu.

O Igbodu é o local que identifica áreas com diferentes funções parte do Igbodu, só acessada pelo Bàbàláwos, a área que antecede o local onde fica Iya odu que geralmente também chamada Igbodu, é acessada por pessoas que só tem a cerimônia de itefa, ou Iyanifas. A designação de Igbodu é muito diferente da descrita em literaturas criadas por pessoas que não foram submetidas ao Itelodu.

Awo Elegan é a pessoa que é submetida ao itefa, mas que jamais vai ver Iya odu.




Iniciação em ifá sem mistérios

Texto: Babalawo Ifagbaiyin Agboola
Quando se houve falar de um itefá algumas pessoas menos avisadas imaginam algo impossível de ser feito no Brasil.

Na verdade o itefá já é feito no Brasil há muitos anos, vejo falar de tudo, leio coisas que parecem um conto de fadas, já li desde plantas especiais, até tipo de terra especial em um igbodu, em meio a tudo isso fico imaginando o que o leigo consegue entender sobre a iniciação em ifá e as suas implicações.

É evidente que entre esses grandes números de informações destorcidos,existem duas ou três razões, a primeira delas é a falta de informações das pessoas que divulgam, a segunda eu considero pior, que é o interesse em dificultar para que se sinta a implicação direta de que quanto mais difícil mais caro deva ser cobrado.

Então seguindo os versos de ifa, vou tentar afastar os mistérios de uma iniciação, pretendo aqui descrever alguns rituais sem ofender os segredos contidos dentro do igbodu.

Todos sabem que pare que um itefa seja realizado, é necessário mais de um babalawo, na Nigéria é comum se ver, vinte babalawos para fazer um itefa, lá tudo é bem diferente daqui e os babalawos são muito unidos, todos respeitam as diferenças familiares em rituais e convivem em harmonia, o fato de necessitar várias pessoas para um itefá, poderá ser percebido conforme segue a orientação de Orunmila no esse ifá.

O trabalho que envolve uma iniciação pode ser visto de duas formas, existem dois tipos de igbodu, o que é construído só com folhas ou aquele que já é pré-construído e abriga iya odu, durante todo o ano, esse segundo é mais comum, haja visto que todos sabem que mulheres não podem ter acesso a esse assentamento, então na Nigéria é comum que iya odu seja mantida em uma pequena construção de alvenaria ou madeira.

Outro erro que é visto no nosso país e a referência ao igbodu, (floresta sagrada), tradução essa que é vista por leigos como a necessidade de iniciar uma pessoa em ifá no meio das matas, é verdade que em algumas aldeias retiradas, ainda tem bastante árvores, mais ninguém fica no meio do mato abandonado por três dias e três noites, me divirto quando ouço esses relatos.

Após a consulta a ifá que identifica o momento exato da iniciação e é constatada a autorização de ifá, para que aquele sacerdote dirija a cerimonia após a chegada da pessoa a ser iniciada, com todos os matérias que foram previamente comprados de acordo com a orientação do babalawo, se inicia as cerimônias, que depende da família são em torno de 40 rituais diferentes.

Um ou dois babalawos são encarregados de preparar o igbodu com folhas, dividindo a entrada e o espaço a ser utilizado em duas partes, um dos babalawos após a preparação do ambiente, alimenta a terra e pede permissão para construir o caminho que eleva ao ambiente sagrado, depositando na terra, búzios e dois ou três elementos a mais em número impar de um lado e par do outro lado da estrada, que dá acesso ao local, previamente preparado.

O grupo que vai participar da iniciação se divide em tarefas, enquanto a iya apetebi cuida dos pertences do iniciado, a iyanifa prepara o carrego para a entrada no igbodu, em meio a isso, o oluwo e o babalawo amarram simultaneamente em um dos braços e uma das pernas um pedaço de tecido virgem branco que contém uma parte de um dinheiro que representam o pagamento para o inicio dos rituais.

Começa então um cortejo que se desenvolve em direção ao igbodu, com o oluwo na frente conduzindo Osun (antepassado), que representa o reconhecimento dos antepassados para o ritual que se inicia, seguido pelo babalawo e a iya apetebi, com o yangui de esu, sobre a cabeça, esse ritual que apresenta o iniciado aos antepassados dos familiares retrata o esforço que ele faz para agradar as divindades, em um carrego bastante amplo, amostras de cada um dos elementos a serem usados na iniciação, são conduzidas sobre a cabeça do iniciado, acompanhado dos membros do egbe ifá, amparado pelo iyanifa que agrada com dendê, gim, algumas divindades aos pés do cortejo.

Na entrada do igbodu o iniciado vai estar vendado, pois até que sejam formalizados os rituais para que ele entre na parte que antecede o igbodu, muitas coisa acontece, ele é envolvido em um clima de expectativa sentado segurando os animais e o material, enquanto o oluwo e o babalawo oferecem obi e orobo para esu Odara e Orunmila.

Após a autorização a venda é retirada todo material é colocado dentro do igbodu e se inicia a raspagem do iniciado, é claro que todos entendem a razão de omitir alguns detalhes aqui, vamos seguir a descrição, deixando pequenos espaços, mas desmistificando o grosso dos rituais. Os rituais prosseguem simultaneamente os mesmos babalawos que preparam Osun, previamente para a cerimônia reservam uma parte das folhas que vai ser usada junto com um elemento especifico para lavar os olhos das pessoas que vão começar os rituais dentro do igbodu.

O primeiro grupo trabalha na preparação da parte interna do igbodu, e o segundo grupo prepara o iniciado pode acontecer nesse espaço de tempo que um terceiro grupo busque fora elementos que caracterizam o ritual que jamais podem ser mencionados ou vistos por quem não tenha participado de tal ritual antes.
O numero de cerimônias da uma dimensão da quantidade de trabalho, esse número grande de pessoas precisa usar os banheiros que devem estar limpos e evidentemente precisa estar bem alimentados, o que implica em muito trabalho nos bastidores.

Após a entrada oluwo e babalawo agradam ifá, Iya odu, Osun e Esu, não necessariamente nessa ordem mais em ordem que não vamos divulgar aqui, o iniciado que antes da entrada passou por uma consulta a ifá, e por um ebó riru, agora com a cabeça raspada, vai conhecer o seu odu, que em seguida vai ser alimentado é evidente que antes disso são feitos alguns imules e antes que o awo coloque os olhos no seu ifá da terra vai brotar o segredo.

