segunda-feira, 16 de dezembro de 2013


Ifá tem regras.


Autor; Babalawo Ifagbaiyin Agboola
Um babalawo não usa drogas, não é alcoólatra, ele não quebra a sua palavra, ele não trai.
Um babalawo não desperdiça o seu dinheiro, um babalawo não rouba, um babalawo age com moderação.
Um babalawo é um trabalhador, um babalawo não pode ser um desocupado, um babalawo tem que ser honesto.

ÒTÚRÁ-RETE
Òtúrá-Rete controla você.
Se você nascer, tente se produzir novamente.
Òtúrá-Rete, Amuwon, Amuwon, ele que sabe que a moderação nunca entrará em desgraça.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que está trabalhando.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que não desperdiçará o dinheiro dele.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que não roubará.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que não tem dívidas.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Aquele que nunca bebe álcool,
aquele que nunca quebra um juramento com os amigos.
Òtúrá-Rete, aquele que acorda muito cedo e medita dentro dele por causa das atividades!
Entre os espinhos e cardos,
a folha do dendezeiro se projetará para fora.
Jowóro nunca gastará todo o seu dinheiro,
Jokoje nunca será um devedor.
Se Eesan dever muito dinheiro, ele pagará a dívida.
Amuwon é o ameso, (aquele que tem um bom senso do que é certo).
“Afolabi Epega”


Ifá tem regras.

Autor; Babalawo Ifagbaiyin Agboola
Um babalawo não usa drogas, não é alcoólatra, ele não quebra a sua palavra, ele não trai.
Um babalawo não desperdiça o seu dinheiro, um babalawo não rouba, um babalawo age com moderação.
Um babalawo é um trabalhador, um babalawo não pode ser um desocupado, um babalawo tem que ser honesto.

ÒTÚRÁ-RETE
Òtúrá-Rete controla você.
Se você nascer, tente se produzir novamente.
Òtúrá-Rete, Amuwon, Amuwon, ele que sabe que a moderação nunca entrará em desgraça.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que está trabalhando.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que não desperdiçará o dinheiro dele.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que não roubará.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que não tem dívidas.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Aquele que nunca bebe álcool,
aquele que nunca quebra um juramento com os amigos.
Òtúrá-Rete, aquele que acorda muito cedo e medita dentro dele por causa das atividades!
Entre os espinhos e cardos,
a folha do dendezeiro se projetará para fora.
Jowóro nunca gastará todo o seu dinheiro,
Jokoje nunca será um devedor.
Se Eesan dever muito dinheiro, ele pagará a dívida.
Amuwon é o ameso, (aquele que tem um bom senso do que é certo).
“Afolabi Epega”

domingo, 15 de dezembro de 2013

iniciação em Ifa, Itefá.


Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Hoje me lembrei de uma pessoa que eu conheci esse senhor que se chamava Antônio cursou seis meses direito, um ano engenharia e seis meses de administração de empresa.

Essa situação onde se percebe a dificuldade de algumas pessoas para identificar a carreira a seguir é bastante complicada, algumas pessoas enfrentam algumas criticas que podem ser consideradas como indecisão.
 em 
Outras pessoas conseguem concluir os cursos que nunca vão ser usados, porque na realidade a não tem nenhuma identificação com a carreira anteriormente escolhida.
Estamos aqui analisando um aspecto isolado no caso a carreira profissional, mas essas dúvidas podem ser encontradas diariamente por todos nós, a diferença que uma pessoa iniciada em ifá, tem acesso a informações confiáveis que orientam que direção seguir.
Eu costumo dizer que é quase como um renascimento, ser iniciado em ifá, (fazer um itefa), a partir da iniciação seguimos as orientações de Orunmila e a caminhada se torna mais fácil, muitas vezes estamos caminhando no sentindo oposto há aquele escolhido por nós, antes do nascimento.

O itefá é um momento mais importante na vida da pessoa que escolhe a religião tradicional yoruba, esses conjuntos de cerimônias mudam ou redefinem o caminho a ser percorrido.

Um itefá pode durar de 3 a 17 dias, mas em média leva 7 dias para babalorisas e iyalorisas, já os awos tem um período de recolhimento diferenciado.

As cerimônias que envolvem a iniciação em ifá começam com a preparação do igbodu, cabe aqui uma explicação que esclareça definitivamente a questão do igbodu, o espaço destinado à iniciação de babalawo onde são feitos os rituais, não tem nada haver com floresta ou mata, o termo igbó em yoruba quer dizer floresta, mas para o igbodu não se usa essa expressão dessa forma literal.

A floresta sagrada por nós conhecido como igbodu é um espaço que pode ser descrito como o local onde a mais importante de todas as árvores fica plantada durante os rituais, o assentamento de Osun (antepassados), representa o tronco da arvore genealógica do Egbe Ifá, as raízes fincadas na terra são espíritos de arabas, oluwos e babalawos que estão agregados em uma só divindade, cada awo representa um galho que brota dessa árvore que une gerações de fé e amor a Orunmila.

O caminho que leva ao igbodu onde está Osun (antepassados), tem nove buracos do lado direito e sete buracos do lado esquerdo, dentro desses pequenos buracos na terra alguns elementos são depositados.

O ritual do itefá é facilmente identificado em seu inicio com a figura do oluwo à frente, a iya apetebi com o yangui de Esu sobre a cabeça, o babalawo à direita e uma iyanifa à esquerda com um recipiente na mão, seguidos pelo iniciado com o carrego e o seu ojugbonan que muitas vezes pode ser o seu próprio babalawo.

Em um segundo momento vários rituais são processados desde a retirada do cabelo, banho com folhas e pintura, não necessariamente nessa ordem, é evidente que nesse texto não vou descrever em detalhes a sequência de um itefá.
Quando o iniciado sentado atrás do seu oluwo coloca suas mãos sobre os ombros dele, o odu é obtido pelo sacerdote.

Esses rituais tem como finalidade chegar ao momento mais importante que é a obtenção do odu de nascimento do iniciado, só no itefá isso é possível, esse odu serve como referência e orientação, devendo ser estudado exaustivamente, pois dentro dele em suas histórias poderão ser encontradas as respostas para todas as dúvidas.
Só aquele que foi submetido a um itefá tem a informação definitiva sobre o seu odu, só aquele que foi submetido a um itefá conhece o seu destino.