Depois disso alguns rituais envolvendo banhos, pinturas e a preparação da nova roupa do awo, devem ser feitos de forma reservada, por pessoas do mesmo sexo, considerando o fato de que para colocar uma roupa é necessário tirar outra que vai ser despachado junto com o cabelo, em um local que não vamos definir aqui, posteriormente a isso e só posteriormente a isso, o Esu do iniciado vai ser alimentado, em alinhamento com o odu ifá do awo.

Após essa parte, todos os participantes fazem um intervalo onde se alimentam e planeja a segunda etapa, na segunda etapa o Esu da casa é alimentado, e abençoa o caminho do novo iniciado como membro do egbe.
Seguimos descrevendo evidentemente em uma ordem que não deixe nítido o teor e a sequencia dos rituais, o grupo desenvolve várias atribuições ao mesmo tempo, em um dado momento ifá do iniciado sai do igbodu para ser alimentado fora, porque o awo deve presenciar esses rituais, e nem sempre quem participa de um itefa, em um futuro pode ter acesso a um igbodu.

Após esses rituais pequenos rituais, mas de grande importância confirmam o awo, como membro do egbe, o awo que fez vários imules e compactuou com o segredo e assumiu a responsabilidade com a verdade, é parabenizado por todos os membros do egbe, agora montado por Orunmila em um momento único abençoa todos os membros que participaram do itefa.

Em algumas famílias esses rituais são divididos em três partes, que podem ser feitos em três ou sete dias, a grande maioria das famílias faz em três dias, quando o awo vai ao rio em outro ritual que não podemos descrever aqui, ele se desfaz de sua vida pregressa, portador agora de um novo nome, que o identifica com uma nova vida.

Quando me propus a escrever esse texto foi sabendo que os palpiteiros de plantão vão comentar a minha ousadia, não vejo que eu esteja revelando algum segredo, esse texto tenta contribuir para o esclarecimento visando afastar, definitivamente as histórias mirabolantes do que é ser iniciado em ifá.

Do itefa ao Ìtélodú muito pouco pode ser descrito aqui, por razões bem claras, não vamos explicar as três cerimonias que diferem um itefa de um Ìtélodú.
Que fique claro:

Só um babalawo passa por um Ìtélodú.

Só um babalawo faz imules com Iya odu.

 Só um babalawo vê Iya odu

 Aquele que vê Iya odu, não incorpora.

Que um Babalawo, não consulta merindilogun, consulta opele e ikin.

 Aquele que é submetido a um itefa pode incorporar ou não o seu orisá.

 Aquele que é submetido a um itefa pode ser um babalorisa, yalorisa, ou Olorisa, e que essas pessoas não veem Iya odu.

 Que uma Iyanifa ou Iyaonifa consulta opele e ikin, mas não vê Iya odu.

Que babalorisa não consulta merindilogun em cima de opon.

Que opon ifá, é um instrumento usado por babalawos e awos com permissão de seus oluwos.

Que opele ifá, é um instrumento usado por babalawos, yanifas, awos, com permissão do seu oluwo.

O itefa é uma cerimônia de iniciação em ifá.

O itelodu é o reconhecimento do sacerdote por Iya odu.

O igbodu é o local que identifica áreas com diferentes funções parte do igbodu, só acessada pelo babalawos, a área que antecede o local onde fica Iya  odu que geralmente também chamada igbodu, é acessada por pessoas que só tem a cerimônia de itefa, ou iyanifas. A designação de igbodu é muito diferente da descrita em literaturas criadas por pessoas que não foram submetidas ao itelodu.

Awo Elegan é a pessoa que é submetida ao itefa, mas que jamais vai ver Iya odu.




Orunmilá me de muita paciência.




Autor :Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Tenho observado com certa surpresa a cara de pau de algumas pessoas de fora do nosso país, que acreditam que os brasileiros são idiotas.

Essas figuras que quase sempre ostentam um nome em yoruba, bastante chamativo se propõem a vender a cueca de algum antepassado distante, com a promessa que a roupa intima opera milagres, esses malucos vendem a própria mãe.

Os comerciantes de plantão aparecem engolindo fogo, enfiando faca na orelha, se dizendo incorporado com uma divindade, acredito que estão incorporados com a falta de vergonha, porque ao mesmo tempo em que se dizem eleguns de orisás também ostentam os titulo de babalawo, tendo a coragem de postarem fotos fazendo ebó riru.

Mas não é só fora do nosso país que tem comerciantes, outro dia recebi uma mensagem de um babalorisa de São Paulo me convidando para uma consulta, ele queria jogar búzios para mim, e dizia no corpo de sua mensagem que ele tinha a solução para os meus problemas, acontece que eu nunca falei com esse senhor e também não tive nenhum contato com ele, nem pela internet como é que ele tem tanto poder?

O facebook virou um grande mercado, você pode vender tudo sem nenhuma fiscalização, acontece que as pessoas desconhecem Ajagunmale, e não sabem o perigo que estão correndo, as suas atitudes não vão passar despercebidas.

Recentemente acompanhamos fatos bastante desagradáveis para quem cultua ifá, mas a ação de Ajagunmale sem dúvida representa a sabedoria divina, e essas pessoas que estão sendo desmascaradas na internet por incrível que pareça estão contribuindo com suas ações indignas para despertar as pessoas de nosso país, sobre esses acontecimentos lamentáveis.

Historicamente a internet em nosso país, serve para desmascarar os falsos profetas, as pessoas esquecem que a Nigéria, via internet esta alguns segundos de distancia do Brasil, e que tudo que é escrito aqui é lido lá, o último episódio envolvendo um suposto sacerdote de Sango, deixou claro que nossos irmãos do lado de lá, do oceano, nos observam o tempo todo.

Fica aqui o alerta para as pessoas que pretendem se iniciar ou até mesmo comprar algum material necessário para rituais, pesquisem profundamente os supostos vendedores antes de depositarem o seu dinheiro, pois como sabemos tem gente até vendendo iya odu pelo correio, o pior disso tudo, que tem gente que acredita que vai de fato receber iya odu, mas quando chega à mercadoria tem folhas secas dentro da vasilha.