Para mim a iniciação em ifá é comparada ao mapa que vai guiar o iniciado na viagem da vida, aquele que não tem o mapa perde tempo e muitas vezes andam em círculos enfrentando inúmeras dificuldades, mas a pior delas é a insegurança do caminho a ser seguido.

Obs:  Na tentativa de manter em segredo alguns rituais o numero de buracos no chão citado acima diferem daqueles usados na realidade, que servem somente como exemplo.



Itefá


Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Hoje me lembrei de uma pessoa que eu conheci esse senhor que se chamava Antônio cursou seis meses direito, um ano engenharia e seis meses de administração de empresa.

Essa situação onde se percebe a dificuldade de algumas pessoas para identificar a carreira a seguir é bastante complicada, algumas pessoas enfrentam algumas criticas que podem ser consideradas como indecisão.

Outras pessoas conseguem concluir os cursos que nunca vão ser usados, porque na realidade a não tem nenhuma identificação com a carreira anteriormente escolhida.
Estamos aqui analisando um aspecto isolado no caso a carreira profissional, mas essas dúvidas podem ser encontradas diariamente por todos nós, a diferença que uma pessoa iniciada em ifá, tem acesso a informações confiáveis que orientam que direção seguir.
Eu costumo dizer que é quase como um renascimento, ser iniciado em ifá, (fazer um itefa), a partir da iniciação seguimos as orientações de Orunmila e a caminhada se torna mais fácil, muitas vezes estamos caminhando no sentindo oposto há aquele escolhido por nós, antes do nascimento.

O itefá é um momento mais importante na vida da pessoa que escolhe a religião tradicional yoruba, esses conjuntos de cerimônias mudam ou redefinem o caminho a ser percorrido.

Um itefá pode durar de 3 a 17 dias, mas em média leva 7 dias para babalorisas e iyalorisas, já os awos tem um período de recolhimento diferenciado.

As cerimônias que envolvem a iniciação em ifá começam com a preparação do igbodu, cabe aqui uma explicação que esclareça definitivamente a questão do igbodu, o espaço destinado à iniciação de babalawo onde são feitos os rituais, não tem nada haver com floresta ou mata, o termo igbó em yoruba quer dizer floresta, mas para o igbodu não se usa essa expressão dessa forma literal.

A floresta sagrada por nós conhecido como igbodu é um espaço que pode ser descrito como o local onde a mais importante de todas as árvores fica plantada durante os rituais, o assentamento de Osun (antepassados), representa o tronco da arvore genealógica do Egbe Ifá, as raízes fincadas na terra são espíritos de arabas, oluwos e babalawos que estão agregados em uma só divindade, cada awo representa um galho que brota dessa árvore que une gerações de fé e amor a Orunmila.

O caminho que leva ao igbodu onde está Osun (antepassados), tem nove buracos do lado direito e sete buracos do lado esquerdo, dentro desses pequenos buracos na terra alguns elementos são depositados.

O ritual do itefá é facilmente identificado em seu inicio com a figura do oluwo à frente, a iya apetebi com o yangui de Esu sobre a cabeça, o babalawo à direita e uma iyanifa à esquerda com um recipiente na mão, seguidos pelo iniciado com o carrego e o seu ojugbonan que muitas vezes pode ser o seu próprio babalawo.

Em um segundo momento vários rituais são processados desde a retirada do cabelo, banho com folhas e pintura, não necessariamente nessa ordem, é evidente que nesse texto não vou descrever em detalhes a sequência de um itefá.
Quando o iniciado sentado atrás do seu oluwo coloca suas mãos sobre os ombros dele, o odu é obtido pelo sacerdote.

Esses rituais tem como finalidade chegar ao momento mais importante que é a obtenção do odu de nascimento do iniciado, só no itefá isso é possível, esse odu serve como referência e orientação, devendo ser estudado exaustivamente, pois dentro dele em suas histórias poderão ser encontradas as respostas para todas as dúvidas.
Só aquele que foi submetido a um itefá tem a informação definitiva sobre o seu odu, só aquele que foi submetido a um itefá conhece o seu destino.

Para mim a iniciação em ifá é comparada ao mapa que vai guiar o iniciado na viagem da vida, aquele que não tem o mapa perde tempo e muitas vezes andam em círculos enfrentando inúmeras dificuldades, mas a pior delas é a insegurança do caminho a ser seguido.

Obs:  Na tentativa de manter em segredo alguns rituais o numero de buracos no chão citado acima diferem daqueles usados na realidade, que servem somente como exemplo.



quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Orunmila me ajude a ter calma.


Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Na tentativa de contribuir com as pessoas que não tiveram oportunidades de aprender estou postando esse texto.

O grande número de postagens de fotos com pinturas bastante criativas na internet nos faz pensar sobre o que deve estar acontecendo, será falta de informação ou espirito carnavalesco do qual tanto se fala no nosso país.

Vi algumas fotos com pinturas bastantes estranhas no facebook, awos com a cabeça pintada de wagi, a única explicação que encontrei para isso que deve ser uma iniciação para Smurf.

Na religião tradicional yoruba alguns princípios caracterizam o que esse povo acredita ser de suma importância em suas vidas, à pintura é uma dessas expressões, quando um awo é pintado com osun e efun, elemento que representa o aspecto feminino e masculino, a intenção é buscar fecundidade para os atos.
O osun elemento feminino de cor vermelha representa com sua intensidade as grandes mães ancestrais e os orisás femininos.

O efun elemento masculino representa Obatala e os orisás funfuns.

O wagi que não é usado na iniciação de ifá representa o terceiro elemento, o elemento procriado, e a interação resultando os orisás filhos.

A pintura que usa em parte o elemento mineral e vegetal é antecedida pelos rituais de banho elemento vegetal que preparam para o oferecimento do alimento animal.

As iniciações assim como os ebós buscam o equilibro entre esses elementos, trazendo assim para a vida do iniciado um resultado de bastante equilíbrio.

Esses rituais todos os sacerdotes dos cultos de orisá deveriam saber, mas como é comum ver iyawo com as pinturas do grupo Timbalada da Bahia, concluo que ou as pessoas não sabem ou elas estão brincando com a vida dos iniciados.

Cruzes e símbolos cabalísticos devem ser deixados para os católicos e os que cultuam a religião judaica. Na cultura yoruba cada desenho tem um significado nos tecidos ou nas paredes das casas, assim como a pintura dos iniciados, as figuras desenhadas buscam atrair energias que representam a fecundidade, a prosperidade e a longevidade.