O desconhecimento da função de Ajagunmale, e Osun (antepassado), na vida do iniciado em ifá, caracteriza o desconhecimento que a todo o momento estamos sendo vigiados por nossos antepassados, e que Orunmila tem várias faces, Ajagunmale é a sua face, mais temida, ele não perdoa, ele não aceita etutu, ele não esquece.


OFUN/OSE

Eni to ba puro
Iro a pa
Eni ti o ba seke
Eke a ke won lowo
A ke wån lese
A ti won si gburugburu ona oun
Awon lo se ifa fun ajangurumale
Ti nse oluwo lode orun
Gbogbo eni ti o ba
Nfi suru pe suru
Ajangurumale ifa
Ni yoo ja won sorun
Gbogbo eni ti o ba
Nfi suru pe suru
Ajangurumale, ifa ni yoo ja won sorun
E ma fi oku pe aye
E ma fi aye pe oku
Eni ti o ba fi oku pe aye
Eni ti o ba fi aye pe oku
Ajangurumale ifa ni yoo ja won sorun
Ajangurumale
E ma fi abiyamo pe agan
E ma fi agan pe oyibi
Eni ti o ba fi abiyamo pe agan
Ti o fi agan pe oyibi
Ajangurumale, ifa ni yoo ja won sorun.

Este itan do Odu Ofun-Ose, narrado ao Babá King pelo venerável Babalawo Fabunmi Sowunmi

Aquele que mente será destruído pela mentira.
Aquele que provoca discórdia será destruído pela discórdia.
A falsidade despojará o falso da força vital de que dispõe.
 A falsidade destruirá os falsos.
Foram eles que adivinharam para Ajagunmale (Ifá), sábio supremo no orun.
Todos aqueles que trocam a verdade pela mentira serão levados para o orun por Ajagunmale (Ifá)
Não chamem o morto de vivo, nem chamem o vivo de morto.
Quem chama o morto de vivo ou chama o vivo de morto será levado para o orun por Ajagunmale (Ifá)
Não chamem uma mulher fértil de estéril, nem chamem uma mulher estéril de fértil.
Quem chama uma mulher fértil de estéril ou chama uma mulher estéril de fértil será levado para o orun por Ajagunmale (Ifá)
Não chamem o preto de branco, nem chamem o branco de preto.
Quem chama o preto de branco ou chama o branco de preto, será levado para o orun por Ajagunmale (Ifá)
Orunmilá diz que prefere matar o babalawo que mente para quem o procura em busca da verdade e colocar em seu lugar um homem ignorante a respeito da complexa sabedoria de Ifá.

Orunmilá prefere um homem que não conhece a sabedoria de Ifá do que um grande conhecedor dessa sabedoria que seja falso e mentiroso.




 MENTIRA

Texto:Babalawo Ifagbaiyin Agboola
Tenho observado com certa surpresa a cara de pau de algumas pessoas de fora do nosso país, que acreditam que os brasileiros são idiotas.

Essas figuras que quase sempre ostentam um nome em yoruba, bastante chamativo se propõem a vender a cueca de algum antepassado distante, com a promessa que a roupa intima opera milagres, esses malucos vendem a própria mãe.

Os comerciantes de plantão aparecem engolindo fogo, enfiando faca na orelha, se dizendo incorporado com uma divindade, acredito que estão incorporados com a falta de vergonha, porque ao mesmo tempo em que se dizem eleguns de orisás também ostentam os titulo de babalawo, tendo a coragem de postarem fotos fazendo ebó riru.

Mas não é só fora do nosso país que tem comerciantes, outro dia recebi uma mensagem de um babalorisa de São Paulo me convidando para uma consulta, ele queria jogar búzios para mim, e dizia no corpo de sua mensagem que ele tinha a solução para os meus problemas, acontece que eu nunca falei com esse senhor e também não tive nenhum contato com ele, nem pela internet como é que ele tem tanto poder?

O facebook virou um grande mercado, você pode vender tudo sem nenhuma fiscalização, acontece que as pessoas desconhecem Ajagunmale, e não sabem o perigo que estão correndo, as suas atitudes não vão passar despercebidas.

Recentemente acompanhamos fatos bastante desagradáveis para quem cultua ifá, mas a ação de Ajagunmale sem dúvida representa a sabedoria divina, e essas pessoas que estão sendo desmascaradas na internet por incrível que pareça estão contribuindo com suas ações indignas para despertar as pessoas de nosso país, sobre esses acontecimentos lamentáveis.

Historicamente a internet em nosso país, serve para desmascarar os falsos profetas, as pessoas esquecem que a Nigéria, via internet esta alguns segundos de distancia do Brasil, e que tudo que é escrito aqui é lido lá, o último episódio envolvendo um suposto sacerdote de Sango, deixou claro que nossos irmãos do lado de lá, do oceano, nos observam o tempo todo.

Fica aqui o alerta para as pessoas que pretendem se iniciar ou até mesmo comprar algum material necessário para rituais, pesquisem profundamente os supostos vendedores antes de depositarem o seu dinheiro, pois como sabemos tem gente até vendendo iya odu pelo correio, o pior disso tudo, que tem gente que acredita que vai de fato receber iya odu, mas quando chega à mercadoria tem folhas secas dentro da vasilha.

O desconhecimento da função de Ajagunmale, e Osun (antepassado), na vida do iniciado em ifá, caracteriza o desconhecimento que a todo o momento estamos sendo vigiados por nossos antepassados, e que Orunmila tem várias faces, Ajagunmale é a sua face, mais temida, ele não perdoa, ele não aceita etutu, ele não esquece.


OFUN/OSE

Eni to ba puro
Iro a pa
Eni ti o ba seke
Eke a ke won lowo
A ke wån lese
A ti won si gburugburu ona oun
Awon lo se ifa fun ajangurumale
Ti nse oluwo lode orun
Gbogbo eni ti o ba
Nfi suru pe suru
Ajangurumale ifa
Ni yoo ja won sorun
Gbogbo eni ti o ba
Nfi suru pe suru
Ajangurumale, ifa ni yoo ja won sorun
E ma fi oku pe aye
E ma fi aye pe oku
Eni ti o ba fi oku pe aye
Eni ti o ba fi aye pe oku
Ajangurumale ifa ni yoo ja won sorun
Ajangurumale
E ma fi abiyamo pe agan
E ma fi agan pe oyibi
Eni ti o ba fi abiyamo pe agan
Ti o fi agan pe oyibi
Ajangurumale, ifa ni yoo ja won sorun.