A cor vermelha do osun é encontrada em pinturas nos assentamentos dos orisás femininos, se harmonizam com a cor branca do efun, encontrado nos assentamentos de Obatala, orisa Oke e orisa Olookun.

É comum ver o uso do wagi nos assentamentos de orisás que chamamos de orisás filhos como Ogun e Ososi e outros orisás.

Osun, efun, wagi.

Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Na tentativa de contribuir com as pessoas que não tiveram oportunidades de aprender estou postando esse texto.

O grande número de postagens de fotos com pinturas bastante criativas na internet nos faz pensar sobre o que deve estar acontecendo, será falta de informação ou espirito carnavalesco do qual tanto se fala no nosso país.

Vi algumas fotos com pinturas bastantes estranhas no facebook, awos com a cabeça pintada de wagi, a única explicação que encontrei para isso que deve ser uma iniciação para Smurf.

Na religião tradicional yoruba alguns princípios caracterizam o que esse povo acredita ser de suma importância em suas vidas, à pintura é uma dessas expressões, quando um awo é pintado com osun e efun, elemento que representa o aspecto feminino e masculino, a intenção é buscar fecundidade para os atos.
O osun elemento feminino de cor vermelha representa com sua intensidade as grandes mães ancestrais e os orisás femininos.

O efun elemento masculino representa Obatala e os orisás funfuns.

O wagi que não é usado na iniciação de ifá representa o terceiro elemento, o elemento procriado, e a interação resultando os orisás filhos.

A pintura que usa em parte o elemento mineral e vegetal é antecedida pelos rituais de banho elemento vegetal que preparam para o oferecimento do alimento animal.

As iniciações assim como os ebós buscam o equilibro entre esses elementos, trazendo assim para a vida do iniciado um resultado de bastante equilíbrio.

Esses rituais todos os sacerdotes dos cultos de orisá deveriam saber, mas como é comum ver iyawo com as pinturas do grupo Timbalada da Bahia, concluo que ou as pessoas não sabem ou elas estão brincando com a vida dos iniciados.

Cruzes e símbolos cabalísticos devem ser deixados para os católicos e os que cultuam a religião judaica. Na cultura yoruba cada desenho tem um significado nos tecidos ou nas paredes das casas, assim como a pintura dos iniciados, as figuras desenhadas buscam atrair energias que representam a fecundidade, a prosperidade e a longevidade.

A cor vermelha do osun é encontrada em pinturas nos assentamentos dos orisás femininos, se harmonizam com a cor branca do efun, encontrado nos assentamentos de Obatala, orisa Oke e orisa Olookun.

É comum ver o uso do wagi nos assentamentos de orisás que chamamos de orisás filhos como Ogun e Ososi e outros orisás.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O estudante de ifá.



Autor: Babalawo Ifagbaiyin  Agboola.

Em um isefa quando aparece como odu regente naquele momento servindo de referencia e orientação para o pré-iniciado o odu ogbe Méjì e alguns outros odus específicos o babalawo orienta a pessoa que ela tem que ser submetido há outra pequena cerimônia e se ela concorda inicia-se o seguinte processo:

- No período indicado por ifá que pode ser até o terceiro dia ou logo após a apuração do odu o ifá é alimentado novamente incluindo agora um opele para praticar.

- Primeiramente se aparecer esse odu o pré-iniciado ficará em um espaço reservado esperando o babalawo alimentar iya odu imediatamente.

- Após segue o ritual de alimentar o ifá e o opele, porém a partir desse momento o pré-iniciado passa por mais uma cerimônia onde babalawo entrega o opele e orienta a pratica.

- Na Nigéria em território yoruba é costume pintar com efun a impressão dos odus em folhas de ewe eko, essas folhas são penduradas na casa do estudante que inicialmente deve gravar em sua memória a impressão dos 16 odus, mais antigos.

- Em território yoruba esse primeiro opele quase sempre é confeccionado com pequenos pedaços de cabaça.

- Existe uma grande diferença entre os isefas comuns e o citado acima, o odu ejiogbe indica o sacerdócio, sendo assim um babalawo que não tem iya odu deve levar imediatamente o pré-iniciado para a casa de seu oluwo, então o ritual para iya odu é feito no assentamento do oluwo.

- Depois de algum tempo o pré-iniciado que foi orientado no isefá fará o Ìtélodú, é importante explicar que se no isefa Orunmila indicar o sacerdócio não é feita a cerimônia do itefa como a iniciação de um babalorisa, os rituais necessários devem ser feitos para consagrar o babalawo.

- Passado algum tempo o agora awo passará por outro ritual onde demonstrará o seu conhecimento sobre os odus e nesse momento será confeccionado os novos opeles.

- Só após o Ìtélodú será orientado o estudo dos 240 Omo odus.

- Com o opele alimentado e conhecendo os odus que inviabilizam o uso do opele os estudos se aprofundam.

- A partir desse momento começa uma longa história, de dedicação fé e carinho entre o estudante e o seu instrutor, só com muita dedicação o estudante passará para um novo estágio em seus estudos.

- A consulta aos ikins, e os odus que inviabilizam o uso do opele, só são divulgados após o juramento dentro do igbodu.

- Obs: Cada pessoa reage diferente ao processo de estudo, algumas têm uma inteligência comparativa outros não, por essa razão o Ojugbona (instrutor), necessita ter uma didática bem apurada.
Algumas pessoas conseguem decorar e gravar as orientações em um prazo bem menor que outras.

 Então pode acontecer que todo o processo acima citado evolua em um período de tempo bem pequeno, mas desse ponto até iniciar outras pessoas o processo é bem demorado.

Um babalawo que não tem conhecimento quando faz rituais que não esta preparado  compromete o nome da família, a saúde dele e das pessoas que ele atende.

Pior que isso o babalawo que não tem conhecimento entra em conflito com os orisás e seus antepassados.


O estudante de ifá.


Autor: Babalawo Ifagbaiyin  Agboola.

Em um isefa quando aparece como odu regente naquele momento servindo de referencia e orientação para o pré-iniciado o odu ogbe Méjì e alguns outros odus específicos o babalawo orienta a pessoa que ela tem que ser submetido há outra pequena cerimônia e se ela concorda inicia-se o seguinte processo:

- No período indicado por ifá que pode ser até o terceiro dia ou logo após a apuração do odu o ifá é alimentado novamente incluindo agora um opele para praticar.