Este itan do Odu Ofun-Ose, narrado ao Babá King pelo venerável Babalawo Fabunmi Sowunmi

Aquele que mente será destruído pela mentira.
Aquele que provoca discórdia será destruído pela discórdia.
A falsidade despojará o falso da força vital de que dispõe.
 A falsidade destruirá os falsos.
Foram eles que adivinharam para Ajagunmale (Ifá), sábio supremo no orun.
Todos aqueles que trocam a verdade pela mentira serão levados para o orun por Ajagunmale (Ifá)
Não chamem o morto de vivo, nem chamem o vivo de morto.
Quem chama o morto de vivo ou chama o vivo de morto será levado para o orun por Ajagunmale (Ifá)
Não chamem uma mulher fértil de estéril, nem chamem uma mulher estéril de fértil.
Quem chama uma mulher fértil de estéril ou chama uma mulher estéril de fértil será levado para o orun por Ajagunmale (Ifá)
Não chamem o preto de branco, nem chamem o branco de preto.
Quem chama o preto de branco ou chama o branco de preto, será levado para o orun por Ajagunmale (Ifá)
Orunmilá diz que prefere matar o babalawo que mente para quem o procura em busca da verdade e colocar em seu lugar um homem ignorante a respeito da complexa sabedoria de Ifá.

Orunmilá prefere um homem que não conhece a sabedoria de Ifá do que um grande conhecedor dessa sabedoria que seja falso e mentiroso.




domingo, 22 de setembro de 2013

Orunmila é quem escolhe um Araba.

Homenagem ao Oloye Akano Fashina Agboola
Autor: Babalawo Ifagbiyin Agboola

Ao longo do tempo a história humana vem sendo escrita pelos povos que detém o poder bélico, logístico ou financeiro, o poder quase sempre detém a informação e a transforma em arma de manipulação.

No caso da escolha dos arabas no território yoruba essa máxima da historia humana citada acima, perde o sentido e o saber ocupa o espaço do poder.

Quando uma pessoa quer ser iniciada em ifá, nada a não ser ifá pode impedir a iniciação, já quando uma pessoa pretende ser um babalawo a indicação do odu é fundamental, alguns odus indicam claramente que a pessoa deve ser iniciada como sacerdote, como é o caso do odu irete meji, que diz (aquele nascido nesse odu, de sexo masculino deve já na infância ser iniciado como babalawo).

Ser um oluwo já é bem diferente, implica no fato de poder iniciar outros babalawos, para isso, ele necessita além de ter alguns assentamentos, ter conhecimento para fazer as iniciações.

Para se tornar um araba a historia é bem diferente, primeiramente você deve ser um babalawo, que se tornou um oluwo, com muitos anos e com muitas iniciações reconhecidas, em seu histórico de sacerdote.

Um araba é um babalawo, que tem o apoio da totalidade dos babalawos, de sua cidade ou família, o critério para a escolha passa por uma sabatina que pode levar ate três dias e três noites de incansáveis questionamentos sobre odu.

Quando conversei com o araba Awodiran sobre esse assunto, ele relatou o processo de sua escolha, com uma palavra, proeminência, a escolha do candidato é baseada na historia do mesmo, ele deve ser uma pessoa de notório saber e de um caráter exemplar.

Já a confirmação do mesmo no cargo somente após a sabatina isso será reconhecido pelas autoridades da região, no caso o rei, quando o rei participa de um evento ele reconhece a importância politica ou religiosa e fortalece o mesmo diante da população.

Voltando ao caso da escolha araba Awodiran mais de cem babalawos participaram da sabatina. Ele recitou mais de dois mil e quinhentos versos de ifa, só após o reconhecimento de todos os babalawos, o rei o reconheceu como araba.

A historia de alguns arabas faz parte da historia da cultura de ifá, um exemplo claro disso é a historia do pai do araba Awodiran (Oloye Akano Fashina Agboola), alguns de seus discípulos se tornaram arabas, a importância dele é confirmada no bairro de Ebetu Meta, na cidade de Lagos, a rua que ele morava recebeu o nome de Odu Ifá, em sua homenagem e sua casa é mantida até hoje, como local de estudo e pratica de rituais religiosos, unindo babalawos de todo o território yoruba.

A função de araba é o símbolo do reconhecimento espiritual somado a aceitação unanime de seus pares, o homem que se torna um araba é respeitado e reconhecido dentro e fora do território yoruba, é verdade que algumas pessoas infelizmente não conseguem compreender a importância desses sacerdotes, homens ou orisás em terra, exemplos a serem seguidos.

Na cerimonia de reconhecimento de um oloye (aquele que possui o cargo), existe um ritual que é bem conhecido a grande maioria das pessoas já deve ter visto fotos onde o escolhido aparece com algumas folhas penduradas dos dois lados do rosto, a foto é muito bonita a cerimonia é publica, mas até chegar ai, é uma historia, não existe iniciação para araba a figura de um araba é construída com dedicação, trabalho e muitos anos de estudo.


Odu otura Meji

In the spirit of Religious Tolerance, I hereby felicitate with the muslims all over the wotld for the Eid-el Fitr from the Divine Message of Olodumare, "Otua Meji" as follows;

Baba Araba ni Baba
Baba Araba ni Baba
Eni a ba laba ni Baba
Eni a ba niwaju ti to Baba enii se
Adifa fun Baba Imole a bewu osingin lorun
Tii nsawo lo ile Hausa
Won a ni owo sa, aya sa, omo sa, ile sa, ire gbogbo alaafia
Stay blessed the moslems, christians and african traditional religionists. .(Araba Awodiran Agboola)

Tradução Português

No espírito de tolerância religiosa, tenho a honra de viver feliz com pessoas de outras religiões do mundo inteiro, graças a Olodumare como segue no odu Otura Meji, segue:

A pessoa com o título de Araba é um pai
O título de Araba faz um pai
A pessoa que encontramos na cabana é um pai
A pessoa na frente é bom o suficiente para ser nosso pai
Mensagem Divina revelada por um muçulmano idoso com robe elegante
Ia em missão espiritual para a terra dos muçulmanos (Hausa).
Eles oram por dinheiro, boas esposas / maridos, bons filhos, casas condizente, boa saúde e todas as coisas boas da vida ALAAFIA.

Que fique abençoados os muçulmanos, cristãos e religiosos tradicionais africanos.(Araba Awodiran Agboola)


A escolha de um Araba.

Homenagem ao Oloye Akano Fashina Agboola
 Texto: Babalawo Ifagbiyin Agboola
Ao longo do tempo a história humana vem sendo escrita pelos povos que detém o poder bélico, logístico ou financeiro, o poder quase sempre detém a informação e a transforma em arma de manipulação.

No caso da escolha dos arabas no território yoruba essa máxima da historia humana citada acima, perde o sentido e o saber ocupa o espaço do poder.

Quando uma pessoa quer ser iniciada em ifá, nada a não ser ifá pode impedir a iniciação, já quando uma pessoa pretende ser um babalawo a indicação do odu é fundamental, alguns odus indicam claramente que a pessoa deve ser iniciada como sacerdote, como é o caso do odu irete meji, que diz (aquele nascido nesse odu, de sexo masculino deve já na infância ser iniciado como babalawo).

Ser um oluwo já é bem diferente, implica no fato de poder iniciar outros babalawos, para isso, ele necessita além de ter alguns assentamentos, ter conhecimento para fazer as iniciações.

Para se tornar um araba a historia é bem diferente, primeiramente você deve ser um babalawo, que se tornou um oluwo, com muitos anos e com muitas iniciações reconhecidas, em seu histórico de sacerdote.

Um araba é um babalawo, que tem o apoio da totalidade dos babalawos, de sua cidade ou família, o critério para a escolha passa por uma sabatina que pode levar ate três dias e três noites de incansáveis questionamentos sobre odu.

Quando conversei com o araba Awodiran sobre esse assunto, ele relatou o processo de sua escolha, com uma palavra, proeminência, a escolha do candidato é baseada na historia do mesmo, ele deve ser uma pessoa de notório saber e de um caráter exemplar.

Já a confirmação do mesmo no cargo somente após a sabatina isso será reconhecido pelas autoridades da região, no caso o rei, quando o rei participa de um evento ele reconhece a importância politica ou religiosa e fortalece o mesmo diante da população.

Voltando ao caso da escolha araba Awodiran mais de cem babalawos participaram da sabatina. Ele recitou mais de dois mil e quinhentos versos de ifa, só após o reconhecimento de todos os babalawos, o rei o reconheceu como araba.

A historia de alguns arabas faz parte da historia da cultura de ifá, um exemplo claro disso é a historia do pai do araba Awodiran (Oloye Akano Fashina Agboola), alguns de seus discípulos se tornaram arabas, a importância dele é confirmada no bairro de Ebetu Meta, na cidade de Lagos, a rua que ele morava recebeu o nome de Odu Ifá, em sua homenagem e sua casa é mantida até hoje, como local de estudo e pratica de rituais religiosos, unindo babalawos de todo o território yoruba.

A função de araba é o símbolo do reconhecimento espiritual somado a aceitação unanime de seus pares, o homem que se torna um araba é respeitado e reconhecido dentro e fora do território yoruba, é verdade que algumas pessoas infelizmente não conseguem compreender a importância desses sacerdotes, homens ou orisás em terra, exemplos a serem seguidos.

Na cerimonia de reconhecimento de um oloye (aquele que possui o cargo), existe um ritual que é bem conhecido a grande maioria das pessoas já deve ter visto fotos onde o escolhido aparece com algumas folhas penduradas dos dois lados do rosto, a foto é muito bonita a cerimonia é publica, mas até chegar ai, é uma historia, não existe iniciação para araba a figura de um araba é construída com dedicação, trabalho e muitos anos de estudo.


Odu otura Meji

In the spirit of Religious Tolerance, I hereby felicitate with the muslims all over the wotld for the Eid-el Fitr from the Divine Message of Olodumare, "Otua Meji" as follows;

Baba Araba ni Baba
Baba Araba ni Baba
Eni a ba laba ni Baba
Eni a ba niwaju ti to Baba enii se
Adifa fun Baba Imole a bewu osingin lorun
Tii nsawo lo ile Hausa
Won a ni owo sa, aya sa, omo sa, ile sa, ire gbogbo alaafia
Stay blessed the moslems, christians and african traditional religionists. .(Araba Awodiran Agboola)

Tradução Português

No espírito de tolerância religiosa, tenho a honra de viver feliz com pessoas de outras religiões do mundo inteiro, graças a Olodumare como segue no odu Otura Meji, segue:

A pessoa com o título de Araba é um pai
O título de Araba faz um pai
A pessoa que encontramos na cabana é um pai
A pessoa na frente é bom o suficiente para ser nosso pai
Mensagem Divina revelada por um muçulmano idoso com robe elegante
Ia em missão espiritual para a terra dos muçulmanos (Hausa).
Eles oram por dinheiro, boas esposas / maridos, bons filhos, casas condizente, boa saúde e todas as coisas boas da vida ALAAFIA.

Que fique abençoados os muçulmanos, cristãos e religiosos tradicionais africanos.(Araba Awodiran Agboola)

Postado por Bàbàláwo Ifágbaíyin Agboolà

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

IFÁ É PARA TODOS SIM!

Araba Ifayemi Elebuibon e Araba Awodiran Agboola dois grande sacerdotes e grandes escritores,divulgadores da palavra de ifá.

Esse texto é em homenagem ao Araba Ifayemi Elebuibon, pelo belíssimo trabalho que vem desenvolvendo.

Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Ifá é para todos, muçulmanos, católicos, umbandistas, candomblecistas, espiritas, pessoa que professam o judaísmo, todos podem consultar Ifá, Ifá é sabedoria, é luz e paz.

A pretensa elite cega que afirma que Ifá é só para escolhidos, além de desinformada é pretensiosa, quando afirma que só o grupo a qual elas pertencem é o escolhido por Ifá.

Que religião seria essa que escolhe para quem deve ser dirigida uma palavra de conforto e esperança.

A principal razão para fazer parte de qualquer religião, como diz a palavra é para se religar ao divino, se o divino é elitista a religião deixa de existir.
 Discursos filosóficos baseados na opinião própria deixam de ter sentido a diferença entre o certo e o errado esta descrita pela mão do homem, por isso que digo que temos que ouvi a voz interior, somos uma extensão de Olodumare e dentro de nós habita o divino, que o divino e eterno saber de Orunmila, nos mostre o caminho.