- Primeiramente se aparecer esse odu o pré-iniciado ficará em um espaço reservado esperando o babalawo alimentar iya odu imediatamente.

- Após segue o ritual de alimentar o ifá e o opele, porém a partir desse momento o pré-iniciado passa por mais uma cerimônia onde babalawo entrega o opele e orienta a pratica.

- Na Nigéria em território yoruba é costume pintar com efun a impressão dos odus em folhas de ewe eko, essas folhas são penduradas na casa do estudante que inicialmente deve gravar em sua memória a impressão dos 16 odus, mais antigos.

- Em território yoruba esse primeiro opele quase sempre é confeccionado com pequenos pedaços de cabaça.

- Existe uma grande diferença entre os isefas comuns e o citado acima, o odu ejiogbe indica o sacerdócio, sendo assim um babalawo que não tem iya odu deve levar imediatamente o pré-iniciado para a casa de seu oluwo, então o ritual para iya odu é feito no assentamento do oluwo.

- Depois de algum tempo o pré-iniciado que foi orientado no isefá fará o Ìtélodú, é importante explicar que se no isefa Orunmila indicar o sacerdócio não é feita a cerimônia do itefa como a iniciação de um babalorisa, os rituais necessários devem ser feitos para consagrar o babalawo.

- Passado algum tempo o agora awo passará por outro ritual onde demonstrará o seu conhecimento sobre os odus e nesse momento será confeccionado os novos opeles.

- Só após o Ìtélodú será orientado o estudo dos 240 Omo odus.

- Com o opele alimentado e conhecendo os odus que inviabilizam o uso do opele os estudos se aprofundam.

- A partir desse momento começa uma longa história, de dedicação fé e carinho entre o estudante e o seu instrutor, só com muita dedicação o estudante passará para um novo estágio em seus estudos.

- A consulta aos ikins, e os odus que inviabilizam o uso do opele, só são divulgados após o juramento dentro do igbodu.

- Obs: Cada pessoa reage diferente ao processo de estudo, algumas têm uma inteligência comparativa outros não, por essa razão o Ojugbona (instrutor), necessita ter uma didática bem apurada.
Algumas pessoas conseguem decorar e gravar as orientações em um prazo bem menor que outras.

 Então pode acontecer que todo o processo acima citado evolua em um período de tempo bem pequeno, mas desse ponto até iniciar outras pessoas o processo é bem demorado.

Um babalawo que não tem conhecimento quando faz rituais que não esta preparado  compromete o nome da família, a saúde dele e das pessoas que ele atende.

Pior que isso o babalawo que não tem conhecimento entra em conflito com os orisás e seus antepassados.


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Orunmila e Ifá, dúvidas frequentes.




Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola.

1 - A pessoa que faz itefá deixa de incorporar as entidades que ela cultua anteriormente?
Resp. Não, somete quem faz Ìtélodú não incorpora mais, o itefa é muito indicado para babalorisas e iyalorisas e isso não prejudica, pelo contrário favorece a ligação com o orisa.

2 - O assentamento de Orunmila tem okuta?
Resp. Não, o assentamento de Orunmila só tem ikins de quatro olhos ou mais.

3 - A mulher pode ser iniciada em ifá?
Resp. Sim, existem dois tipos de iniciações para mulheres, uma que ela se torna omo ifá e outra que ela se torna iyanifa, as duas partem do itefa.

4 - Um iniciado em ifá pode ser pintado com waji?
Resp. Não, o iniciado é pintado com efun, (masculino) e osun ( feminino), essa interação representa a fecundidade e a prosperidade, assim como a transcendência e a evolução espiritual.

5 - Quem faz isefá recebe nome?
Resp. Sim, quem faz isefa recebe nome e é considerado um membro da família do babalawo que iniciou, sendo caracterizado um elo de ligação que responsabilidade o sacerdote pelo pré iniciado, considerando a verdadeira iniciação é o itefa.

6 - Para fazer isefa raspa a cabeça?
Resp. Não, somente no itefa raspa a cabeça.

7 - Existe iniciação para iya apetebi?
Resp. Não necessariamente a iya apetebi é a mulher do babalawo que deve ser submetida a um isefa ou itefa, mas isso não é iniciação de iya apetebi.

8 - Existe algum cargo acima de babalawo na religião tradicional yoruba?
Resp. Não, Araba e Oluwo são funções exercidas por babalawos embora isso não caracterize que todo o babalawo possa um dia ser um Oluwo ou um Araba.

9 - Existe a possibilidade que exista um Araba ou Oluwo que não seja Ogboni?
Resp. Não, se isso acontecer certamente esse sacerdote não vai ter acesso há muitas informações fundamentais.

10 - Um Babalawo pode ter mais de uma mulher?
Resp. No Odu ogbe Meji diz que um Babalawo deve ser um exemplo e que ele deve cumprir as leis, sendo assim um Babalawo brasileiro que reside no Brasil não pode ter mais de uma mulher. Odu osa iroso, o adultério não faz parte da vida daquele que segue ifá.

11 - Um Babalawo pode trabalhar em outra atividade fora da religião?
Resp. Um babalawo pode sim trabalhar em outra atividade, diz Orunmila que um babalawo não deve comercializar as coisas de Ifá.

12 - Um Babalawo pode jogar búzios?
Resp. Um Babalawo consulta ifá com Opele.

13 - Uma mulher pode consultar Ifá com Opele?
Resp. sim se ela for iniciada como Iyanifa.

14 - Qual a roupa usada na iniciação de ifá (itefa)?
Resp. Só existe um tipo de roupa na iniciação, tanto para homens como para mulheres a roupa é um tecido branco que deve envolver o corpo, finalizando com um nó sobre o ombro esquerdo.

15 - Quanto dia dura uma iniciação em ifá?
Resp. de três a dezessete dias.

16 - Depois de quanto um iniciado em ifá submetido ao Ìtélodú pode iniciar outras pessoas.
Resp. Cada caso é um caso, mas em media depois de quatro a cinco anos.

Obs: esse tempo pode ser considerado a partir do momento que o iniciado é submetido a um segundo ritual após o isefa, onde ele recebe um opele, para praticar.

17 - Existe algum ritual que envolve a liberação do uso do opele para consultas de clientes?