No livro : Apetebi A esposa de Orunmila.

 O Araba Ifayemi Elebuibon, descreve de forma bem clara que ifá esta ali para corrigir a vida de todas as pessoas, o que confirma a frase que nós costumamos usar: IFÁ É PARA TODOS! (essa frase não é nossa, e sim do araba Elebuibon).

Ifá está ali para corrigir, todos os erros na vida de todas as pessoas. Vai guiá-las e protegê-las, de forma que elas alcancem o que desejam.
Pagina: 11 introdução.

Esse belo trabalho do Araba Ifayemi Elebuibon, deveria ser lido, por todos aqueles que acreditam que ifá é uma religião que vem contribuindo para o melhoramento da atividade humana, e o desenvolvimento espiritual de cada um de nós.

Ifá gbe wa o




quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Orunmila, Ògbóni, Edan, ìtagbè.



Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

 OGBE-YONU

Iyán di átúngún
Óbé di átu´nsè
Wón ni kó ebi ku ohun kóhun mó
Bikò se ohun àjogún bá won kan soso
Ti wón fi njo ba
Eyi kìíse ohun mìràn bikò se Sàkì
Ebi ni ki Sàkì ná di ti Rà `ndàwú
Rà `ndàwú gba Sàkì odi Aláse ilú
Ó joba lóri gbogbo won
Sàkì wá gba yì ó gb’éye
Ódi ohun olá odi ohun iyì
Bi akò bá n”Rà `ndàwú
Akó lè joyè baba eni
Ohun ti sùúrú seti
Ilè ní gbé

No odu ogbe/Yonu explica o uso do Ìtagbè ou Sàkì, (parte do vestuário ogboni, diz o ese ifá, que jamais deve se desrespeitar aquele que cobre o ombro esquerdo, com tal vestimenta).

O Sàkì representa a parte interna do estomago humano e caracteriza aquilo que tem demais intimo dentro de cada um de nós, representa que o nosso interior esta exposto e nossas intenções.

O homem que estiver usando essa peça do vestuário Ògbóni jamais pode ter a sua palavra questionada ou colocada em dúvida, diz ifá, que nada pode superar a força de Edan plantado na terra, aquele que possui Edan tem sua dignidade como marca registrada do seu viver.

Odu irosun/ose fala da responsabilidade que o Ogboni tem com a verdade.

Odu irosun/iwori fala da insatisfação de Orunmila com o comportamento dos homens e do pacto feito com Edan para que se mantenha a verdade.

A confecção do Ìtagbè fica a cargo das mulheres que cultuam Obalufon, processo é demorado e envolve inúmeras orações e oferendas no momento da confecção.

Ifá nos revela na historia de Poroyen a mulher que salvou a vida de Orunmila com o Ìtagbè.
Orunmila tinha caído durante a noite dentro de um buraco e ficou preso por sete dias e sete noites, sem conseguir sair, no sétimo dia começou a cantar e a sua voz foi ouvida por Poroyen, que se aproximou do buraco e olhando Orunmila se apaixonou por ele, fazendo uma proposta que Orunmila aceitou. Poroyen disse que o tiraria do buraco o auxiliando com seu Ìtagbè, se ele se casasse com ela, foi isso que aconteceu e eles tiveram filhos.

O Sàkì, só é usado sobre a cabeça dos anciões no conselho Ogboni quando eles expressam a sua opinião em decisões dentro do conselho, todos o Ògbóni usa o Sàkì no ombro esquerdo, salvo aqueles membros que não são iniciados no ifá, governantes, políticos e pessoas de influências na sociedade, que tem conduta ilibada reconhecida.

As pequenas divergências que presenciamos sobre esse tema não diminui em nada qualquer uma das partes, a interpretação diferente demonstra o plural e ifá nos ensina que o singular é demonstração de falta de maturidade.

No território yoruba existem muitas faces para a mesma verdade.

A ki igbé Sàkì lé iká ka puro.

Ògbóni Ekùn!

Ògbóni /Edan/Sàkì/ ìtagbè.


 OGBE-YONU

Iyán di átúngún
Óbé di átu´nsè
Wón ni kó ebi ku ohun kóhun mó
Bikò se ohun àjogún bá won kan soso
Ti wón fi njo ba
Eyi kìíse ohun mìràn bikò se Sàkì
Ebi ni ki Sàkì ná di ti Rà `ndàwú
Rà `ndàwú gba Sàkì odi Aláse ilú
Ó joba lóri gbogbo won
Sàkì wá gba yì ó gb’éye
Ódi ohun olá odi ohun iyì
Bi akò bá n”Rà `ndàwú
Akó lè joyè baba eni
Ohun ti sùúrú seti
Ilè ní gbé

No odu ogbe/Yonu explica o uso do Ìtagbè ou Sàkì, (parte do vestuário ogboni, diz o ese ifá, que jamais deve se desrespeitar aquele que cobre o ombro esquerdo, com tal vestimenta).

O Sàkì representa a parte interna do estomago humano e caracteriza aquilo que tem demais intimo dentro de cada um de nós, representa que o nosso interior esta exposto e nossas intenções.

O homem que estiver usando essa peça do vestuário Ògbóni jamais pode ter a sua palavra questionada ou colocada em dúvida, diz ifá, que nada pode superar a força de Edan plantado na terra, aquele que possui Edan tem sua dignidade como marca registrada do seu viver.

Odu irosun/ose fala da responsabilidade que o Ogboni tem com a verdade.

Odu irosun/iwori fala da insatisfação de Orunmila com o comportamento dos homens e do pacto feito com Edan para que se mantenha a verdade.

A confecção do Ìtagbè fica a cargo das mulheres que cultuam Obalufon, processo é demorado e envolve inúmeras orações e oferendas no momento da confecção.

Ifá nos revela na historia de Poroyen a mulher que salvou a vida de Orunmila com o Ìtagbè.
Orunmila tinha caído durante a noite dentro de um buraco e ficou preso por sete dias e sete noites, sem conseguir sair, no sétimo dia começou a cantar e a sua voz foi ouvida por Poroyen, que se aproximou do buraco e olhando Orunmila se apaixonou por ele, fazendo uma proposta que Orunmila aceitou. Poroyen disse que o tiraria do buraco o auxiliando com seu Ìtagbè, se ele se casasse com ela, foi isso que aconteceu e eles tiveram filhos.