Resp. primeiramente que existe mais de um tipo de opele, a consagração do opele para estudo envolve o ritual onde o opele é alimentado junto com ifa do iniciado, já o opele para consulta de clientes é submetido a um ritual completamente diferente que não deve ser divulgado, o awo para praticar recebe um único opele que pode ser de cabaça ou fava, já para consultas de clientes os opeles recebido pelo babalawo são no mínimo dois, considerando que alguns odus queimam o opele, a necessidade de mais de um é caracterizado após o período de estudos.

18 - Mulher pode ver o assentamento de iya odu se ela for uma iyanifa?
Resp. Não nem mesmo sendo uma iyanifa a mulher pode ver iya odu.

19 - A pessoa que é Umbandista ou Candomblecista pode ser iniciada em ifá?
Resp. Sim, ela deve  por varias razões, mas umas das principais razões além de conhecer os ewos, é identificar claramente os orisás que devem ser cultuados.

Obs: No Brasil é comum que as pessoas tenham inúmeros orisás assentados, isso implica diretamente em mais trabalho, mais culto, e não necessariamente em resultados positivos, muitas vezes as orações feitas para um único orisá, podem render um resultado melhor do que as feitas para vários orisás, explico em nosso país temos o habito de rezar para cada orisás de acordo com o problema que enfrentamos, já no território yoruba essa prática não existe, é comum ver pessoas que são iniciadas para um ou dois orisás.

20 - Uma pessoa que não é feita para um orisa pode ser iniciada e receber um assentamento?
Resp. Sim, não é comum mas acontece de pessoas que não são feitas serem iniciadas para um orisa especifico, exemplo o isefa onde a pessoa não é feita e recebe o assentamento de Orunmila.

21 - Em um isefa é assentado esu para o pré-iniciado?
Resp. Sim dependendo do odu.

22 - Orunmila se alimenta de animais masculinos?
Resp. Sim, dos 256 odus, em  8 Orunmila se alimenta de animais masculinos.

23 - Iniciado em ifá no ritual de itefa coloca na cabeça pena de Agbe ou Aluko?
Resp. Não, um iniciado em ifá é apresentado com uma pena de  ekodide, (ofun Meji ou orangun).
Obs: Apena de ekodide não deve ser usado sobre pano de cabeça ou kete, para o uso do ekodide existem várias normas, exemplo: no momento que o iniciado esta com a pena colocada em sua cabeça, ele não toca o solo com o ekodide, (odu ogbe Meji), (aquele que usa o ekodide deve ser respeitado).

24 - Quantos ikins são necessários no assentamento de Orunmila?
Resp. Um mínimo de 18 ikins.

25 - Quanto tempo demora a cerimonia do isefa?
Resp. De uma hora a três dias, depende da orientação de Orunmila.

26 - Quem faz uma pré-iniciação, isefa recebe opele?
Resp. Sim, em um Caso especifico quando o odu indica a necessidade de Ìtélodú, em um segundo ritual o opele para praticar é consagrado para o uso de estudo, até a preparação para o Ìtélodú.

27 - Quem faz itefa recebe opon e iroke?
Resp. normalmente não, somente quem faz Ìtélodú recebe esse instrumento que são usados por babalawos e iyanifas.

28 - A pessoa pré-iniciada segue o sistema de ose no assentamento de Orunmila semanal?
Resp. Não a orientação do ose semanal, é indicada para alguns odus, em outros ifá alerta que o assentamento não deve ser limpo, enquanto o compromisso assumido de um itefa subsequente não seja realizado.

29 – quem é submetido ao isefa recebe ide ifá?
Resp. Sim, Okanran ogbe.

30 – Os ebós feitos no opon seguem alguma regra? E quem pode fazer esses ebós?

Resp. Os babalawos e iyanifas podem fazer ebó riru seguindo uma regra básica, que consiste em seguir uma ordem pré-estabelecida dentro do egbe louvando Olodumare, Orunmila, os orisás e  os antepassados da família.
Cada família segue uma sequencia, o babalawo recebe diretamente dos seus iniciadores os nomes e os odus a serem louvados dentro da sequencia do egbe, assim como os odus de esu que devem ser usados e os odus transformadores de negativos em positivos.






Dúvidas frequentes, (Orunmila).


1 - A pessoa que faz itefá deixa de incorporar as entidades que ela cultua anteriormente?
Resp. Não, somete quem faz Ìtélodú não incorpora mais, o itefa é muito indicado para babalorisas e iyalorisas e isso não prejudica, pelo contrário favorece a ligação com o orisa.

2 - O assentamento de Orunmila tem okuta?
Resp. Não, o assentamento de Orunmila só tem ikins de quatro olhos ou mais.

3 - A mulher pode ser iniciada em ifá?
Resp. Sim, existem dois tipos de iniciações para mulheres, uma que ela se torna omo ifá e outra que ela se torna iyanifa, as duas partem do itefa.

4 - Um iniciado em ifá pode ser pintado com waji?
Resp. Não, o iniciado é pintado com efun, (masculino) e osun ( feminino), essa interação representa a fecundidade e a prosperidade, assim como a transcendência e a evolução espiritual.

5 - Quem faz isefá recebe nome?
Resp. Sim, quem faz isefa recebe nome e é considerado um membro da família do babalawo que iniciou, sendo caracterizado um elo de ligação que responsabilidade o sacerdote pelo pré iniciado, considerando a verdadeira iniciação é o itefa.

6 - Para fazer isefa raspa a cabeça?
Resp. Não, somente no itefa raspa a cabeça.

7 - Existe iniciação para iya apetebi?
Resp. Não necessariamente a iya apetebi é a mulher do babalawo que deve ser submetida a um isefa ou itefa, mas isso não é iniciação de iya apetebi.

8 - Existe algum cargo acima de babalawo na religião tradicional yoruba?
Resp. Não, Araba e Oluwo são funções exercidas por babalawos embora isso não caracterize que todo o babalawo possa um dia ser um Oluwo ou um Araba.

9 - Existe a possibilidade que exista um Araba ou Oluwo que não seja Ogboni?
Resp. Não, se isso acontecer certamente esse sacerdote não vai ter acesso há muitas informações fundamentais.

10 - Um Babalawo pode ter mais de uma mulher?
Resp. No Odu ogbe Meji diz que um Babalawo deve ser um exemplo e que ele deve cumprir as leis, sendo assim um Babalawo brasileiro que reside no Brasil não pode ter mais de uma mulher. Odu osa iroso, o adultério não faz parte da vida daquele que segue ifá.

11 - Um Babalawo pode trabalhar em outra atividade fora da religião?
Resp. Um babalawo pode sim trabalhar em outra atividade, diz Orunmila que um babalawo não deve comercializar as coisas de Ifá.

12 - Um Babalawo pode jogar búzios?
Resp. Um Babalawo consulta ifá com Opele.

13 - Uma mulher pode consultar Ifá com Opele?
Resp. sim se ela for iniciada como Iyanifa.

14 - Qual a roupa usada na iniciação de ifá (itefa)?
Resp. Só existe um tipo de roupa na iniciação, tanto para homens como para mulheres a roupa é um tecido branco que deve envolver o corpo, finalizando com um nó sobre o ombro esquerdo.

15 - Quanto dia dura uma iniciação em ifá?
Resp. de três a dezessete dias.

16 - Depois de quanto um iniciado em ifá submetido ao Ìtélodú pode iniciar outras pessoas.
Resp. Cada caso é um caso, mas em media depois de quatro a cinco anos.

Obs: esse tempo pode ser considerado a partir do momento que o iniciado é submetido a um segundo ritual após o isefa, onde ele recebe um opele, para praticar.

17 - Existe algum ritual que envolve a liberação do uso do opele para consultas de clientes?

Resp. primeiramente que existe mais de um tipo de opele, a consagração do opele para estudo envolve o ritual onde o opele é alimentado junto com ifa do iniciado, já o opele para consulta de clientes é submetido a um ritual completamente diferente que não deve ser divulgado, o awo para praticar recebe um único opele que pode ser de cabaça ou fava, já para consultas de clientes os opeles recebido pelo babalawo são no mínimo dois, considerando que alguns odus queimam o opele, a necessidade de mais de um é caracterizado após o período de estudos.

18 - Mulher pode ver o assentamento de iya odu se ela for uma iyanifa?
Resp. Não nem mesmo sendo uma iyanifa a mulher pode ver iya odu.

19 - A pessoa que é Umbandista ou Candomblecista pode ser iniciada em ifá?
Resp. Sim, ela deve  por varias razões, mas umas das principais razões além de conhecer os ewos, é identificar claramente os orisás que devem ser cultuados.

Obs: No Brasil é comum que as pessoas tenham inúmeros orisás assentados, isso implica diretamente em mais trabalho, mais culto, e não necessariamente em resultados positivos, muitas vezes as orações feitas para um único orisá, podem render um resultado melhor do que as feitas para vários orisás, explico em nosso país temos o habito de rezar para cada orisás de acordo com o problema que enfrentamos, já no território yoruba essa prática não existe, é comum ver pessoas que são iniciadas para um ou dois orisás.

20 - Uma pessoa que não é feita para um orisa pode ser iniciada e receber um assentamento?
Resp. Sim, não é comum mas acontece de pessoas que não são feitas serem iniciadas para um orisa especifico, exemplo o isefa onde a pessoa não é feita e recebe o assentamento de Orunmila.

21 - Em um isefa é assentado esu para o pré-iniciado?
Resp. Sim dependendo do odu.

22 - Orunmila se alimenta de animais masculinos?
Resp. Sim, dos 256 odus, em  8 Orunmila se alimenta de animais masculinos.

23 - Iniciado em ifá no ritual de itefa coloca na cabeça pena de Agbe ou Aluko?
Resp. Não, um iniciado em ifá é apresentado com uma pena de  ekodide, (ofun Meji ou orangun).
Obs: Apena de ekodide não deve ser usado sobre pano de cabeça ou kete, para o uso do ekodide existem várias normas, exemplo: no momento que o iniciado esta com a pena colocada em sua cabeça, ele não toca o solo com o ekodide, (odu ogbe Meji), (aquele que usa o ekodide deve ser respeitado).

24 - Quantos ikins são necessários no assentamento de Orunmila?
Resp. Um mínimo de 18 ikins.

25 - Quanto tempo demora a cerimonia do isefa?
Resp. De uma hora a três dias, depende da orientação de Orunmila.

26 - Quem faz uma pré-iniciação, isefa recebe opele?
Resp. Sim, em um Caso especifico quando o odu indica a necessidade de Ìtélodú, em um segundo ritual o opele para praticar é consagrado para o uso de estudo, até a preparação para o Ìtélodú.

27 - Quem faz itefa recebe opon e iroke?
Resp. normalmente não, somente quem faz Ìtélodú recebe esse instrumento que são usados por babalawos e iyanifas.

28 - A pessoa pré-iniciada segue o sistema de ose no assentamento de Orunmila semanal?
Resp. Não a orientação do ose semanal, é indicada para alguns odus, em outros ifá alerta que o assentamento não deve ser limpo, enquanto o compromisso assumido de um itefa subsequente não seja realizado.

29 – quem é submetido ao isefa recebe ide ifá?
Resp. Sim, Okanran ogbe.

30 – Os ebós feitos no opon seguem alguma regra? E quem pode fazer esses ebós?

Resp. Os babalawos e iyanifas podem fazer ebó riru seguindo uma regra básica, que consiste em seguir uma ordem pré-estabelecida dentro do egbe louvando Olodumare, Orunmila, os orisás e  os antepassados da família.
Cada família segue uma sequencia, o babalawo recebe diretamente dos seus iniciadores os nomes e os odus a serem louvados dentro da sequencia do egbe, assim como os odus de esu que devem ser usados e os odus transformadores de negativos em positivos.

Escrito por: Babalawo Ifagbaiyin Agboola.






terça-feira, 3 de dezembro de 2013


A responsabilidade do Babalawo Brasileiro



Autor: Babalawo Ifagbaiyin  Agboola.

Durante a viagem de retorno de São Paulo para Porto Alegre eu estava conversando com a minha Iya apetebi sobre um assunto que gostaria de compartilhar com os amigos, o babalawo brasileiro.

As pessoas que praticam a religião de orisá no Brasil devem analisar com calma a responsabilidade do Babalawo brasileiro, ela é muito maior que a responsabilidade de um Babalawo (Yorubano),explicarei as razões:

Primeiro, porque o Brasil é o país que mais cultua orisa no mundo.