O Sàkì, só é usado sobre a cabeça dos anciões no conselho Ogboni quando eles expressam a sua opinião em decisões dentro do conselho, todos o Ògbóni usa o Sàkì no ombro esquerdo, salvo aqueles membros que não são iniciados no ifá, governantes, políticos e pessoas de influências na sociedade, que tem conduta ilibada reconhecida.

As pequenas divergências que presenciamos sobre esse tema não diminui em nada qualquer uma das partes, a interpretação diferente demonstra o plural e ifá nos ensina que o singular é demonstração de falta de maturidade.

No território yoruba existem muitas faces para a mesma verdade.

A ki igbé Sàkì lé iká ka puro.

Ògbóni Ekùn!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Babalórisá pode ser Bàbàláwo ?


Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Durante esses anos que acompanho na internet algumas declarações de membros de nossa religião, ouvi e li muitos absurdos, mas nada se compra a tudo que ouvi no dia de ontem, a mesma pessoa conseguiu em tão pouco tempo dizer tantas coisas que diferem de tudo que aprendi que para mim, ficou muito difícil ficar calado.

O depoimento que ouvi beira o abismo do fanatismo e com ares de radicalismo, se arvora nas mais diversas interpretações conduzido por uma força cega, unilateral e sem proposito, caracterizando um completo despreparo e uma capacidade imaginativa desmensurada.
Afirma o tido como conhecedor que um babalorisa jamais pode se tornar uma babalawo, ifá é sabedoria, em terras yorubas, a pessoa tem uma orientação diferente da que é recebida em nosso país, é feito uma consulta, no momento do batizado e Orunmila identifica um babalorisas ou um babalawo, poucos dias após o seu nascimento. Fora do território yoruba não existe essa pratica, em nosso país, por exemplo, por não existir muitos babalawos, muitas pessoas são iniciadas, como babalorisas ou iyalorisas, mas na verdade deveriam ter sido iniciados para babalawos ou iyanifas.
Faço a seguinte pergunta, se você foi iniciado para babalorisas e descobre que ouve um erro, e Orunmila indica em uma consulta que você deve ser iniciado com babalawo, você vai seguir sendo um babalorisas?

Que religião seria essa que não corrigi erros, provocados por um processo cultural, erroneamente adaptado?
Em poucos minutos ouvi tantas coisas estranhas, que meus ouvidos recusaram violentamente tais afirmativas, a mesma pessoa disse que se uma pessoa tem Ogun assentado e ela não der para ogun todo mês aquilo que ele pede, ele vem e come o filho dela, ou o mata em um acidente, ou coisa parecida.

Esse senhor aprendeu religião a onde?

Que religião maluca é essa?

Que orisa maluco é esse?

Quem é tão doido de cultuar uma energia burra dessas, de acordo com a descrição do tal senhor.

Não satisfeito ele fez mais uma dezena de afirmações, inaceitáveis, entre as quais ele disse que se pode iniciar pessoas no culto de orí, como alguém pode afirmar isso?

Nenhuma pessoa pode ser iniciada no culto de orí, sem que conheça o seu odu, na verdade o que pode ser feito, são orações e presentes, buscando um maior equilíbrio e benéfico para o restabelecimento de energias, desgastadas, mas iniciar alguém nela mesma é algo que desconheço.

O culto a orí é expresso de forma clara, através do comportamento honrado e digno somado a preservação do orgulho próprio e a nutrição da autoestima, seguido de regras de convivência, higiene, comportamento moral e obediência, as leis da natureza e dos homens não existe um bom orí, se não houver o respeito e a integridade, o bem querer e o equilíbrio.

Entre as afirmações foi dito que não é aceitável que uma pessoa seja iniciada em orisa e leve para sua casa um assentamento, que só um sacerdote deve ter assentamento.

Que religião é essa, que só os sacerdotes têm direito de acessar o divino?

Que religião é essa que determinar que um adepto deva ser sentenciado à dependência até mesmo no intimo de sua fé?

Em meio a isso tudo, foi dito que uma mulher que faça parte das forças armadas, não pode ser iniciada em osun, que ela deve ser iniciada em um orisa masculino.

A mesma pessoa disse que mulheres não devem chegar perto de Ogun, que mulheres devem chegar perto do assentamento de Osun, Oya, Yemonja.

Se as mulheres que fazem parte das forças armadas tem que ser iniciadas em orisás masculinos, como é que isso acontece se elas só podem chegar perto de orisás femininos.

Foi dito também que Osalá não come canjica, a pergunta é a seguinte, ÈKO, é preparado com o que? Feijão!?

Não satisfeito, o cidadão ofereceu magias para as pessoas que tem problemas sexuais, afirmando o seguinte:

SÓ COMPRAR MAGIA NÃO ADIANTA, TEM QUE TIRAR EBÓ COMIGO!

OU A MAGIA NÃO FUNCIONA, SE NÃO TIRA EBÓ COMO É QUE A MAGIA VAI FUNCIONAR?

Que magia é essa?

Que precisa fazer ebó?

Se fizer o ebó, a magia funciona?

Então todas as magias que essa mesma pessoa, declara ter recebido pelo correio, da Nigéria, não funcionam?

Ou o ebó vem pelo correio também?

A história se complicou mais ainda, quando em alto e bom tom, foi dito que só algumas mulheres de Osun, tem ligação com Iya mi, que algumas iniciadas em Osun, não teriam essa ligação, trinta segundos depois, a mesma pessoa disse que todas as mulheres tem ligação com Iya mi.

Foram tantas afirmações absurdas que eu ficaria aqui tentando esclarecer as pessoas leigas, escrevendo incansavelmente na tentativa de elucidar, porem não poderia jamais recolher as penas jogadas ao vento.

Gostaria de chamar atenção aqui, para a responsabilidade, das pessoas que falam, ou escrevem, em nome de ifá, cada dia que passa, vejo mais absurdos, eu já vi, Omo ifá, em publico contestar o Oluwo, já vi pessoas que ainda não tem assentamentos necessários, assumirem posturas como grandes iniciadores, vi também pessoas que no mesmo dia que saíram do itefa, postaram versos do seu odu, nada mais me surpreende.

Eu vi tantas loucuras, tantos devaneios, seguidos de explosões incontidas de vaidades, isso consegue perturbar qualquer pessoa de bom senso, por favor não me provoquem com tantas besteiras, porque não faz parte de mim ficar calado diante de tantos impropérios, me desculpem o tom, mas quando a canção não tem ritmo, por mais alegre que a pessoas esteja, é impossível dançar.

Babalórisá pode ser Bàbàláwo ?

Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Durante esses anos que acompanho na internet algumas declarações de membros de nossa religião, ouvi e li muitos absurdos, mas nada se compra a tudo que ouvi no dia de ontem, a mesma pessoa conseguiu em tão pouco tempo dizer tantas coisas que diferem de tudo que aprendi que para mim, ficou muito difícil ficar calado.

O depoimento que ouvi beira o abismo do fanatismo e com ares de radicalismo, se arvora nas mais diversas interpretações conduzido por uma força cega, unilateral e sem proposito, caracterizando um completo despreparo e uma capacidade imaginativa desmensurada.
Afirma o tido como conhecedor que um babalorisa jamais pode se tornar uma babalawo, ifá é sabedoria, em terras yorubas, a pessoa tem uma orientação diferente da que é recebida em nosso país, é feito uma consulta, no momento do batizado e Orunmila identifica um babalorisas ou um babalawo, poucos dias após o seu nascimento. Fora do território yoruba não existe essa pratica, em nosso país, por exemplo, por não existir muitos babalawos, muitas pessoas são iniciadas, como babalorisas ou iyalorisas, mas na verdade deveriam ter sido iniciados para babalawos ou iyanifas.
Faço a seguinte pergunta, se você foi iniciado para babalorisas e descobre que ouve um erro, e Orunmila indica em uma consulta que você deve ser iniciado com babalawo, você vai seguir sendo um babalorisas?

Que religião seria essa que não corrigi erros, provocados por um processo cultural, erroneamente adaptado?
Em poucos minutos ouvi tantas coisas estranhas, que meus ouvidos recusaram violentamente tais afirmativas, a mesma pessoa disse que se uma pessoa tem Ogun assentado e ela não der para ogun todo mês aquilo que ele pede, ele vem e come o filho dela, ou o mata em um acidente, ou coisa parecida.

Esse senhor aprendeu religião a onde?

Que religião maluca é essa?

Que orisa maluco é esse?

Quem é tão doido de cultuar uma energia burra dessas, de acordo com a descrição do tal senhor.

Não satisfeito ele fez mais uma dezena de afirmações, inaceitáveis, entre as quais ele disse que se pode iniciar pessoas no culto de orí, como alguém pode afirmar isso?

Nenhuma pessoa pode ser iniciada no culto de orí, sem que conheça o seu odu, na verdade o que pode ser feito, são orações e presentes, buscando um maior equilíbrio e benéfico para o restabelecimento de energias, desgastadas, mas iniciar alguém nela mesma é algo que desconheço.

O culto a orí é expresso de forma clara, através do comportamento honrado e digno somado a preservação do orgulho próprio e a nutrição da autoestima, seguido de regras de convivência, higiene, comportamento moral e obediência, as leis da natureza e dos homens não existe um bom orí, se não houver o respeito e a integridade, o bem querer e o equilíbrio.

Entre as afirmações foi dito que não é aceitável que uma pessoa seja iniciada em orisa e leve para sua casa um assentamento, que só um sacerdote deve ter assentamento.

Que religião é essa, que só os sacerdotes têm direito de acessar o divino?

Que religião é essa que determinar que um adepto deva ser sentenciado à dependência até mesmo no intimo de sua fé?

Em meio a isso tudo, foi dito que uma mulher que faça parte das forças armadas, não pode ser iniciada em osun, que ela deve ser iniciada em um orisa masculino.

A mesma pessoa disse que mulheres não devem chegar perto de Ogun, que mulheres devem chegar perto do assentamento de Osun, Oya, Yemonja.

Se as mulheres que fazem parte das forças armadas tem que ser iniciadas em orisás masculinos, como é que isso acontece se elas só podem chegar perto de orisás femininos.

Foi dito também que Osalá não come canjica, a pergunta é a seguinte, ÈKO, é preparado com o que? Feijão!?

Não satisfeito, o cidadão ofereceu magias para as pessoas que tem problemas sexuais, afirmando o seguinte:

SÓ COMPRAR MAGIA NÃO ADIANTA, TEM QUE TIRAR EBÓ COMIGO!

OU A MAGIA NÃO FUNCIONA, SE NÃO TIRA EBÓ COMO É QUE A MAGIA VAI FUNCIONAR?

Que magia é essa?

Que precisa fazer ebó?

Se fizer o ebó, a magia funciona?

Então todas as magias que essa mesma pessoa, declara ter recebido pelo correio, da Nigéria, não funcionam?

Ou o ebó vem pelo correio também?

A história se complicou mais ainda, quando em alto e bom tom, foi dito que só algumas mulheres de Osun, tem ligação com Iya mi, que algumas iniciadas em Osun, não teriam essa ligação, trinta segundos depois, a mesma pessoa disse que todas as mulheres tem ligação com Iya mi.

Foram tantas afirmações absurdas que eu ficaria aqui tentando esclarecer as pessoas leigas, escrevendo incansavelmente na tentativa de elucidar, porem não poderia jamais recolher as penas jogadas ao vento.

Gostaria de chamar atenção aqui, para a responsabilidade, das pessoas que falam, ou escrevem, em nome de ifá, cada dia que passa, vejo mais absurdos, eu já vi, Omo ifá, em publico contestar o Oluwo, já vi pessoas que ainda não tem assentamentos necessários, assumirem posturas como grandes iniciadores, vi também pessoas que no mesmo dia que saíram do itefa, postaram versos do seu odu, nada mais me surpreende.

Eu vi tantas loucuras, tantos devaneios, seguidos de explosões incontidas de vaidades, isso consegue perturbar qualquer pessoa de bom senso, por favor não me provoquem com tantas besteiras, porque não faz parte de mim ficar calado diante de tantos impropérios, me desculpem o tom, mas quando a canção não tem ritmo, por mais alegre que a pessoas esteja, é impossível dançar.