Segundo porque precisamos preencher a lacuna deixada em aberto na historia do Ifá no período da escravidão.

Terceiro a necessidade de corrigir alguns equívocos no culto de orisa no Brasil é fundamentada no conhecimento sobre ifá, só quem conhece profundamente poderá orientar e esclarecer.

A figura do babalawo é historicamente respeitada o conhecimento, a ética e o caráter avalizam a postura do sacerdote, um babalawo deve ser uma reverência e um exemplo para a comunidade.

O babalawo brasileiro na atualidade tem uma missão bastante difícil, ele necessita iniciar muito mais pessoas que os babalawos nigerianos, a pessoa sendo indicada por ifá a um caminho de sacerdócio deve ser iniciada imediatamente.

A falta de babalawos no Brasil é muito grande precisamos iniciar bons sacerdotes para que em um futuro o culto a ifá seja restabelecido em proporção ao culto de orisa em nosso país.

Algumas pessoas me criticam porque cobro menos da metade que alguns babalawos, explico o porquê :

Entendo ifá em minha vida não como uma escolha minha e sim como uma missão a ser cumprida se eu cobrar muito vou dificultar as iniciações e a minha missão é facilitar o contato com ifá.

Compreendo que faz parte do meu destino assim como de outros babalawos iniciar sacerdotes sérios para que em um futuro o Brasil seja reconhecido pelo bom nível dos sacerdotes de ifá.

Se eu estivesse buscando lucro financeiro não seria sacerdote, acredito que um babalawo deve facilitar o acesso aos orisás e acredito que se um sacerdote cobrar o que o iniciado não pode pagar ele esta dificultando a iniciação, consequentemente ele se opõe com esse gesto ao culto de orisa e ifá.

Vejo com bons olhos o futuro do ifá em nosso país à internet permite um contato com os yorubanos e fica muito fácil saber quem é quem.

Ilusionistas que engolem folgo mágicos que enfiam facas nos olhos em bem pouco tempo vão deixar de existir, o povo brasileiro já deixou de acreditar em contos de fada faz bastante tempo, somente alguns desavisados acreditam em ebós que resolvem todos os problemas e magias que curam de unha encravada a impotência.

Chegou a hora da verdade somente homens sérios poderão iniciar sacerdotes dignos que em um futuro representarão o ifá no Brasil.

Os bons sacerdotes yorubanos se sentem orgulhosos com o saber dos babalawos brasileiros, nós fizemos parte de um povo alegre, inteligente e temos todos os pré-requisitos para ter grandes babalawos em nosso país.

Ser um babalawo no Brasil e muito difícil, enfrentamos todo dia olhares desconfiados, vivemos em um país que ainda esta aprendendo a valorizar seu povo, é responsabilidade dos bons sacerdotes orientar esse povo para o aumento da auto estima e a valorização dos que aqui nascem. Não somos superiores, mas também não somos inferiores precisamos entender a historia de nosso país para valorizar a gente que aqui vive.

Eu sempre digo que se Olodumare não quisesse o culto de orisá no Brasil a vinda de um contingente enorme de escravos não teria acontecido, situações ruins, dolorosas muitas vezes carregam em seu intimo ações que nós somos incapazes de julgar.

A luz do saber não é privilegio dos que seguem com os olhos fechados, temos que levantar a cabeça, abrir bem os olhos e com a pureza no coração tentar construir um futuro melhor, onde a barbárie não tem lugar onde o respeito ao próximo seja tido como obrigação, onde a riqueza do homem seja medida por seus atos e não pelo que ele tem no bolso.

Não consigo entender algumas pessoas que sabem que temos excelentes cientistas, médicos, engenheiros, professores, artistas e atletas em nosso país, mas que não conseguem ver com bons olhos os babalawos brasileiros.

A verdade é que ifá é para todos e  que nem todos são babalawos, mas não quer dizer que no Brasil não temos pessoas capacitadas.



A responsabilidade do Babalawo Brasileiro

Autor: Babalawo Ifagbaiyin

Durante a viagem de retorno de São Paulo para Porto Alegre eu estava conversando com a minha Iya apetebi sobre um assunto que gostaria de compartilhar com os amigos, o babalawo brasileiro.

As pessoas que praticam a religião de orisá no Brasil devem analisar com calma a reponsabilidade do Babalawo brasileiro, ela é muito maior que a responsabilidade de um Babalawo (Yorubano),explicarei as razões:

Primeiro, porque o Brasil é o país que mais cultua orisa no mundo.

Segundo porque precisamos preencher a lacuna deixada em aberto na historia do Ifá no período da escravidão.

Terceiro a necessidade de corrigir alguns equívocos no culto de orisa no Brasil é fundamentada no conhecimento sobre ifá, só quem conhece profundamente poderá orientar e esclarecer.

A figura do babalawo é historicamente respeitada o conhecimento, a ética e o caráter avalizam a postura do sacerdote, um babalawo deve ser uma reverência e um exemplo para a comunidade.

O babalawo brasileiro na atualidade tem uma missão bastante difícil, ele necessita iniciar muito mais pessoas que os babalawos nigerianos, a pessoa sendo indicada por ifá a um caminho de sacerdócio deve ser iniciada imediatamente.

A falta de babalawos no Brasil é muito grande precisamos iniciar bons sacerdotes para que em um futuro o culto a ifá seja restabelecido em proporção ao culto de orisa em nosso país.

Algumas pessoas me criticam porque cobro menos da metade que alguns babalawos, explico o porquê :

Entendo ifá em minha vida não como uma escolha minha e sim como uma missão a ser cumprida se eu cobrar muito vou dificultar as iniciações e a minha missão é facilitar o contato com ifá.

Compreendo que faz parte do meu destino assim como de outros babalawos iniciar sacerdotes sérios para que em um futuro o Brasil seja reconhecido pelo bom nível dos sacerdotes de ifá.

Se eu estivesse buscando lucro financeiro não seria sacerdote, acredito que um babalawo deve facilitar o acesso aos orisás e acredito que se um sacerdote cobrar o que o iniciado não pode pagar ele esta dificultando a iniciação, consequentemente ele se opõe com esse gesto ao culto de orisa e ifá.

Vejo com bons olhos o futuro do ifá em nosso país à internet permite um contato com os yorubanos e fica muito fácil saber quem é quem.

Ilusionistas que engolem folgo mágicos que enfiam facas nos olhos em bem pouco tempo vão deixar de existir, o povo brasileiro já deixou de acreditar em contos de fada faz bastante tempo, somente alguns desavisados acreditam em ebós que resolvem todos os problemas e magias que curam de unha encravada a impotência.

Chegou a hora da verdade somente homens sérios poderão iniciar sacerdotes dignos que em um futuro representarão o ifá no Brasil.

Os bons sacerdotes yorubanos se sentem orgulhosos com o saber dos babalawos brasileiros, nós fizemos parte de um povo alegre, inteligente e temos todos os pré-requisitos para ter grandes babalawos em nosso país.

Ser um babalawo no Brasil e muito difícil, enfrentamos todo dia olhares desconfiados, vivemos em um país que ainda esta aprendendo a valorizar seu povo, é responsabilidade dos bons sacerdotes orientar esse povo para o aumento da auto estima e a valorização dos que aqui nascem. Não somos superiores, mas também não somos inferiores precisamos entender a historia de nosso país para valorizar a gente que aqui vive.

Eu sempre digo que se Olodumare não quisesse o culto de orisá no Brasil a vinda de um contingente enorme de escravos não teria acontecido, situações ruins, dolorosas muitas vezes carregam em seu intimo ações que nós somos incapazes de julgar.

A luz do saber não é privilegio dos que seguem com os olhos fechados, temos que levantar a cabeça, abrir bem os olhos e com a pureza no coração tentar construir um futuro melhor, onde a barbárie não tem lugar onde o respeito ao próximo seja tido como obrigação, onde a riqueza do homem seja medida por seus atos e não pelo que ele tem no bolso.

Não consigo entender algumas pessoas que sabem que temos excelentes cientistas, médicos, engenheiros, professores, artistas e atletas em nosso país, mas que não conseguem ver com bons olhos os babalawos brasileiros.

A verdade é que ifá é para todos e  que nem todos são babalawos, mas não quer dizer que no Brasil não temos pessoas capacitadas.

 

 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Consultando opele Ifá.


Autor: Babalawo Ifagbaiyin  Agboola.


Há vinte e dois anos atrás conversando com um amigo yorubano (Adileke), desenvolvi um método para gravar as impressões dos odus, baseado em um sistema usando algarismo arábico.

O método Ifagbaiyin, consiste em considerar a figura côncavo do opele como número um e a convexa como número dois, sendo assim a impressão de um odu seria representada por um milhar, usado duas vezes quando o odu é meji, o sistema de uso do opele e das impressões de odu é fundamental para o inicio da manipulação do opele, todo babalawo quando inicia seus estudos dedica muito tempo para gravar essas figuras, esse método visa facilitar a memorização.

 Ogbè méjì           = 1111/ 1111
Òyèkú méjì          = 2222/ 2222
Ìwòrì-méjì            = 2112/2112
Òdí méjì               = 1221/1221
Ìròsùn meji           = 1122/1122
Òwónrín méjì       = 2211/2211
Òbàrà méjì           =1222/1222
Òkànràn méjì       = 2221/2221
Ògúndá méjì        = 1112/1112
Òsá méjì              = 2111/2111
Ìká méjì               = 2122/2122
Òtúrúpòn méjì      = 2212/2212
Òtúrá méjì            = 1211/1211
Ìretè méjì              =1121/1121
Òsé méjì              = 1212/1212
Òfún méjì             = 2121/2121
A didática adequada favorece a memorização e facilita o estudo, todo awo deve ter como base as impressões dos odus tanto na hora da consulta a opele como ikin.




Segue abaixo exemplos:
 Ìrosùn méjì
               
*             *            1              1
*             *            1               1
* *         * *         2               2
* *         * *         2               2

Outros exemplos:

Òsé Òtúrá
1             1
2             2
1             1
2             1
Igual a 1212/ 1211

Ogbè Òbàrà = 1111/1222

Dentro de quinze dias esse método vai ser divulgado inúmeras pessoas e com certeza vai aparecer um grande número de pessoas se dizendo o autor do sistema, o importante não é isso, e sim a divulgação de métodos que facilitem os estudos para os novos iniciados em ifá, os tempo mudaram e a tecnologia esta ai para facilitar os estudos.







Consultando opele ( awo training)


Método (method): Babalawo Ifagbaiyin Agboola


Há vinte e dois anos atrás conversando com um amigo yorubano (Adileke), desenvolvi um método para gravar as impressões dos odus, baseado em um sistema usando algarismo arábico.

O método Ifagbaiyin, consiste em considerar a figura côncavo do opele como número um e a convexa como número dois, sendo assim a impressão de um odu seria representada por um milhar, usado duas vezes quando o odu é meji, o sistema de uso do opele e das impressões de odu é fundamental para o inicio da manipulação do opele, todo babalawo quando inicia seus estudos dedica muito tempo para gravar essas figuras, esse método visa facilitar a memorização.

 Ogbè méjì           = 1111/ 1111
Òyèkú méjì          = 2222/ 2222
Ìwòrì-méjì            = 2112/2112
Òdí méjì               = 1221/1221
Ìròsùn meji           = 1122/1122
Òwónrín méjì       = 2211/2211
Òbàrà méjì           =1222/1222
Òkànràn méjì       = 2221/2221
Ògúndá méjì        = 1112/1112
Òsá méjì              = 2111/2111
Ìká méjì               = 2122/2122
Òtúrúpòn méjì      = 2212/2212
Òtúrá méjì            = 1211/1211
Ìretè méjì              =1121/1121
Òsé méjì              = 1212/1212
Òfún méjì             = 2121/2121
A didática adequada favorece a memorização e facilita o estudo, todo awo deve ter como base as impressões dos odus tanto na hora da consulta a opele como ikin.




Segue abaixo exemplos:
 Ìrosùn méjì
               
*             *            1              1
*             *            1               1
* *         * *         2               2
* *         * *         2               2

Outros exemplos:

Òsé Òtúrá
1             1
2             2
1             1
2             1
Igual a 1212/ 1211

Ogbè Òbàrà = 1111/1222

Dentro de quinze dias esse método vai ser divulgado inúmeras pessoas e com certeza vai aparecer um grande número de pessoas se dizendo o autor do sistema, o importante não é isso, e sim a divulgação de métodos que facilitem os estudos para os novos iniciados em ifá, os tempo mudaram e a tecnologia esta ai para facilitar os estudos.

Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola.